sábado, 11 de janeiro de 2014

ROCK IN RIO 2011

Meus amigos, há exatos 29 anos, o festival que definitivamente colocou o Brasil na rota das grandes turnês começou. Na 1a noite, Whitesnake, Iron Maiden e Queen fizeram apresentações absolutamente memoráveis. Como eu não era nem projeto de gente nessa época, a minha estréia no festival aconteceu no ano de 2011. O dia do metal teria as apresentações do Metallica, Motorhead, Angra, Sepultura, Korzus, Matanza, entre outras bandas de menor importância. Nesses tempos o meu fanatismo pelo Metallica era realmente enorme. Eu passava basicamente o dia inteiro escutando a banda, músicas como Fade To Black, Orion e Master Of Puppets não saiam do meu som. Como no show de 2010, no estádio do Morumbi, eu fiquei bem distante do palco, dessa vez eu estava disposto a tudo para ver a banda da melhor maneira possível. Cheguei na Cidade Do Rock as 2h da tarde, já com uma fila que chegava quase ao Hsbc Arena, de péssimas lembranças para quem foi no show do Iron Maiden lá, naquele ano. Entre uma cerveja e outra, a ansiedade só aumentava. Entrei, com uma mochila reforçada de biscoitos e água (meus únicos alimentos pelas próximas 12 horas), fui buscar lugar o mais próximo possível do palco mundo. Abri mão dos shows do Sunset, minha prioridade era o Metallica. A espera pelo show absolutamente desnecessário do Gloria era interminável, com o telão mostrando sempre as mesmas propagandas da Fernanda Montenegro, a música do Rock In Rio, e o ''vou sem droga nenhuma''. O Gloria entra no palco, faz uma apresentação sofrível, é vaiado e apela para as covers de Domination e Walk, do Pantera. Esse momento serviu para o encontro com o meu pai. Finalmente aquela desgraça acabou, e em breve seria hora de outra. Por onde anda o Coheed And Cambria? Que tédio foi aquele show, meeeu deus. Pelo menos teve a cover de The Trooper, do Iron Maiden, e a comparação com o Gloria faria bem ao show deles, porque era uma banda muito melhor. A banda seguinte dispensa apresentações, nada mais, nada menos que o MOTORHEAD. Aquele seria o meu primeiro show da banda de Lemmy, uma apresentação memorável. O som que o Motorhead faz é único, o peso é descomunal. O show foi curto, e clássicos do nível de Iron First, Ace Of Spades ( que abriu um enorme mosh), Overkill, Stay Clean e Metropolis fizeram daquela apresentação algo memorável. Uma pena que a banda seguinte seja o Slipknot. O som é até suportável, o problema é a firula, o numero de integrantes (pelo menos uns 3 ali nada fazem)  e principalmente os fãs. Foi duro ver 1h e meia daquele show, mesmo com toda aquela pirotecnia. Na proposta da banda, o show até que chega a ser bom, mas nada que faça a minha cabeça ou que possa se comparar com Metallica, Slayer, Iron Maiden, Kreator, entre várias outras bandas. Não sei se é preconceito pelo fato da banda ter um dj, mas o Slipknot definitivamente não me agrada. Maggots a parte, agora era hora de ver o Metallica pela segunda vez. O coração já saia pela boca, e o intervalo parecia não ter fim. The Ecstasy Of Gold dava as caras, e o Metallica subia com tudo no palco, ao som de Creeping Death. Momento de arrepiar, seguido pela maravilhosa For Whom the Bell Tolls. A introdução fez as 100 mil pessoas presentes pularem como se não houvesse amanha. A desnecessária Fuel seria a próxima, seguida por Ride The Lightning, que muito me emocionou, já que nunca havia escutado ao vivo. A próxima seria a música que eu mais escutei na vida, Fade To Black. Nesse momento cheguei a chorar, eu não acreditava que estava vivendo aquilo. As novas Cyanide e All Nightmare Long ficam ótimas ao vivo, e Sad But True é muito celebrada. Welcome Home (Sanitarium) foi outra que muito me emocionou, pelo grande amor que tenho pelo disco Master Of Puppets. Orion vem em seguida, absolutamente épico. Dias depois, fariam 25 anos da morte de Cliff, fato lembrado por James Hetfield no final da música. Como se já não fosse o suficiente, as explosões de One e o hino Master Of Puppets chegariam para me matar de vez.  Blackened, com o seu fogo, queimava cada presente. O s clássicos do Black Album, Nothing Else Matters e Enter Sandman se  fizeram presentes, ambas cantadas por todos. O cover da noite seria de Am I Evil?, do Diamond Head, e o show se encerraria com Whiplash e Seek And Destroy, dois grandes clássicos do Kill Em All. Chegaria ao fim uma grande noite de Heavy Metal, minha estréia no Rock In Rio não poderia ser melhor.

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