sábado, 31 de maio de 2014

200 HERÓIS DO ROCK

  E lá se vão 200 posts nessa bagaça. Vamos comemorar uma uma singela lista, com 200 dos nomes mais representativos da história do Rock. Nem é preciso falar que esse número é muito pequeno, e que injustiças vão acontecer, mas vamos fazer mesmo assim. Novamente, vale lembrar que a ordem dos nomes é aleatória, e os números servem apenas para organizar os nomes. Vamos a eles:
1- Cliff Burton (baixista do Metallica)
2- Ozzy Osbourne (vocalista do Black Sabbath e dono de uma carreira solo espetacular)
3- Ronnie James Dio (vocalista do Rainbow, Black Sabbath e dono de uma carreira solo espetacular)
4- Paul Stanley (vocalista e guitarrista do Kiss)
5- Dave Mustaine (vocalista e guitarrista do Megadeth)
6- Max Cavalera (vocalista e guitarrista do Sepultura, Soulfly e Cavalera Conspiracy, entre outros projetos)
7- Steve Harris (baixista do Iron Maiden)
8- Andre Matos (vocalista do Viper, Angra, Shaman e com uma ótima carreira solo)
9- Eddie Van Halen (guitarrista do Van Halen, sempre citado nas listas de melhores guitarristas da história)
10- Bon Scott (vocalista do AC/DC)
11- Lemmy (baixista e vocalista do Motorhead)
12- Tony Iommi (guitarrista do Black Sabbath)
13- James Hetfield (vocalista e guitarrista do Metallica)
14- Rob Halford (vocalista do Judas Priest)
15- Axl Rose (vocalista do Guns N'Roses)
16- Nikki Sixx (baixista do Motley Crue)
17- Brian May (guitarrista do Queen)
18- Neil Peart (baterista do Rush, e considerado por muitos o maior de todos os tempos)
19- Robert Plant (vocalista do Led Zeppelin)
20- Paul McCartney (Beatles)
21- Keith Richards (guitarrista dos Rolling Stones)
22- Tom Araya (baixista e vocalista do Slayer)
23- Chuk Billy (vocalista do Testament)
24- Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura)
25- Rafael Bittencourt (guitarrista do Angra)
26- Freddie Mercury (vocalista do Queen)
27- Alice Cooper
28- Cronos (vocalista e baixista do Venom)
29- Tom Angelripper (vocalista e Baixista do Sodom)
30- Mille Petroza (vocalista e guitarrista do Kreator)
31- Geezer Butler (baixista do Black Sabbath)
32- Gary Holt (guitarrista do Exodus e agora do Slayer também)
33- Danzing (vocalista do Misfits)
34- Joey Ramone (vocalista dos Ramones)
35- João Gordo (vocalista do Ratos de Porão)
36- Kurt Brecht (vocalista do D.R.I)
37- Klaus Meine (vocalista do Scorpions)
38- Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin)
39-Bill Ward (baterista do Black Sabbath)
40- Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden)
41- James Labrie (vocalista do Dream Theater)
42- Layne Staley (vocalista do Alice in Chains)
43- John Lennon (Beatles)
44- Roger Waters (baixista do Pink Floyd)
45- Phil Anselmo (vocalista do Pantera)
46- Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam)
47- Jon Bon Jovi (vocalista do Bon Jovi)
48- Slash (guitarrista do Guns N'Roses, Velvet Revolver e carreira solo)
49- Adrian Smith (Guitarrista do Iron Maiden)
50-Antony Kieds (vocalista do Red Hot Chili Peppers)
51- Joe Strummer (vocalista e guitarrista do The Clash)
52- Jim Morrison (vocalista do The Doors)
53- Jerry Cantrell (guitarrista do Alice In Chains)
54- Mick Mars (guitarrista do Motley Crue)
55- Mike Muir (vocalista do Suicidal Tendencies)
56- Kiko Loureiro (guitarrista do Angra)
57- John Bonham (baterista do Led Zeppelin)
58- John Paul Jones (baixista do Led Zeppelin)
59- Marcel Shirmer  (baixista e vocalista do Destruction)
60- Geddy Lee (vocalista e baixista do Rush)
61- Zekk Wylde (guitarrista do Ozzy Osbourne e guitarrista e vocalista do Black Label Society)
62- Randy Rhoads (guitarrista do Ozzy Osbourne)
63- Robert Trujillo (baixista do Metallica, Suicidal Tendencies, Ozzy Osbourne, entre outros)
64- Lars Ulrich (baterista do Metallica)
65- David Ellefson (baixista do Megadeth)
66- Dave Lombardo (baterista do Slayer)
67- John Petrucci (guitarrista do Dream Theater)
68- Gene Simmons (baixista e vocalista do Kiss)
69- Ace Frehley (guitarrista do Kiss)
70- Roosevelt Bala (vocalista e baixista do Stress)
71- Marcos Dantas (guitarrista do Azul Limão, X Reted e Metalmorphose)
72- China Lee (vocalista do Salario Minimo)
73- Helcio Aguirra (guitarrista do Harppia e Golpe de Estado)
74- Joe Elliot (vocalista do Def Leppard)
75- Jhonny Ramone (guitarrista dos Ramones)
76- Dee Dee Ramone (baixista dos Ramones)
77- Angus Young (guitarrista do AC/DC)
78- Malcolm Young (guitarrista do AC/DC)
79- Duff McKagan (baixista do Guns N'Roses)
80- Dimebag Darrell (guitarrista do Pantera)
81- George Harrison (Beatles)
82- John Deacon (baixista do Queen)
83- Joe Perry (guitarrista do Aerosmith)
84- David Coverdale (vocalista do Deep Purple e Whitesnake)
85- Ritchie Blackmore (guitarrista do Deep Purple)
86- Steven Tyler (vocalista do Aerosmith)
87- David Gilmour (vocalista e guitarrista do Pink Floyd)
88- Rick Aleen (baterista do Def Leppard)
89- Vivian Campbell (guitarrista do Def Leppard e Dio)
90- Steve Clark (guitarrista do Def Leppard)
91- Mike Portnoy (baterista do Dream Theater, Adrenaline Mob, Winery Dogs, entre outros)
92- Jeff Hanneman (guitarrista do Slayer)
93- Mike Jagger (vocalista dos Rolling Stones)
94- Brian Jones (guitarrista dos Rolling Stones)
95- Rudolf Schenker (guitarrista do Scorpions)
96- Michael Schenker (guitarrista do Scorpions, UFO, entre outros)
97- Paul Ballof (vocalista do Exodus)
98- Steve Zetro Souza (vocalista do Legacy, Exodus e Hatriot)
99- Jerry Only (baixista e vocalista do Misfits)
100- Digão (guitarrista e vocalista dos Raimundos)
101- Iggor Cavalera (baterista do Sepultura e Cavalera Conspiracy)
102- Wagner Lamousier (vocalista do Sarcófago)
103- Scott Ian (guitarrista do Anthrax)
104- Charlie Benante (baterista do Anthrax)
105- Joe Belladonna (vocalista do Anthrax)
106- Eric Peterson (guitarrista do Testament)
107- Alex Skolnick (guitarrista do Testament)
108- Roger Taylor (guitarrista do Queen)
109- Keith Moon (baterista do The Who)
110- Pete Townshend (guitarrista do The Who)
111- Roger Daltrey (vocalista do The Who)
112- Hansi Kürsch (vocalista do Blind Guardian)
113- Jimi Hendrix
114- Ronnie Van Zant (vocalista do Lynyrd Skynyrd)
115- Greg Graffin (vocalista do Bad Religion)
116- Josh Home- (vocalista do Queens Of The Stone Age)
117- Jhonny Rotten (vocalista do Sex Pistols)
118- Biff Byford (vocalista do Saxon)
119- David Lee Roth (vocalista do Van Halen)
120- Bobby Blitz (vocalista do Overkill)
121- Alex Camargo (vocalista e baixista do Krisiun)
122- Alex Lifeson (guitarrista do Rush)
123- Stephen Pearcy (vocalista do Ratt)
124- Robbin Crosby (guitarrista do Ratt)
125- Vince Neil (vocalista do Motley Crue)
126- Mike Patton (vocalista do Faith No More e mais 1073622 projetos)
127- Chris Cornell (vocalista do Soundgarden e Audioslave)
128- Tom Morello (guitarrista do Rage Agaist The Machine e Audioslave)
129- K. K. Downing (guitarrista do Judas Priest)
130- Sebastian Bach (vocalista do Skid Row)
131- UDO (vocalista do Accept)
132- Wolf Hoffmann (guitarrista do Accept)
133- Ian Gillan (vocalista Deep Purple)
134- Jon Lord (tecladista do Deep Purple)
135- Ray Masarek (tecladista do The Doors)
136- Jão (guitarrista do Ratos de Porão)
137- Jabá (guitarrista do Ratos de Porão)
138- Steve Lips (vocalista e guitarrista do Anvil)
139- Jeff Becerra (vocalista do Possessed)
140- Glen Benton (vocalista do Deicide)
141- John Tardy (vocalista do Obituary)
142- Marcelo Pompeu (vocalista do Korzus)
143- Carlos Lopes (vocalista do Dorsal Atlântica)
144- Peter Tägtgren (vocalista do Hypocrisy)
145- Dennis Snake (vocalista do Voivod)
146- Nergal (vocalista do Behemoth)
147- King Diamond (vocalista do King Diamond e Mercyful Fate)
148- Chuck Schuldiner (vocalista do Death)
149- Eric Clapton
150- Paul Di'Anno (vocalista do Iron Maiden)
151- Ritchie Sambora (guitarrista do Bon Jovi)
152- Breat Michaels (vocalista do Poison)
153- Tobias Samment (vocalista do Edguy e Avantasia)
154- David Vicent (baixista e vocalista do Morbid Angel)
155- Dave Murray (guitarrista do Iron Maiden)
156- Nick McBrian (baterista do Iron Maiden)
157- Dave Sabo (guitarrista do Skid Row)
158- Robert Flynn (Machine Head, Violence e Forbidden)
159- David Bowie
160- Chris Barnes (vocalista do Cannibal Corpse)
161- Peter Criss (baterista do Kiss)
162- Bob Dylan
163- Paulo Miklos (Titãs)
164- John Myung (baixista do Dream Theater)
165- Marky Ramone (baterista do Ramones)
166- Michaele Graves (vocalista do Misfits)
167- Kirk Hammet (guitarrista do Metallica)
168- Scott Weiland (vocalista do Stone Temple Pilots)
169- Mick Jones (guitarrista do The Clash)
170- Johan Hegg (vocalista do Amon Amarth)
171- Nick Menza (baterista do Megadeth)
172- Marty Friedman (guitarrista do Megadeth)
173- Nasi ( vocalista do Ira!)
174- Phil Animal Taylor (baterista do Motorhead)
175- Eddie Clarke (guitarrista do Motorhead)
176- Doro Pesch
177- Rick Wakerman (tecladista do Yes)
178- Katon DePena (vocalista do Hirax)
179- Canisso (baixista do Raimundos)
180- André Olbrich (guitarrista do Blind Guardian)
181- Steve Howl (guitarrista do Yes)
182- Edgar Scandurra (guitarrista do Ira!)
183- Mikael Åkerfeldt (vocalista do Opeth)
184- Pit Passarel (baixista do Viper)
185- Richie Kotzen (Winery Dogs, Poison, Mr Big e carreira solo)
186- Billy Sheehan (Mr Big, Winery Dogs, David Lee Roth e carreira solo)
187- Mark Osegueda (vocalista do Death Angel)
188- kerry King (guitarrista do Slayer)
189- Brian Jhonson (vocalista do AC/DC)
190- Serj Tankian (vocalista do System Of A Down)
191- Moyses Kolesne (baterista do Krisiun)
192- Mick Taylor (guitarrista dos Rolling Stones)
193- Steve Vai
194- Mike Sifringer (guitarrista do Destruction)
195- Michael Antonny (baixista do Van Halen)
196- Alex Van Halen (baterista do Van Halen)
197- Steve DiGiorgio (baixista do Testament, Death, Sadus, Autopsy, Iced Earth, entre outros)
198- Paul Bostaph (baterista do Forbidden e Slayer)
199- Joe Satriani
200- Fabio Lione (vocalista Rhapsody e Angra)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

ZOOMBIE RITUAL 2014-O WACKEN BRASILEIRO

  Amigos, em mais um ano o Zoombie Rital se firma como o maior e melhor festival de Heavy Metal do Brasil. O festival que acontece novamente na cidade de Rio Negrinho, interior de Santa Catarina, vem com um line up de tirar o fôlego de qualquer headbanger. Nomes como Destruction, Onslaught, Belphegor, Incantation, Artillery, Whiplash, Stress, Salario Minimo, Harppia, Krisiun, Sex Thrash, Overdose e NervoChaos vão se apresentar nos 4 dias de festival, 11, 12, 13 e 14 de Dezembro. Você confere todas as informações no site do evento, www.zombieritual.com . Eu pretendo ir, mesmo sendo uma viagem um pouco complicada para quem mora no Rio de Janeiro. Nenhum evento dedicado exclusivamente ao Heavy Metal no Brasil tem tamanha força no seu line up, ano após ano. A organização séria faz o evento crescer cada vez mais, mesmo sendo uma cidade bem distante dos grandes centros. Já passou da hora de um evento forte como este entrar definitivamente no calendário de todos os amantes da música pesada no país. Pensem na possibilidade de fazer uma viagem com carinho, seguramente vai valer a pena!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

BELPHEGOR CONFIRMA SHOWS O BRASIL

  Essa verdadeira entidade do Heavy Metal mundial acaba de confirmar algumas datas de shows no Brasil, no mês de dezembro. Uma data ainda está vaga. Confira o que já está certo:
05.12.2014 - Rio de Janeiro - Local a ser definido
06.12.2014 - São Paulo - Extreme Hate Festival
07.12.2014 - Local a ser definido
12.12.2014 - Curitiba - Zoombie Ritual Open Air
 

terça-feira, 27 de maio de 2014

SUPER PESO BRASIL-UNIDOS POR UM REGISTRO HISTÓRICO

  Todos aqui sabem que no blog Coração de Metal, apoiamos incondicionalmente TODOS os artistas no nosso tão amado Brasil que nos brindam com música de qualidade. Faço uso dele para divulgar uma campanha na internet feita para o festival histórico que aconteceu ano passado em São Paulo, lotando o Carioca Club, seja eternizado. O texto a seguir é do baterista do Metalmorphose, André Creiz:
''SE LIGA , GALERAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! SUPER PESO BRASIL no CATARSE Galera, convido todos vocês a escreverem uma página do Metal Nacional. Como? Eu vou explicar: Em Novembro do ano passado rolou o evento SUPER PESO BRASIL no Carioca Club, em São Paulo, unindo 5 bandas lendárias e precursoras de Heavy Metal no Brasil: STRESS, SALÁRIO MÍNIMO, CENTÚRIAS, METALMORPHOSE (da qual faço parte) e TAURUS. O resultado dessa reunião foi maravilhoso, lotação sold-out, produção gringa, um completo revival dos áureos anos 80. Agora as bandas se uniram para que este registro saia em DVD/CD. Organizamos um sistema de financiamento coletivo (o famoso "Crowdfunding") onde você poderá escolher como terá este projeto em mãos por 3 opções (DVD+CD, ou DVD+CD+Camiseta, ou ainda DVD+CD+Camiseta+Book fotográfico com fotos e textos contando sobre esta noite histórica). Quem foi sabe do espetáculo que foi. Quem não foi agora poderá ter este registro em mãos. O nome disto é HISTÓRIA. Faça parte dela A QUALIDADE do material está ABSURDA, a relação custo-benefício está melhor ainda. Temos um prazo para conseguir concluir o arrecadamento, e se caso não conseguirmos atingir o valor, infelizmente o material não será lançado e seu dinheiro será devolvido. Por isso, peço aos meus amigos, fãs e amantes do Heavy Metal bem feito e de coração, PARTICIPEM. Você também pode nos ajudar divulgando, compartilhando, comentando com seus amigos, postando em grupos sobre Heavy Metal. CONTO COM VOCÊS, DE VERDADE. ASSISTAM O VIDEO: http://www.catarse.me/pt/superpesobrasil ''
  Vamos fazer a parada acontecer, eu já dei a minha ajuda, acredito em vocês!!!!!

sábado, 24 de maio de 2014

BLACK LABEL SOCIETY-CATACOMBS OF THE BLACK VATICAN

 O Black Label Society acaba de lançar o disco mais representativo da sua carreira na minha opinião.  A banda liderada por Zakk Wylde já tem 15 anos de história e vários trabalhos relevantes lançados, com destaque para Mafia (2005), Order of the Black (2010) e Shot to Hell (2006), mas para mim nada se compara com o novo Catacombs of the Black Vatican. Aqui você encontra tudo de melhor que a banda já fez nesses 15 anos de história, com extremo bom gosto. Baladas sensacionais, riffs e solos brilhantes e petardos da melhor qualidade, mantendo o altíssimo nível de lançamentos do ano.
  Fields of Unforgiveness abre o trabalho de maneira espetacular. O começo é bem Black Label Society, com aquele estilo arrastado que é a marca da banda, mas transbordando peso. Zakk arranja um solo fenomenal no meio da canção, e solta a voz como nunca se viu. My Dying Time foi o primeiro single do disco, e logo me causou a melhor das impressões sobre o que estava por vir. Uma das melhores músicas que a banda já fez, seguramente. A letra é maravilhosa, e o instrumental segue uma linha parecida com a música que abre o cd. Essa será no futuro um dos grandes clássicos da banda, com toda certeza. Novamente, Zakk da uma verdadeira aula de solos. Believe tem um grande  riff, e vai ganhando muito peso com o tempo. Ela lembra muito algumas coisas do Soundgarden e Alice In Chains em suas melhores formas. Angel of Mercy é uma balada absolutamente sensacional. A banda sabe muito bem ser melódica na hora certa, e In This River é um grande exemplo disso. Balada de muito bom gosto, daquelas para se criar um mar de isqueiros no show. Depois a banda pisa fundo no acelerador com Heart of Darkness, uma das mais velozes e pesadas do cd.  Outro possível clássico para ser extraído do lançamento. Beyond the Down tem um riff absolutamente fantástico, que abre caminho para um Heavy Metal daqueles. Mesmo sendo repetitivo, outro grande destaque. Scars é outra balada grandiosa, possivelmente a melhor da história da banda. Essa é daquelas músicas que te pega de jeito na sua 1a audição, algo realmente fantástico. Damn The Flood tem uma introdução extremamente influenciada pelo Black Sabbath em músicas como Hole in The Sky. Zakk mostra toda a clara influência de Tony Iommi no seu trabalho, e mais uma vez mostra que está com a voz totalmente em dia. Em I've Gone Away a coisa ganha um peso descomunal. A guitarra totalmente distorcida acompanha uma daquelas músicas para você bater a cabeça até de manha, mesmo com a tradicional cadência da banda. Empty Promises tem a bateria de Chad Szeliga em destaque logo de cara, e com a entrada da guitarra sempre marcante de Zakk não deixando por menos. Mais uma grande música. Shades of Grey é mais uma bela balada, para encerrar o disco com chave de ouro. Um dedilhado simples, assim como o resto de instrumental, que deixam para a voz de Zakk o comando das coisas.  O resultado é espetacular.
  O disco tem todos os ingredientes de um verdadeiro clássico. O ritmo não cai em nenhum momento, todas as músicas são especiais de alguma maneira. O Black Label Society tem shows agendados por aqui em Agosto, e pela grande forma em que a banda se apresenta no disco, podemos ter certeza que os shows prometem. Mais um para os clássicos já lançados esse ano, que ainda nos reserva novos cds de bandas como Judas Priest, Ratos de Porão e Metalmorphose.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

TITÃS-NHEENGATU

  Algumas bandas já lançaram trabalhos de absoluto destaque neste ano, como o Behemoth, Hatriot, Black Label Society e o Edguy por exemplo. No mercado nacional, alem do surgimento de uma nova potência do Thrash Metal, o Jackdevil, tivemos o ''retorno'' das duas melhores bandas do Rock nacional, na minha opinião. O Raimundos lançou um disco digno do seus tempos de gloria, e felizmente o mesmo acontece agora com os Titãs.
  A banda lançou coisas fantásticas nos anos 80 e inicio dos 90, com Titanomaquia, Jesus Não Tem Dentes No País Dos Bangelas e Cabeça Dinossauro, isso para ficar em poucos nomes. Depois do Titanomaquia, a banda vem enchendo as trilhas sonoras de novelas, o bolso e o nosso saco com baladinhas chatas e que nada tem a ver com os clássicos dos grandes discos. Felizmente, com os shows que a banda fez tocando todo o Cabeça Dinossauro, uma luz bateu na cabeça dos integrantes, que entraram no estúdio para lançar o melhor disco em 20 anos. Nheengatu é recheado de letras com criticas sociais e politicas, com o peso que sempre foi a marca dos Titãs, e que o diferenciou das outras bandinhas meia-boca do BRock nos anos 80.
  De cara, uma música bem na linha do maior clássico da banda, Policia. Desta vez, a homenagem aos poliças despreparados, truculentos e corruptos, que formam uma parte considerável da corporação (vale lembrar que, obviamente, existem policiais honestos e que entregam- se de corpo e alma ao oficio para defender a população) vem na música Fardado. Essa é uma das músicas mais pesadas do trabalho, com o instrumental seguindo a letra fortíssima cantada por Sergio Britto e cheio de variações. A parte da letra que fala ''você também é explorado'' para mim resume todo o conceito que eu tenho sobre a Policia. O policial que trabalha com o coração, e depende de um salario péssimo para sustentar a família, é só mais um que sofre nas mãos do governo, o que transforma injustificável a violência gratuita contra seus semelhantes que lutam por melhorias, praticado por uma parte da corporação. Conceitos ideológicos a parte, chega então a música que para mim é a melhor do disco, e seguramente uma das melhores que a banda já fez. Mensageiro da Desgraça tem um ritmo mais lento na parte instrumental, uma bela sacada da banda, e uma letra fenomenal recitada por Paulo Miklos. Eu já escutei a música incontáveis vezes, e versos como ''Cansei da fome, do crack. Da miséria e da cachaça. Cansei de ser humilhado'' ficam na sua cabeça o dia inteiro. A letra não tem onde ser mais realista, e acaba ganhando peso com a força do tema que ela aborda. Branco Melo assume os vocais na ótima Republica dos Bananas. O ritmo é mais dançante, e a letra continua sendo uma critica social a rotina na qual os brasileiros são submetidos. Fala,Renata tem um ótimo riff feito por Tony Bellotto, cantada por Sergio Britto, que tem uma forte influência de ritmos nordestinos misturado com passagens 'rockeiras''. Cadáver Sobre Cadáver é outra canção fantástica do disco. O ritmo é bem interessante, misturado com a voz de Paulo Miklos e a letra genial. A música diz basicamente que todos somos iguais, e ninguém é melhor que o outro só por suas escolhas de vida. Uma bela mensagem para todos que se acham superiores aos demais.  Depois temos a cover de Canalha, do cantor Walter Franco, o que mostra a diversidade e o enorme conhecimento musical da banda. Pedofilia tem uma pegada bem Queens of the Stone Age, e ganha muito peso no refrão cantado com toda força por Sergio Britto, o tradicional responsável pelos vocais em músicas mais pesadas dos Titãs. Seguindo mais ou menos a mesma pegada, vem a maravilhosa Chegada Ao Brasil (Terra à Vista). Branco Mello canta outra letra pra lá de realista, sobre o que é o Brasil há pelo menos 514 anos. Eu Me Sinto Bem segue um instrumental que mistura a cadência do Ska com a velocidade do Punk/Hardcore. Ela é interessante, mas passa sem muito destaque no meio de tanta música espetacular. Flores Pra Ela critica os homens que tem uma relação de total dominação em relação a sua mulher, batendo e tratando a mesma como uma escrava ou coisa assim, e depois tentando apagar com presentes caros, fingindo que nada aconteceu. Não Pode mostra as restrições a quase tudo nessa vida imposta pela nossa sociedade, com um certo peso que dá à música um aspecto interessante. Senhor é uma sutil critica religiosa aos que fazem de tudo e pedem perdão a deus, com um instrumental muito interessante. Baião de Dois é bem pesada, e conta com uma letra marcante sobre como tudo acaba sempre na mesma por aqui, outro dos destaques do disco. Para encerrar, temos Quem São Os Animais, com uma letra fenomenal que critica todos os tipos de preconceitos que existem na nossa sociedade, com um peso fuderoso.
  Assim acaba um grande cd de Rock, com letras contestadoras e muito peso. Os Titãs realmente não lançavam há tempos algo tão bom. No momento fraquíssimo da nossa cena rockeira nacional, é de extrema importância que bandas como Raimundos e Titãs lancem trabalhos tão fortes. Isso veio na hora em que mais precisávamos, porque enquanto o Heavy Metal vai muito bem, o Rock N'Roll ''mainstream'' vai muito mal. Existe uma enorme incoerência no que é chamado ou não de Rock nos dias de hoje, e uma banda que conquistou tudo o que os Titãs conquistaram neste cenário precisava dar uma resposta dessas. Esperamos que de onde saiu isso, venha muito mais da garotada, que se influêncie menos por Restart, Fresno, Nx Zero e Detonautas, e mais por Titãs, velho e novo.

domingo, 18 de maio de 2014

SHOW DO RAIMUNDOS-CIRCO VOADOR-RIO DE JANEIRO

  Ontem foi a vez do Rio de Janeiro receber o Raimundos pela 1a vez depois do lançamento do ótimo Cantigas de Roda. Já pude assistir a banda incontáveis vezes, e o show é sempre especial. O Circo Voador, a casa dos Raimundos no Rio de Janeiro, estava lotado. Uma maioria de bangers usando camisas de tudo quanto é tipo de banda, e aquela playboyzada de sempre que vai ouvir Mulher de Fases, Me Lambe, etc. Felizmente os verdadeiros fãs da banda eram ampla maioria, e já estavam com as músicas novas na ponta da língua, e com uma disposição impressionante para o mosh. A alegria de todos com o grande lançamento deles era evidente, e a empolgação era enorme para ver isso ao vivo.
   A abertura foi com a nova Gato da Rosinha, uma das melhores do cd. O mosh já estava insano, e piorou quando a banda mandou o clássico Nega Jurema, uma maravilha encontrada no 1o disco da banda. Depois veio a tal da Mulher de Feses, aquela música que se rolar antes de um show do Luan Santana todos conhecem e cantam junto, e que desperta vários ''fãs'' da banda durante o show que você nem sabe de onde saíram. Depois do frisson causado pelo hit, veio a ótima nova Baculejo. Ela já é a mais conhecida do Cantigas, seguindo uma linha mais acessível de músicas que a banda sabe fazer muito bem. Então é hora de um outro clássico, O Pão da Minha Prima, presente no Lavô Ta Novo, o maravilhoso 2o disco da banda. Impressiona o fato de como a música caiu no gosto de todos os fãs da banda. A gratíssima surpresa veio na versão Raimundos para 20 e Poucos Anos do cantor brega Fabio Jr, feita para um seriado da antiga MTV que levava esse nome. A versão caiu no gosto dos fãs da banda e virou um marco nos shows já no final da ''era Rodolfo''. Fazia tempo que ela não aparecia nas apresentações da banda, e foi muito bem aceita por todos. Me Lambe para mim é completamente dispensável, mas leva os fãs mais almofadinhas ao delírio sempre que tocada pela banda. Mais novidade, agora com Gordelícia, dedicada as gordinhas tão apreciadas por Digão. Mestre Canisso complementa falando que quem gosta de osso é cachorro vira-lata. Dubmundos, para mim a música mais fraca do novo cd, é escolhida de maneira muito equivocada pela banda, podendo muito bem ser substituída por músicas como Cachorrinha e Cera Quente, que não foram lembradas. Ela coloca o pé no freio de maneira muito brusca, diminuindo a pilha dos fãs de Hardcore que botam fogo no mosh durante todo o show. Palhas do Coqueiro vem para colocar novamente a quinta marcha, e abrir uma roda daquelas, tradição sempre que a banda toca essa música. Mais uma da obra-prima da banda, que completou 20 anos nessa semana e merecia ter sido mais lembrada no show. Em sequencia, o clássico  Esporrei Na Manivela bota todo mundo para cantar junto com Digão, já que ela é uma das melhores músicas da banda. A energia causada pelas músicas mais velozes vindas dos primeiros discos da banda é única, e nenhum sucesso fm consegue igualar-se a isso. Rafael e Descendo na Banguela, duas grandes músicas do novo álbum aparecem, e agitam com um ritmo frenético. A bomba explode em Eu Quer Ver O Oco, uma verdadeira unanimidade, amada por todo o público heterogêneo da banda. Essa é a hora em que o mosh sai do controle. Aquela, presente dos Autoramas para a banda, é bem legal ao vivo, apesar de ser um pouco lenta.  Em sequencia, I Saw You Saying, a melhor das modinhas da banda, é sempre legal de ser ouvida ao vivo. Já A Mais Pedida já deu a muito tempo, ouvi-la nos shows é sempre cansativo e uma verdadeira perda de tempo. Vem então a gratíssima surpresa Mato Véio, a espetacular abertura do disco Só No Forévis, que há tempos não aparecia nos shows da banda. Para mim esse foi o grande momento da apresentação. Os fãs mais antigos da banda não acreditavam, se sentindo novamente naqueles show da bombástica turnê do Forévis, que lotava as maiores casas de shows do Brasil. Para manter o clima lá no alto, vieram as novas Bop e Nó Suino, peso na medida certa e de ótimo gosto para apresentações ao vivo. Deixa Eu Falar, mais uma maravilha do Só no Forévis fecha muito bem a 1a parte do show. A volta foi surpreendente, com Canisso cantando simplesmente BOCA DE LATA, que surpreendeu a todos os presentes. O improviso que aparece nos esconderijos do Só no Forévis levou os fãs a loucura, ainda mais com a interpretação de Canisso. Como a música não exige instrumentos, apenas ele estava no palco. Quando ela acabou, Canisso resolve simplesmente dar um mosh na galera, que vai a loucura com isso. O Circo Voador inteiro vai pra cima do mestre, mal deixando o mesmo retornar ao palco. Depois disso, obviamente todos pediram para que Digão fizesse o mesmo. Ele tentou explicar que o povo não aguentaria os 120 kilinhos de sua silhueta, mas foi inútil. Ele acabou se jogando também, quase causando um efeito dominó por causa da comoção do público em se aproximar dele. Acabei dando um grande abraço no Digão quando ele retornava ao palco, um momento especial para mim. Para fechar a festa, o público clamou por moshs de Marquim e Caio, que atenderam prontamente ao chamado. Depois de irem literalmente para os braços do povo, vem o cover para a maravilhosa Poison Heart dos Ramones. Digão fala o que todos já sabem, como sem os Ramones, ninguem estaria ali naquela noite. Vem então a chatíssima Reggae do Manero, outra que já deu. O encerramento vem no clássico Puteiro Em João Pessoa, o maior hino da banda, que sempre causa uma catarse nos presentes.
   O show foi bem legal, mas infelizmente as músicas novas entraram no lugar de clássicos como Tora Tora, Opa Perai Caceta, Repente, Marujo, entre outras velharias que são indispensáveis em shows dos Raimundos. Enquanto isso, Me Lambe, Mulher de Fases, Reggae do Manero e A Mais Pedida continuam ocupando espaço, não saindo por nada do set de todas as apresentações da banda. Pense bem, se Tora Tora foi sacada, porque não tirar ao menos uma dessas ai? Se o Iron Maiden já se deu ao luxo de fazer turnês recentes sem tocar Run To The Hills e Hallowed Be Thy Name, custaria alguma coisa aos Raimundos trocar Reggae do Manero por Cintura Fina ou Minha Cunhada? Mesmo assim, o saldo foi extremamente positivo. Os clássicos tocados pela banda empolgam sempre, e as escolhas de Mato Veio e Nega Jurema foram bem acertadas. Mesmo assim, apresentações recentes no Circo Voador, com direito a Lavô Ta Novo todo por exemplo, foram bem  superiores ao show de ontem. Mesmo com tudo isso, Raimundos é sempre diversão garantida, e curtir um show desses ao lado de vários amigos e da minha namorada é realmente especial.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

4 ANOS SEM RONNIE JAMES DIO

  No dia 16 de Maio de 2010, o mundo dava adeus ao mestre Dio. Um lugar muito especial dos nossos corações de metal está guardado para uma das maiores vozes que o Rock já viu. Toda homenagem para essa lenda que nos deixou um legado de se impressionar ainda é pequena. Ronnie está eternizado em uma galeria de verdadeiras entidades do Heavy Metal, sendo para muitos a voz definitiva do gênero. De fato, até seu último suspiro neste planeta, Dio manteve a sua voz intacta, lançando ótimas obras e realizando shows apoteóticos. Nos despedimos do mestre depois de uma reunião com os antigos companheiros de Black Sabbath, sob o nome de Heaven And Hell, um disco fantástico e uma turnê que acabou poucos meses antes do câncer vencer essa maldita batalha contra o nosso herói.
   A sua carreira dispensa maiores apresentações. Entre o Elf, e as notórias passagens por Rainbow, Black Sabbath e a magnifica carreira solo, Dio nos deixou álbuns espetaculares e clássicos por onde passou, eternizando a sua voz. Obras como Heaven And Hell, Mob Rules, Dehumanizer, The Davil You Know, Holy Diver, The Last In Line, Rising e Ritchie Blackmore's Rainbow são audições obrigatórias para qualquer um que se interesse por Rock.
   Como um mito nunca morre, a sua música sempre será lembrada por nós. Em homenagem ao dia de hoje, irei resumir em apenas 4 músicas, o que não é nada perto da obra desse senhor, um pouco do que ele fez de mais genial. Muito obrigado Ronnie, nós te amamos.

   Man On The Silver Mountaine abre a obra-prima Ritchie Blackmore's Rainbow, o disco que apresentou Ronnie ao mundo.
  Neon Knights abre o disco mais marcante da carreira de Dio de maneira avassaladora. Ele foi chamado para substituir Ozzy no Black Sabbath, e de cara lançou uma verdadeira obra-prima.

  Essa música é um verdadeiro resumo da obra de Dio, está tudo aqui. It's Heaven And Heeeeel

  A carreira solo de Dio também é recheada de clássicos espetaculares, sendo este aqui para mim o mais representativo. Don't Talk To Strangers emociona qualquer um.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

HATRIOT-DOWN OF THE NEW CENTURION

  O Hatriot é uma das melhores coisas que aconteceu no cenário do Thrash Metal mundial nos últimos anos. O senhor Steve ''Zetro'' Souza, que fez história no Exodus e foi a voz do Testament nos seus primórdios, decidiu se juntar aos filhos Cody Souza (baixo) e Nick Souza (bateria), alem dos ótimos músicos Kosta “V” Varvatakis (guitarra) e Justic “J.C” Cole (guitarra) e ano passado montou o Hatriot. O primeiro trabalho da banda, Heroes of Origin,  é um verdadeiro petardo, extremamente bem recebido em todo mundo. A banda não perdeu tempo,  e um ano depois já lança o seu 2o disco, provando que não tem tempo a perder. Down of the New Centurion é tão espetacular quanto o disco de estreia, e mostra que a banda veio para ficar.
  No total são 9 músicas, que transbordam peso e mostram tudo que o Thrash Metal tem de melhor, com um instrumental impecável e a voz de Steve rasgando tudo. From My Cold Dead Hands abre o trabalho com um riff extremamente bem sacado, e um pouco cadenciado. Logo a música ganha velocidade e tudo vira um enorme bate-cabeça. Your Worst Enemy começa com um riff de baixo único, e da sequencia a pancadaria sem limites. The Fear Within começa ''do nada'', com um riff bem lento de guitarra totalmente influenciado por bandas de metal clássico. Algo bem na linha do Kreator em seus momentos mais melodiosos , e como eles também gostam de fazer, a velocidade aumenta quando o ouvinte menos espera. Honor The Rise And Fall segue a mesma linha, com uma aula de guitarra e peso. Superkillafragsadisticactsaresoatrocious é aberta com Nick Souza esmurrando a sua bateria, e se transforma em um Thrash mais próximo do Crossover. Em Silence In The House Of The Lord, as guitarras se destacam novamente. De fato o instrumental impressiona, e mostra porque o futuro está todo na mão do Hatriot. World Funeral já começa violentíssima, com todos tocando numa velocidade que impressiona, lembrando muito o Sodom nos seus dias de glória. A faixa-título é outra mais cadenciada no inicio, seguindo essa linha quase que o tempo todo e ganhando velocidade no final. Tudo isso feito com muito, muito peso. Consolation For The Insane fecha o trabalho com outra entrada insana dos grandes músicos, sem deixar o ouvinte descansar.
  O trabalho é de altíssimo nível, seguramente um dos grandes lançamentos do ano até agora. A banda toda foi escolhida com precisão, digna do passado glorioso de Steve ''Zetro'' Souza. Com dois cds fantásticos, o Hatriot vai se firmando como realidade no Thrash Metal, imperdível para os fãs de longa data do vocalista e apreciadores de Kreator, Sodom e Destruction por exemplo. Corra para alguma loja especializada e garanta já o seu!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

SHOW DO EDDIE VEDDER-CITIBANK HALL-RIO DE JANEIRO-NOITE 1

  O vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, viria ao Brasil pela 4a vez, agora sem a sua banda, para 5 shows solos no Rio de Janeiro e São Paulo. Eu tive a honra de ter visto o Pearl Jam ao vivo nas duas vezes em que eles vieram ao Brasil para shows solos (só não tive disposição para aturar a avalanche de indies do Lollapallooza do ano passado), e foram dois dos maiores shows da minha vida. Os ingressos para essa 1a apresentação se esgotaram em apenas 1 dia, mesmo com os preços abusivos cobrados. Fiquei no lugar mais barato e distante do palco, mas de lá era possível assistir ao show perfeitamente. O Citibank Hall é a melhor casa de espetáculos do Rio. Ela fica no subsolo de um shopping, e nele tem estacionamento e inúmeros bares e restaurantes para o esquenta, alem da ótima visão do palco e acústica fenomenal. Já assisti a shows inesquecíveis lá, como Ozzy Osbourne, Dream Theater, Shaman, Faith No More, Alice Cooper e Ira!, mas infelizmente nos últimos anos a casa vem abrindo espaço predominantemente para artistas de gosto duvidoso. O show era intimista desta vez, com cadeiras cobrindo toda a pista e a obrigatoriedade de nelas ficar sentado. Antes do show, a produção falou o obvio, que não era para filmar, porque o show de verdade estava acontecendo ali. Acontece que hoje em dia existe uma necessidade de se filmar um show inteiro, sabe-se lá para que, e as pessoas simplesmente não sabem como agir sem as malditas câmeras. O público era bem dividido, muito por causa dos altíssimos preços. Muitos almofadinhas com blusas de marca que pouco conheciam a banda se faziam presentes, no lugar de verdadeiros fãs com menos grana no bolço. O público da banda mesmo estava vestido quase que uniformemente com camisas do Pearl Jam e Ramones, e cantavam tudo.
  Eddie Vedder veio realmente sozinho, o show era só ele tocando violão e guitarra, sua voz e o poder inconfundível das músicas do Pearl Jam, ao lado de covers e músicas de sua carreira solo. A abertura ficou por conta do grande clássico do Pink Floyd Brian Damage, que ficou quasse irreconhecivel na versão voz/violão de Eddie. A música sem os solos de Guilmor e o baixo de Waters vira outra coisa, que eu só reconheci no verso ''The paper holds their folded faces to the floor''. Mesmo assim, ficou legal. A segunda música já apresenta um pouco da banda que consagrou Eddie, o Pearl Jam. Sometimes, que abre o 4o disco da banda, No Code, foi celebrada pelos verdadeiros amantes da banda. As duas próximas foram covers, de Trouble de Cat Stevens e Good Woman da ídolo indie Cat Power (?). Era hora de ouvir mais Pearl Jam, com a espetacular Thumbing My Way, do grande disco Rio Act, uma escolha mais do que acertada.  Ainda no mesmo Rio Act, veio a música que abre o disco, Can't Keep. Depois dessas duas maravilhas, tivemos um pouco da sua carreira solo, com Sleeping By Myself, Goodbye e Light Today. Agora veio I Am Mine, uma das músicas que me apresentaram ao Pearl Jam, quando eu tinha algo em torno de 12 anos. Para mim foi um grande momento, porque ela é extremamente marcante para mim. Até então eu estava me segurando na cadeira, por pura obrigação do show em questão, mas agora não dava. Levantei até o corredor próximo ao meu lugar, bem no canto esquerdo da casa, mas o segurança já exigiu que eu sentasse. Foi de perder a paciência, porque eu estou acostumado com shows de Rock, e não balé no municipal, mas aceitei a decisão e assisti sentado. Depois disso, veio o grande clássico Better Man, tocada bem diferente da versão original, mas ainda muito interessante. Agora era hora de ouvir mais um pouco da carreira solo, com Far Behind, Setting Forth, Guaranteed e Long Nights, essa última junto com Glen Hansard, que fez a abertura do show. Era a 1a vez que Eddie Vedder tinha alguma companhia no palco, e sozinho ele conseguia fazer um show fantástico. Algo absolutamente notável, poucos artistas teriam tal capacidade. Veio então o interessantíssimo cover para You've Got to Hide Your Love Away dos Beatles, muito bem feito e uma escolha para lá de acertada, até por causa da ótima adaptação vocal de Vedder a música. Depois vem mais um cover fantástico, o já tradicional I Belive In Miracles dos Ramones, sempre presente nos shows do Pearl Jam. Com voz e violão, ela ficou bem diferente, mas todos cantaram junto e puxaram o coro ''hey ho, let's go!!!''. Eddie então contou da importância que os Ramones tem na sua vida profissional e pessoal. Veio então o grande momento do show, a indescritível Immortality, de Vitalogy, terceiro disco do Pearl Jam. Ela é uma das minhas músicas preferidas da banda, e me emocionou profundamente. Arranjei um lugar bem no fundo da casa para poder ficar em pé e cantar a música com o fundo da alma. Então era hora de mais covers, com The Needle and the Damage Done do grande Neil Young e 4th Of July da banda X. Então vem um pouco mais de Pearl Jam, com Just Breathe. A música é fantástica, e uma escolha bem obvia por ser feita no esquema voz/violão que era a dinâmica  do show. Outra música fantástica para engrandecer ainda mais o espetáculo. Vem então outra maravilha, Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town, de Vs. Mais uma daquelas músicas que é dificil encontrar palavras para descrever, de tão boa que é, e outra que está no meu top 10 da banda. Com Glen de volta ao palco, vem mais cover por ai, com Sleepless Nights do The Everly Brothers e Society de Jerry Hannan. Agora veio uma que eu não esperava, como é tradicional no setlist sempre surpresa do Pearl Jam. Nada menos que Present Tense, de No Code. Para respirar fundo, veio Falling Slowly do The Swell Season. Eddie então chama um felizardo da platéia para cantar um pouco de The Clash para galera, com o clássico Shoud I Stay Or Shoud I Go, a música mais conhecida da lendária banda. Ele manda bem, transborda felicidade, até levanta Eddie com um caloroso abraço.  Finalmente, Ten, o maior clássico do Pearl Jam aparece, com a fantástica Porch. Ela transborda peso, e fica muito legal no violão de Eddie. A compostura vai para o espaço, todos se levantam, pulam e cantam como se não houvesse amanha. As covers, Hard Sun e Dream A Litle Dream Of Me fecham com chave de ouro um grande show.
   Pela 3a vez na vida, fico de queixo caído depois de um show de Eddie Vedder. Ele é a alma do Pearl Jam, e dessa vez literalmente sem banda mostra o artista fenomenal que é, em conjunto com um repertório perfeito fez um grande show de Rock. Mesmo com apenas 1 instrumento e voz, é possível sim fazer Rock, e da melhor qualidade. Que Eddie Vedder volte em breve, junto com o Pearl Jam, porque é certeza de diversão.

terça-feira, 13 de maio de 2014

X RATED/STRESS/METALMORPHOSE-RIO ROCK BLUES-RIO DE JANEIRO

  Essa noite de sexta-feira, dia 9 de Maio, tinha tudo para ser uma verdadeira celebração ao nosso Heavy Metal. Três grandes bandas que fizeram história nos anos 80 reunidas em apenas um show. De fato, a noite foi inesquecível para todos os verdadeiros amantes do nosso Rock.  O público ficou abaixo do esperado, infelizmente. A questão de desvalorização do público pelas nossas bandas não cabe, porque recentemente os shows do Azul Limão/Metalmorphose, Krisiun e Ratos de Porão, para ficar em alguns exemplos, tiveram uma ótima audiência dos cariocas. Quem sabe o altíssimo numero de shows que aconteceram por aqui nos últimos meses tenha sido o culpado. Mesmo assim, quem foi criou um ambiente extremamente agradável para uma noite de Heavy Metal. Esse show marcava o retorno do X Rated depois de anos. Infelizmente, cheguei ao Rio Rock Blues já no final da apresentação da banda. Já na porta, tive a honra de encontrar o baixista do Metalmorphose Andre Bighinzoli e o senhor Roosevelt Bala, líder do Stress. Como vocês sabem, este blog leva o nome de uma das músicas da banda, pela qual eu tenho uma enorme admiração. Encontrar com Bala foi realmente fantástico, e de quebra tive o LP Flor Atômica, dos poucos que sobraram da coleção do meu pai, autografado (veja a foto no final da matéria). A casa tem 3 andares, sendo no último o show. No 1o andar, acontecia um show de uma banda que tocava covers de gosto duvidoso da pior maneira possível com uma plateia de bêbados que mal sabiam o que estavam fazendo ali. Essas pessoas não sabiam o que estavam perdendo. Já lá dentro podia-se ver figuras conhecidas do underground carioca, prontas para uma noite de celebração.
   O Stress logo subiu ao palco, detonando o clássico Sodoma e Gomorra, seguido pela espetacular abertura de Flor Atômica, Heavy Metal. Todos os presentes não acreditavam no que viam, cantando as músicas em uníssono. O show teve ainda clássicos de todas as épocas, raridades como Sexo Anual e A Sua Mãe é Moça?, dedicada as abomináveis patricinhas e hinos como Coração de Metal e Brasil Heavy Metal, que conta a história da nossa música pesada, que se confunde com a do Stress. Ainda rolou pérolas como  Stressencefalodrama, Inferno Nuclear, Flor Atômica, Não Desista e a espetacular Mate o Réu. Assim foi o show da 1a banda de Metal do Brasil, com um público hipnotizado por clássicos e mais clássicos e Bala literalmente nos braços do povo. Um dos meus sonhos foi realizado, finalmente ver o Stress em ação.
   Alguns presentes já foram para casa, infelizmente perdendo um grande show do Metalmorphose. A banda já tinha esquentado as turbinas num grande show na noite anterior, abrindo para o Picture e Grim Reaper. Quem ficou viu as músicas do último cd da banda, Maquina Dos Sentidos, como Máscara, Maquina Dos Sentidos, Jamais Desista, Passados Incompletos e Livres Para Sonhar, alem de uma música que vai estar no próximo disco da banda e os clássicos Minha Droga É O Metal e Cavaleiro Negro. O fim da noite já estava esvaziado, e poucos privilegiados puderam ver André, Marcos Dantas, Tavinho Godoy, André Delacroix e PP Cavalcante, alem da participação especial de Leon Manssur.
  Quem foi, viu grandes show de Heavy Metal de bandas primordiais para o desenvolvimento da nossa cena. Apenas lamento pelos que preferem prestigiar alguma banda cover de péssima qualidade tocando em algum boteco por ai. Espero que outros shows com bandas assim aconteçam por aqui, nossos fiéis seguidores estarão sempre lá para assistir.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

RAIMUNDOS-RAIMUNDOS

  No ano de 1994, uma banda diferente de tudo que já existiu no nosso Rock lançava o seu 1o disco. Os Raimundos traziam uma forte influência da música nordestina, tanto nas letras quanto no ritmo, e misturavam isso tudo com o hardcore mais brutal possível. O resultado de tudo isso foi genial, eternizado no seu melhor álbum feito até hoje. Rodolfo, Canisso, Digão e Fred começavam a fazer história, com letras sacanas e engraçadas, e um instrumental pronto para formar um mosh pit daqueles.
  A abertura vem logo com o maior clássico deles até hoje, Puteiro Em João Pessoa. O título já diz tudo, mostra o espirito dos garotos, que antes de mais nada queriam fazer um som honesto e no qual eles acreditavam, nada pré-fabricado visando apenas o sucesso a todo custo. A letra contava as aventuras dos jovens até o encontro com as meretrizes, com tudo cantado numa velocidade avassaladora, ficando quase impossível cantar junto. Isso já era um belo resumo de tudo o que os Raimundos fariam dali para frente. Palhas do Coqueiro tem uma letra de homem aparentemente premiado com um par de chifres. A música tem uma pausa, e as coisas saem do controle no quesito velocidade. Já participei de moshs brutais em apresentações da banda neste momento, já que a música é sempre presente nelas. MM's é um hardcore típico, muito influenciado por bandas como Suicidal Tendencies por exemplo. Minha Cunhada é outra paulada nos tímpanos, com menos de 2 minutos de duração e letra ''pornográfica''. Nada mais Raimundos que isso. Repente se tornou um grande clássico da banda, com uma levada um pouco mais dançante, deixando claro a influência nordestina. A coisa ganha peso em certo momento, o que transforma essa música em algo espetacular. Carro Forte é mais uma que segue a linha mais hardcore do trabalho, seguida pelo clássico Nêga Jurema. A música é outra rápida e direta, com uma letra que fala sobre a sempre polêmica erva. Rola uma veloz história sobre a chegada de uma donzela trazendo a mercadoria para rua do pessoal, o que causa um certo alvoroço. Essa é uma das músicas mais alucinantes do disco, daquelas que te convocam para o bate-cabeça. Deixei de Fumar/Cana Caiana é uma letra da lenda Zenilton, que viu o seu Forró virar um Harcore espetacular nas mãos dos Raimundos. O mesmo se aplica a Cajueiro/Rio das Pedras, a minha música preferida da banda. Bê a Bá é aberta pelo baixo da Canisso, com um riff marcante. A música é outra maravilha que sempre é lembrada nos shows da banda. Bicharada acaba passando despercebida no meio de tanto clássico. Marujo conta a história de um homem que deixa uma vida de lado para viver aventuras ao mar, tudo com o peculiar humor da banda. A frase ''é por isso que o Raimundos nunca vai se acabar'' virou um lema para os fãs depois de tudo que a banda passou. Cintura Fina conta um acontecimento que é rotina na vida de um homem. A cachaça o fez levar para casa uma criatura horripilante, que proporciona um belíssimo susto ao acordar. Uma letra genial. Selim virou um grande sucesso, que quase não entrou no disco. Ela é uma narração pra lá de engraçada sobre os desejos da banda de se tornar um banco de biscicleta, para ver melhor a cidadã que nele se assenta. A letra não tem nenhum palavrão, e sempre garante boas risadas ao ouvinte.
   Estava pronto um verdadeiro marco no Rock  brasileiro, levando uma banda que transborda peso e com letras impossíveis de serem divulgadas na grande mídia direto para o mainstream. Uma banda com personalidade, acreditando no seu som, fez o que deu na cabeça e conquistou tudo com muito merecimento, sendo lembrada depois de anos e anos com muito carinho pela sua legião de seguidores.

ANGRA JÁ TEM UM NOVO BATERISTA

  Ricardo Confessori anunciou recentemente a sua saída da banda. Ele ainda vai cumprir as datas já marcadas da turnê da banda, e depois passa as baquetas do Angra para Bruno Valverde. Ele já tocou com Kiko Loureiro e Felipe Andreoli em seus trabalhos solos, e sua estreia está marcada para Milão, no dia 19 de Junho.
  Veremos como ele vai se sair, porque honestamente eu nunca vi o trabalho dele. Confessori já fez trabalhos geniais com a banda, mas parecia meio perdido na sua volta, inclusive quando decidia abrir a boca. Vamos ver como será o entrosamento dos membros, e o resultado disso no novo disco do Angra

sábado, 10 de maio de 2014

SHOW DO METALMORPHOSE/PICTURE/GRIM REAPER-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

  Depois de uma grande noite de Punk Rock na quarta, a quinta era dia de voltar ao Odisseia para curtir o melhor do Heavy Metal tradicional. Metalmorphose, Picture e Grim Reaper são especialistas no assunto e iriam se apresentar por lá na noite de um dia no qual os cariocas penaram para se locomover durante a greve dos rodoviários. O público chegava muito timidamente as 7h, hora marcada para o show do Metalmorphose. Ainda na porta, fiquei conversando informalmente com o grande baixista da banda, o senhor André Bighinzoli, sobre o que esperar do show com o Stress no dia seguinte, novo disco da banda, e coisas do gênero. O show do Metalmorphose começou por volta de 8h, com um público bem reduzido, talvez efeito da greve. Durante o show o público melhorou bastante. Mesmo assim, estava longe do ideal. Mesmo na hora das ''bandas principais'', o comparecimento foi apenas razoável, longe da audiência do Obituary e Marky Ramone na mesma casa recentemente.
  O Metalmorphose é de uma época de ouro no nosso metal, os anos 80, e fez história ao lado de nomes como Centúrias, Taurus, Azul Limão, Dorsal Atlântica e Stress. A banda toca um metal tradicional, que se encaixa perfeitamente no estilo do som de Picture e Grim Reaper. Depois de um longo tempo parado, eles retornaram com o petardo Maquina Dos Sentidos em 2012. Esse disco foi a base do repertório do Metalmorphose naquela noite, enquanto eles se preparam para mais um lançamento ainda esse ano. Rolaram as ótimas Jamais Desista, Máscara, Maquina Dos Sentidos, Passados Incompletos, Pelas Sombras e Livres para sonhar, elem do grande clássico Cavaleiro Negro, diretamente do histórico Split Ultimatum, que tem 5 músicas do Dorsal Atlântica e 5 do Metalmorphose. A banda conta atualmente com o ''Azul Limão'' Marcos Dantas na guitarra, Andre Bighinzoli no baixo, Tavinho Godoy nos vocais e André Delacroix na bateria, e especialmente para esse show também com PP Cavalcante. Foi um belo show, muito apreciado por todos os presentes.
  Depois de um longo intervalo, e de uma pequena inversão na ordem original das apresentações, o Picture estaria no palco agora. O público estava incrédulo, cantando junto cada verso da banda com muita paixão. A espera era longa, e parecia incrível a possibilidade de vê-los ao vivo depois de tantos anos. Foi um desfile de clássicos, para ninguém botar defeito. Griffons Guard the Gold abriu os trabalhos de maneira espetacular, e deu inicio a um grande espetáculo de Heavy Metal. E tome petardo, como Eternal Dark, Heavy Metal Ears, Batle of the Universe e o encerramento magnífico com Bombers. A banda ainda está em grande forma, fazendo um show impecável musicalmente falando, em conjunto com um publico igualmente impecável. O show do Picture acabou, e com um intervalo mínimo era hora do grande show da noite ao meu ver, o do Grim Reaper.
  A banda faz parte de uma geração de ouro do Heavy Metal inglês, lançando nos anos oitenta verdadeiras pérolas do estilo, como Fear No Evil, See You In Hell e  Rock You To Hell.  O setlist foi um pouco mais longo do que o do Picture, com 16 músicas contra 13 dos holandeses. O inicio com Rock You To Hell foi absolutamente apoteótico, sendo seguido por clássicos como Night Of The Vampire e Lust For Freedom. O show ainda teria outros grandes momentos, como Liar , Now Or Never, From Hell e Matter of Time. O encerramento foi espetacular, com a magnifica versão para o hino Don't Talk To Strangers de Dio, o grande momento da noite, e os clássicos Waysted Love, Final Scream e o hino See You In Hell, com o vocalista Steve Grimmett falando que se vamos para o mesmo lugar que ele, agente se vê no inferno. Foi um grande final, para uma bela noite.
  O público estava longe do ideal, mas não chegava a ser pequeno, e a forte participação em todos os 3 shows tornou a noite muito especial, alem das bandas ainda estarem em grande forma. A nossa cena metálica se mostrou novamente muito forte, e vivendo um momento incrível atualmente. Que essas grandes bandas continuem vindo, cada vez mais.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

SHOW DO MARKY RAMONE+MICHALE GRAVES-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

  O que aconteceu na noite de quarta-feira no Teatro Odisseia foi uma grande prova de imortalidade da verdadeira arte. Todos nós somos seres humanos, e um dia o nosso ciclo por aqui se encerra, mas o que fizemos por aqui ficará para sempre marcado. Infelizmente, Dee Dee, Johnny e Joey não estão mais aqui, e mesmo assim a paixão que a música feita por eles ainda causa nas pessoas é de se impressionar. Marky Ramone, baterista da banda por 15 anos de sua trajetória, e responsável pelas baquetas em clássicos como Road to Ruin, End of the Century e Pleasant Dreams, se apresentaria por aqui com a sua banda, levando para o Teatro Odisseia um público jamais visto por lá. Para completar, o vocalista é simplesmente o senhor Michale Graves, que fez parte do Misfits no seu retorno nos anos 90. Da ex-banda dele, só duas músicas foram lembradas, então a noite foi basicamente feita por clássicos dos Ramones, com ênfase nos discos Rocket To Russia e Ramones. O amor que todos os presentes tinham pela obra do Ramones era de se impressionar, e o fato de muitos deles não terem tido a oportunidade de ver a banda ao vivo os deixou com uma vontade ainda maior de ouvir todas aquelas musicas.
  Com a casa abarrotada de gente, Marky e Graves sobem ao palco, junto dos ótimos músicos argentinos que acompanham a banda no baixo e guitarra. Já mandando a espetacular Rockaway Beach, da obra-prima Rocket To Russia, a casa vai abaixo. Um mosh brutal é aberto mais próximo ao palco, e dali para frente não tem descanso. Teenage Lobotomy se inicia, com a única falha da noite. Michale se confunde, e começa a cantar R.A.M.O.N.E.S no lugar, sendo que o instrumental estava perfeito. Logo todos pararam e a música recomeçou. Isso perto do que foi o show não era nada. Um show dos Ramones era para quem tem disposição, normalmente com 30 ou 40 músicas tocadas em pouco mais de 1 hora. O que aconteceu foi exatamente isso, com uma banda absolutamente acertada tocando tudo o que aqueles amantes do Ramones queriam ouvir. Psycho Therapy fez todos irem a loucura com uma velocidade acima do normal, sendo seguida pela fantástica Do You Wanna Dance?. I Donn't' Care, que a Legião Urbana copiou o riff descaradamente na música Que País É Esse, foi também muito celebrada. Sheena Is a Punk Rocker e Havana Affair, dois verdadeiros hinos da banda provocaram um tsunami na pista. Nada de descanso depois disso, e tome mais Tomorrow She Goes Away, Commando,  I Wanna Be Well e Beat on the Brat. O que falar disso, hinos do Punk Rock mundial saindo pelo ladrão, e um público que celebrava cada verso deles com uma paixão difícil e ser explicada. 53rd & 3rd, o dito endereço de prostituição de Dee Dee, Now I Wanna Sniff Some Glue, Gimme Gimme Shock Treatment, Rock ‘N’ Roll High School, Oh Oh I Love Her So  e Judy Is a Punk, para mim a melhor música da banda, continuam com a avalanche de clássicos. Depois disso, vieram 3 músicas que sempre matam os fãs do coração. I Belive In Miracles foi cantada com a alma de cada presente, assim como The KKK Took My Baby Away, uma obra fabulosa feita por Joey em vingança a traição de sua namorada com o guitarrista Johnny e Pet Sematary, uma das músicas mais conhecidas e emocionantes da banda. O show tinha pouco papo dos integrantes com o público, era uma porradaria sem fim. Chinese Rock, a devastadora I Wanna Be Sedated, Loudmouth, I Don’t Wanna Walk Around With You e Pinhead, com o famoso coro de GABA GABA HEY no final, fecharam a 1a parte do show de maneira espetacular. Ninguém ali tinha do que reclamar, era Ramones tocado na essência. No retorno, Marky dedica Do You Remember Rock ‘N’ Roll Radio? ao baixista Dee Dee, e segue com I Just Want to Have Something to Do, She’s the One, California Sun, Have You Ever Seen the Rain? (peculiar versão do Creedence Clearwater Revival), Cretin Hop e R.A.M.O.N.E.S., a homenagem que o Motorhead fez para a banda. Finalmente, Michale canta um pouco de Misfits, sozinho no palco com um violão. Dig Up Her Bones e Saturday Night, ambas do clássico Famous Monsters, são cantadas por todos em uma versão bem mais lenta do que a original. Para encerrar o show com chave de ouro, vem Life’s a Gas, What a Wonderful World e uma tal de Blitzkrieg Bop.
   Foi um setlist impecável, cantado por uma banda em grande forma junto dos amantes da banda, que chega a ser uma verdadeira religião para os mesmos. Eu tinha visto o Marky tocando com a banda Tequila Baby, no Circo Voador em 2006, quando tinha apenas 14 anos. Ramones foi uma das bandas que me apresentou ao Rock, e cada minuto daquela apresentação foi especial, uma grande viagem por toda a minha vida. O que existe de mais próximo ao que era o show da banda é isso que vivemos no dia 7 de maio, e todos nós que não temos idade para ter acompanhado os Ramones agradecemos ao grande Marky Ramones, que mostrou ter uma disposição de garoto, ainda espancando a bateria no final como se não houvesse amanha.

domingo, 4 de maio de 2014

GARY HOLT 50 ANOS-10CLÁSSICOS DO THRASH METAL PARA CELEBRAR A DATA

  Gary Holt, guitarrista da entidade do Thrash Metal Exodus, e atualmente também guitarrista do Slayer, completa 50 anos de vida hoje.  A importância dele e de sua banda para o estilo é impossível de ser medida em palavras. O Exodus fez parte de uma cena que explodiu na cidade de São Francisco durante os anos 80, o Thrash Metal Bay Area. A cidade tinha um enorme numero de clubes que recebiam sempre um grande numero de apreciadores do estilo quase todos os dias. Bandas como Metallica, Testament, Exodus, Death Angel, Forbidden, Heathen, entre muitas outras saíram da cidade para fortalecer cada vez mais o novo estilo. Existiam outras grandes bandas de Thrash  em outras cidades americanas, como o Overkill, Megadeth, Anthrax e  Slayer por exemplo, mas nada comparado com a força vinda da Bay Area de São Francisco. Neste cenário, o Exodus tem um papel importantíssimo, tendo o clássico álbum Bonded by Blood o status de obra fundamental para o Thrash Metal, considerado por todos um marco no estilo. Para muitos, os discos Kill Em'All do Metallica e Bonded by Blood do Exodus são o perfeito resumo do Thrash Metal feito na Bay Area, dos tempos fenomenais que todos os amantes do Thrash viviam naqueles dias. Vamos ouvir 10 grandes clássicos do Exodus, uma aula de Thrash Metal, em homenagem ao nosso cinquentão.
                                                                     Bonded by Blood

                                                    A Lesson In Violence-Bonded by Blood

                                                      Metal Command-Bonded by Blood

                                                              Piranha-Bonded by Blood

                                                 Strike Of The Beast- Bonded By Blood

                                                         Parasite-Pleasures of the Flesh

                                                             Pleasures Of The Flesh

                                                                  Fabulous Disaster

                                                       The Toxic Waltz-Fabulous Disaster

                                                       Open Season-Fabulous Disaster

sexta-feira, 2 de maio de 2014

SHOW DO HATEFULMURDER/VOIVOD E KATAKLYSM-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

  Outro grande show para os amantes de Heavy Metal no Rio de Janeiro aconteceu nesta quinta-feira. Nada menos que duas grandes bandas internacionais, Voivod e Kataklysm, iriam tocar juntas, ambas pela 1a vez na cidade. A noite ainda teria a grande abertura do Hatefulmurder, um dos destaques da nossa atual cena. Minha ideia inicial era assistir a todos os shows, completos, mas uma surpresa para lá de agradável aconteceu. Pouco antes das 7h, horário marcado para o início da apresentação, eu já estava para sair de um bar ao lado do Odisseia, quando todos os integrantes do Voivod adentraram ao local. Obviamente eu esperei eles se levantarem, e fui pedir um autógrafo no meu cd da banda (War And Pain, para mim o melhor lançamento deles), além de uma foto com toda a banda. Todos foram extremamente educados, e conversamos um pouco sobre o show. Com tudo isso, acabei entrando na casa pouco antes das 8h da noite, praticamente junto da banda. Ainda deu tempo de assistir 2 músicas do show do Hatefulmurder, uma delas a versão ''mais pesada'' para N.I.B do Sabbath. A única música autoral tocada pela banda que eu vi, era uma mistura de Death e Thrash Metal, com um pouco de modernidade. Achei o som legal, mas nada de excepcional. Mesmo assim, eu comprei o cd da banda, que era vendido a sete reais, para formar uma opinião melhor sobre eles.
  Agora era hora do show da noite na minha opinião. Espero há tempos uma apresentação da banda por aqui, já que eles nunca vieram ao Brasil. A espera valeu muito a pena. O Voivod divulga o ótimo Target Earth, lançado ano passado, e veio com a formação mais próxima possível da original. Apenas com Dan Mongrain substituindo o falecido guitarrista Piggy. Alem dele, Dennis Snake, Jean-Yves Blacky e Michel Away continuam arregaçando em seus instrumentos. A casa estava razoavelmente cheia, mas nada comparado com o do Obituary por exemplo. A apresentação começa com Kluskap O'Kom, faixa do último disco da banda. A música foi muito bem recebida, mas a coisa esquentou mesmo foi na 2a, o clássico Tribal Convictions. Todos cantavam e agitavam bastante. Target Earth, faixa-título do novo trabalho, continua agitando. Em The Unknown Knows, outra maravilha escondida no grande disco Nothingface, a coisa esquenta de vez, com todos cantando como se não houvesse amanha. O Thrash Metal Progressivo Experimental, ou seja lá qual o rótulo que você possa imaginar, praticado pela banda não é de fácil digestão. Você tem que está preparado para ouvir algo diferente de tudo, uma mistura de coisas como Pink Floyd e Venom. A música feita pela banda varia muito de andamento, o que agita um enorme mosh pit em certos momentos, e se acalma com todos entrando numa viagem interplanetária em outros. Por tudo isso, sempre achei o trabalho deles fenomenal. E o show estava tecnicamente perfeito. O Odisseia está  com uma acústica impecável, se tornando cada vez mais um templo para o underground carioca, recebendo shows cada vez melhores. Se podemos assistir hoje a shows como esse, a casa que abre as portas para tudo isso é uma das grandes responsáveis. Corps Étranger segue com o espetáculo, mais uma nova a ser lembrada pela banda, e ter uma boa recepção. Seguindo a mesma linha de variar entre clássicos e músicas novas, a próxima é a fantástica Chaosmöngers, seguida pela fantástica Overreaction, do grande disco Killing Tecnology.  Mantendo a sequência de grandes clássicos da banda, chega a hora de ouvir Psychic Vacuum. O show estava fantástico, e agora é a vez do grande disco Rrröööaaarrr ser lembrado, com a magistral Ripping Headaches. Mechanical Mind é mais uma nova a ser lembrada pela banda, sendo seguida pelo verdadeiro hino Voivod, que abriu um enorme mosh pit e foi cantada em uníssono. Para encerrar o show de maneira magnífica, vem o cover de Astronomy Domine, música dos primórdios do Pink Floyd, mostrando a importância da banda na música do Voivod. Ela é dedicada ao falecido Piggy, que teve o nome gritado por todos, e tocada de maneira primorosa. O momento foi realmente emocionante, levando uma mulher ao meu lado as lágrimas. Final de um show relativamente curto, mas mesmo assim fantástico e devastador. O Brasil esperou o Voivod por muito tempo, e de fato a banda compensou o atraso com um show de Rock para ninguém botar defeito.
  Agora era hora da ''atração principal'' da noite, o Kataklysm. Principal a principio, não só para mim, mas para o público que diminuiu consideravelmente em relação ao show do Voivod. Fui lá para ver o show do Voivod, e já estava realizado  pelo grande espetáculo que eu tinha acabado de assistir. O Kataklysm nunca foi uma banda que eu tenha parado realmente para escutar ou dado grande atenção, mas estava curioso para ver o que eles tinham para apresentar. O intervalo entre as duas bandas foi longo, e já era 11 horas quando eles entraram em cena. O que eu, como leigo sobre a banda vi, foi um grande show de Death Metal. O frontman Maurizio Iacono agitava o tempo todo, incendiando um público que amava a banda, alem dos curiosos que estavam assistindo. A técnica de todos era perfeita, mas nem tudo eram flores. O microfone de Maurizio falhava constantemente, e ele ia a loucura com a equipe. Aparentemente houve um problema nos cabos do palco, fato que paralisou por cerca de 15 minutos o show. Já era bem tarde quando a banda voltou, e eu acabei saindo antes do fim do show, já que eu tinha que levantar bem cedo no dia seguinte e a minha alegria da noite já estava garantida. Achei a banda com um potencial enorme, e depois disso pretendo conhecer um pouco mais sobre eles. Já lá fora, vários fãs do Voivod se faziam presentes, tirando fotos com a banda ou mesmo bebendo no bar ao lado da casa. Todos os integrantes eram mais uma vez extremamente simpáticos com todos, eu ainda cumprimentando o guitarrista Dan Mongrain e agradecendo pela grande noite de Rock que ele nos proporcionou. O mesmo foi mais uma vez muito gentil. A noite foi do Voivod, um verdadeiro show de educação e extrema competência musical de todos. Semana que vem o Rio de Janeiro espera uma verdadeira ''maratona rockeira'', com shows de Marky Ramone/Michale  Graves na quarta, Metalmorphose/Grim Reaper/Picture na quinta, Stress/ X-Rated/Metalmorphose na sexta e Eddie Vedder no domingo. Até lá amigos!!!
                                                         Meu encontro com a banda

ROADIE CREW DE MAIO

  A nova edição da Roadie Crew vem com Zakk Wylde na capa. O assunto é o novo álbum do Black Label  Society,  que inclusive tem apresentações marcadas para Agosto por aqui. Alem disso, a revista vem com outras entrevistas, a 3a parte do Background dos Ramones, as resenhas de cds, shows e todas as tradicionais seções. Mais uma edição imperdível para a sua coleção.
Ed. #184 (maio, 2014) - entrevistas:
Black Label Society (Zakk Wylde) - capa
Sonata Arctica
Lamb Of God
Artillery
Adrenaline Mob
Massacre
Hatriot
Killer Be Killed
Joe Bonamassa
Patria
Boston
Seções: Cenário: Tailgunners, Necromesis, Liar Symphony, V Project (Sergio Facci), Vougan, Dreadnox, Aquiles Priester, Caio De Capua (Programa de Desenvolvimento do Mercado da Música) e Marcos Dantas (Metalmorphose, Azul Limão e X-Rated)
Eternal Idols: John Glascock (Jethro Tull)
Background: Ramones (Parte 3)
Blind Ear: Mauricio Bertoni (Sakrah)
ClassiCover: There's Only One Way To Rock (Sammy Hagar / Pretty Maids)
Collection: Hammerfall
Playlist: Karl Sanders (Nile)
Hidden Tracks: Home
ClassiCrew 74 - Rush ("Rush")
ClassiCrew 84 - Deep Purple ("Perfect Strangers")
ClassiCrew 94 - Amorphis ("Tales From The Thousand Lakes")
Profile: Luis Carlos (Statik Majik)
Live Evil: Sonata Arctica, Metallica e Raven, De La Tierra e Metallica, Iced Earth, Guns N'Roses, HIM e Paradise Lost
Pôster: Slayer
Mais informações em http://www.roadiecrew.com/
Para adquirir pelo site acesse - http://www.roadiecrew.com/anteriores.php ou entre em contato pelo telefone (11) 5058-0447