terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SCORPIONS-LOVEDRIVE

  Lovedrive marcou o inicio da fase mais grandiosa da carreira do Scorpions. O grande guitarrista Uli Jon Roth acabou deixando a bande depois do álbum Taken By Force, por não concordar com os rumos do Scorpions. Matthias Jabs assumiu o posto, se juntando ao vocalista  Klaus Meine, os guitarristas Michael Schenker (que apareceu em Another Piece of Meat, Coast to Coast e Lovedrive) e Rudolf Schenker, o baixista Francis Buchholz e o baterista Herman Rarebell. A banda fez então um trabalho bem diferente dos anteriores, dando o tom do que seriam os anos 80, a melhor fase da banda. Os anos 70 já foram gloriosos, Taken By Force, In Trance e Virgin Killer são clássicos e discos extremamente bem sucedidos comercialmente. Mesmo assim, esse é considerado o primeiro registro de Hard Rock da banda, estilo pelo qual ela ficaria mundialmente conhecida por este trabalho, e os seguintes Animal Magnetism, Blackout e Love At The First Sting acabaram se tornando os maiores clássicos da banda, seguindo uma linha bem semelhante.
  A abertura fica por conta da magnifica Loving You Sunday Morning, uma das melhores músicas da banda. O riff é maravilhoso, e a letra é maravilhosamente cantada por Klaus. O riff de passagem (aquele ''tatata,tátátátátá) é um marco na carreira da banda, uma síntese do Scorpions. Ela é até hoje muito presente no set da banda, sempre celebrada pelos fãs, que tem por ela um sentimento muito especial. Another Piece of Meat começa com um riff furioso, um Hard Rock daqueles, bem na ''escola Van Halen''. Outro grande momento. Em seguida vem a magnifica balada Always Somewhere, especialidade dos escorpiões. Essa é a melhor música deste gênero deles, dividindo com a música de abertura o posto de destaque da obra-prima que estamos falando. O refrão é grudento, e sempre emociona. Em trabalhos como Lovedrive, não tem descanso, é clássico depois de clássico. A maravilha instrumental Coast To Coast vem, com um ritmo cativante, e as guitarras se destacando, marca da banda. Can't Get Enought, para variar com um riff impecável, mantém o nível no teto. Outro Hard Rock daqueles, para nenhum fã do estilo botar defeito. Is There Anybody There é a música mais diferente do disco, com um ritmo influenciado pelo Reggae, mas com os riffs ainda presentes, e a voz cheia de ritmo do grande Klaus. A faixa-título chega firme, voltando o esquema para o bom e velho Hard Rock. Outro grande destaque do trabalho. O grande clássico Holiday encerra este maravilhoso disco, com a bela introdução acústica. Essa é uma música única, que se inicia com violão e voz, e em certo momento o peso aparece de maneira grandiosa, dando um tom de Hard Rock épico para ela.
  A banda estava pronta para os anos dourados, abrindo as portas da grande década com força total. Esse é para muitos o melhor disco da banda (para mim este título se divide com Blackout e Love At The First Sting), e tem um espaço enorme no coração dos fãs da banda e do estilo. Já se passaram 35 anos, e o tempo só da força ao mesmo.

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