quarta-feira, 25 de junho de 2014

PRODUTORA CONFIRMA AS VERDADEIRAS DATAS DO EXODUS NO BRASIL, SABE DE NADA INOCENTE...

  O que aconteceu com relação a turnê que o Exodus vai realizar no Brasil, em outubro, foi algo que eu não me lembro de ter presenciado. Primeiramente, esses shows deveriam acontecer em abril, mas foram adiados para outubro. Quando foram finalmente anunciadas as datas, as cidades ''escolhidas'' foram Porto Alegre, São Paulo, Belem e Manaus. Imediatamente, a produtora responsável pela agora oficial apresentação no Rio de Janeiro e o jornalista José Norberto Flesch se manifestaram. Flesh disse que as cidades confirmadas seriam essas, com o Rio entrando no lugar de Porto Alegre. Vale lembrar que o mesmo é uma fonte para lá de confiável quando o assunto é confirmação de shows. A produtora comentou em matérias sobre o assunto a genial frase ''sabe de nada inocente'', e criou um evento com mesmo nome, dando o nome do Circo Voador (lugar aonde vai acontecer o show), no dia 5 de outubro. Com tudo isso, o show no Rio de Janeiro, em substituição a Porto Alegre já era dado como certo por quem acompanhava o caso de perto. A primeira, e equivocada, confirmação foi feita pelo próprio site da banda, não foi um boato barato feito por jornalistas mal informados.
  Na tarde de hoje, finalmente, a produtora abriu o jogo. De fato, o show do dia 5 de outubro vai acontecer no Rio de Janeiro, mais precisamente no Circo Voador. O show de Belem acontece dia primeiro de outubro, no Botequim, e o de São Paulo acontece no dia 4 de outubro, no Carioca Club. Manaus e Porto Alegre não aparecem nesta nova confirmação, e o mistério sobre o que será feito das datas ainda restantes continua. Essa bagunça não faz bem a nenhum dos envolvidos, mas pelo menos já foi tudo esclarecido. Final feliz para os fãs cariocas, e lamentável para os de Porto Alegre e Manaus, que certamente tiveram uma grande decepção.
  O Exodus é uma das bandas mais importantes e influentes da história do Heavy Metal, que tem uma história que se confunde com o Thrash Metal, estilo que ajudou a criar junto de bandas como Testament, Metallica e Death Angel, que faziam toda a bay area ferver ao som do novo estilo naqueles únicos anos 80. Steve Zetro Souza retorna aos vocais da banda, posto que ocupou por anos depois da saída de Paul Baloff. A banda é comandada por Gary Holt, atualmente também guitarrista do Slayer, e deve lançar um disco novo em breve. O show é muito esperado pelos fãs de Thrash Metal brasileiros, que obviamente tem a banda em seus corações.

SERVIÇO COMPLETO DO SHOW DO RIO DE JANEIRO
Local: Circo Voador
End: Rua dos Arcos, sem número - Lapa
Data: 05 de Outubro (domingo) 2014
Abertura da casa: 18:00
Exodus: 20:00
Classificação etária: 16 Anos
Menores entre 14 e 16 anos somente acompanhados do responsável legal
Menores de 14 anos somente acompanhados do responsável legal
INGRESSOS: 1º lote: R$ 90,00 (meia-entrada promocional) 1º lote**: R$ 180,00 (inteira) 2º lote: R$ 100,00 (meia entrada promocional 2º lote**: R$ 200,00 (inteira) Porta: R$ 110,00 (meia-entrada e antecipado) Porta**: R$ 220,00 (inteira)
*É proibida a entrada na casa portando câmeras fotográficas profissionais e semiprofissionais, bem como filmadoras de qualquer tipo.
*A produção do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.
** Leve 1 Kg de alimento não-perecível e tenha direito à meia entrada
VENDAS Na internet (com taxa de conveniência): www.ingresso.com

Pontos de venda (sem taxa de conveniência):
CENTRO Bilheteria do Circo Voador Ter/qui: 12h às 19h Sex: 12h às 24h Sáb: 14h às 24h

TIJUCA Scheherazade Rua Conde de Bonfim, 346, loja 209 Próximo ao metrô Saens Peña Tel. 2569-1250 Somente em dinheiro

CAXIAS Rock For You Shopping Estação Fashion Avenida Presidente Kennedy, 1910 loja D TEl. 9 9420-8796 Dinheiro ou cartão em até 12 vezes sem juros

NITERÓI Dark Age Rua da Conceição, 101 S.L 47 – Centro Próximo às barcas Tel. 2620-7888 Somente em dinheiro www.blognroll.com.br

terça-feira, 24 de junho de 2014

KISS E DEF LEPPARD, O INICIO DE UMA TURNÊ HISTÓRICA

  Duas das mais representativas bandas da história do Rock iniciaram ontem uma turnê conjunta pelos Estados Unidos, na cidade de West Valley. O Def Leppard continua na ativa, mesmo com o drama pessoal do guitarrista Vivian Campbel, e o Kiss celebra os seus 40 anos de história. No primeiro show, ambas foram ''headlines'', tocando 14 e 13 músicas, respectivamente, que desfilam pelas suas histórias gloriosas.
  O Def Leppard fez um verdadeiro apanhado de seus maiores hits, todos indispensáveis em qualquer apresentação da banda. A banda abriu com Let It Go, a fantástica faixa de abertura de High N Dry, o seu melhor disco na minha opinião. Depois tome clássicos, como Animal, Foolin, Love Bites e Rock of Ages, entre outros. A apresentação foi encerrada com o hino Photograph. Apesar de previsível, o setlist foi de matar qualquer fã da banda do coração, e muito acertado.
  Já o Kiss fez uma verdadeira viagem pelos 40 anos de carreira. Em apenas 13 músicas, nenhuma delas de Monster, disco mais recente da banda, os mascarados surpreenderam do inicio ao fim. Clássicos com Love Gun, I Was Made For Loving You e Lick It Up, normalmente presentes nas apresentações, foram sacados. Apesar da força indiscutível das mesmas, as substituições foram muito bem feitas, por músicas bem mais raras nos shows do Kiss. Logo na abertura, eles atacam com King Of The Night Time World, uma verdadeira pérola escondida na obra-prima Destroyer. Uma abertura dessas dispensa comentários. Outras surpresas ficaram por conta de Hide Your Heart, do muito discutido Hot in the Shade, Christine Sixteen, outra maravilha do clássico Love Gun, Makin' Love, uma bela escolha, presente em Rock n Roll Over e Let Me Go, Rock N Roll, de Hotter Them Hell, segundo disco da banda. Clássicos como Black Diamond, I Love It Loud e Detroit Rock City também apareceram. A apresentação acabou no hino máximo da banda, Rock N'Roll All Night. Um setlist surpreendente e espetacular mostram um Kiss com toda a sua munição. Se ele será mantido para as próximas apresentações, ou vai sofrer alterações a cada cidade, ainda é cedo para podermos afirmar.
  Foram dois shows espetaculares. O greatest hits do Def Lepard e a mistura de clássicos e raridades do Kiss. A turnê vai continuar, e ficamos na torcida para que ela seja estendida para o nosso querido Brasil. Já passou da hora de vermos o Def Leppard em ação por aqui, e mais um show do Kiss sempre cai bem.

Def Leppard Set:

Let It Go
Rocket
Animal
Foolin'
Love Bites
Let's Get Rocked
Two Steps Behind
Bringin' on the Heartbreak (acoustic)
Switch 625
Hysteria
Armageddon It
Pour Some Sugar on Me

Encore:
Rock of Ages
Photograph

Kiss set:
King of the Night Time World (first time as an opener since 7th October 2009)
Cold Gin
War Machine
Hide Your Heart
Christine Sixteen
Shout It Out Loud
I Love It Loud (Gene's bass solo - spits blood and flies)
Makin' Love
Psycho Circus (Paul flies out to the audience)
Let Me Go, Rock 'N' Roll
Black Diamond
Detroit Rock City
Rock and Roll All Nite

segunda-feira, 23 de junho de 2014

NOVOS LANÇAMENTOS QUE MERECEM SER OUVIDOS

  Já falei a respeito de algumas maravilhas lançadas recentemente em resenhas anteriores, como os novos discos do Behemoth, Black Label Society, Ratos de Porão e Hatriot, entre mais alguns outros. Alem desses, já saíram esse ano inúmeros discos de bandas já consagradas e de outras menos conhecidas que merecem ser ouvidos. Alguns deles são esses que eu falarei agora:

Jackdevil- Unholy Sacrifice
A banda maranhense é um dos grandes destaques do underground nacional, com seu Thrash Metal totalmente influenciado pelas bandas oitentistas. Das terras do maldito Metal Open Air, a banda mostra que também se respira metal por lá, e de qualidade. Audição obrigatória para os fãs do estilo.

Scourge- Hate Metal
Outra banda que está se destacando muito na nova cena metálica nacional. Eles vem das terras sagradas mineiras, com disco gravado por uma tal de ''Cogumelo Records'' e produzido pelo senhor Wagner Antichrist, do Sarcófago. Preciso falar mais alguma coisa? Tenho certeza que você já ficou arrepiado com essas informações, voltando quase 30 anos no tempo, mas o melhor vem na audição. A banda pratica um Death Metal típico da ''Florida brasileira'', Minas Gerais. Você não vai se arrepender, qualidade garantida.

Savage Messiah- The Fateful Dark
A Inglaterra nunca foi mundialmente famosa por suas bandas de Thrash Metal. O país sempre se destacou pelo Heavy Metal tradicional praticado por bandas como Saxon, Iron Maiden e Judas Priest. Mesmo assim, temos algumas grandes bandas do estilo por lá, como o Onslaught por exemplo, e também o Savage Messiah. a banda chega no seu terceiro lançamento trazendo tudo que a cartilha do Thrash Metal exige, com muita influência da NWOBHM também. Mesmo que você não conheça a banda, procure ouvir.

Suicidal Angels- Divide e Conquer
A banda grega é um dos maiores destaque do Thrash Metal mundial nos últimos anos, e vem mexendo com a cabeça dos fãs do estilo há muito tempo. Já no seu quinto trabalho, a banda segue com essa linha de trabalho. Mesmo não precisando provar mais nada para ninguém, a banda continua com muito sangue nos olhos, paletada, riff, cerveja, e tudo mais que todo bom thrasher ama.

Antichrist Hooligans-We Will Piss On Your GraveHammer of Damnation
Este é o primeiro lançamento da banda, que se intitula Thrash/Punk. Os brasileiros atiram para todos os lado, despejam muito ódio e raiva a cada música, transformando isso aqui em um grande disco de estréia. A banda ainda não é muito conhecida no cenário nacional, mas tem tudo para crescer muito nos próximos anos.

Edguy- Space Police
Admito que antes desse último lançamento, eu nunca dei muita atenção aos alemães, talvez por puro preconceito mesmo. Com o novo disco, ouvi muita gente falando que ele era muito legal, que precisava ser escutado, e coisas assim. Acabei ouvindo, e me despindo de qualquer preconceito, e achei ele muito legal. Comecei a escutar a banda desde então, achando o trabalho dela muito interessante. Fora a dispensável versão para um rap medonho chamado Rock Me Amadeus, o cd é bem legal. Destaque para mim vai para a espetacular England. Deixe seu extremismo headganger de lado, e escute o novo play do Edguy, vai por mim.

Temos mais alguns grandes discos saindo, que serão abordados em posts futuros por aqui. Esses são mais seis discos que fazem deste ano algo muito especial para a música pesada em todo mundo. Temos ótimas bandas novas sim, não fique limitado no que a mídia apresenta como Rock, corra atrás das novidades, porque seguramente o Rock não morreu, e nem nunca vai morrer.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

KREATOR-EXTREME AGRESSION

   No ano de 1989, o Kreator se preparava para lançar o seu quarto disco, sendo que os 3 primeiros são verdadeiras obras-primas. A expectativa em cima do quarteto era enorme, já que o nome no cenário do Thrash Metal mundial só fazia crescer, em conjunto com os seus amigos alemães Destruction, Sodom e Tankard. O sodom, por exemplo, tinha acabado de lançar a obra-prima Agent Orange, o que obrigaria o Kreator a dar uma ''resposta'', se não quisesse ficar para trás . Mille Petroza, Jurgen Reil, Rob Fioretti e Jorg Trzebiatowski não falharam, e lançaram mais um clássico do estilo, um trabalho absolutamente fundamental para a coleção de qualquer amante de Thrash Metal do planeta.
   A pancadaria começa com a faixa-título. O instrumental mais típico do estilo logo aparece, com uma velocidade alucinante, que introduz a voz inconfundível de Mille. Um verdadeiro hino, para bater-cabeça até amanha. Sem tempo para respirar, vem No Reason To Exist. Ela não tem toda aquela velocidade da anterior, mas é uma aula instrumental. Love Us or Hate Us tem um riff fantástico, e loco que que Petroza começa a recitar a letra o caminho fica aberto para um instrumental com velocidade fora de controle. A bateria de Jurgen também é espetacular, um dos pontos fortes dessa paulada nos tímpanos.  Stream of Consciousness é um dos Thrashs mais brutais da carreira do Kreator, capaz de assustar quem não está muito acostumado com as características do estilo. Os ''alemão'' não estão para brincadeira. Some Pain Will Last tem uma guitarra até certo ponto melódica, misturada com uma bateria nervosa em seu riff. A música é bem mais cadenciada que as anteriores, mas nem por isso menos pesada. Betrayer é o maior clássico do disco. A fúria da banda nesta canção é difícil de explicar. Quando essa maravilha é tocada ao vivo, a insanidade toma conta do lugar, o que faz dela sempre presente no set da banda. Sem duvidas é o grande destaque do disco. Don't Trust mostra uma banda extremamente correta, ensaiada e entrosada. O destaque fica para a aula de guitarra proporcionada por Petroza e Trzebiatowski. Bringer Of Torture segue com a pancadaria sem limites que o Kreator sabe fazer como poucos. Fatal Energy encerra o disco com perfeição. Mais um riff grandioso, que acaba em violência absoluta e uma certa cadência, comandada pelos grandes versos, as vezes berrados, as vezes recitados por Mille.
   Assim chega ao fim mais uma grande obra produzida pelo Kreator nos anos 80, o período mais glorioso da banda. Mesmo depois de 25 anos, a obra é totalmente atual. Os fãs da banda tem uma enorme adoração por ela, sempre reagindo a cada vez que uma de suas músicas aparecem em apresentações ao vivo. Quem ainda não escutou, procure de imediato, porque é imperdível.

terça-feira, 17 de junho de 2014

BEHEMOTH-THE SATANIST

  O Behemoth é uma das bandas de Heavy Metal mais importantes da atualidade, e novamente prova isso com um grande disco tirado da cartola. Nergal acaba de se recuperar e um câncer, e a banda retomou a carreira com força total, provando que nada pode os deter. The Satanist é o sucessor do espetacular Evangelion, de 2009, e dar sequência a um clássico não é uma tarefa fácil. A banda vem alcançando uma popularidade quase inimaginável para o estilo de som que pratica, o que prova que realmente vem lançando um material fora de série nestes últimos anos. Se prepare para ouvir mais uma pérola dos poloneses.
  O trabalho começa com a espetacular Blow Your Trumpets Gabriel. O riff é arrastado, e mostra como a canção será dali pra frente. Nergal entra rasgando com a sua voz sempre marcante, o que da muito peso a música. A força da abertura é algo fora do normal, daquelas para hipnotizar qualquer um nos shows. Logo a banda apresenta o famoso blast beat, uma maneira inovadora de se tocar bateria criada pelo nosso Sarcófago, e muito usado depois pelo Krisiun, o que se tornou uma grande marca do Death Metal. Nergal já falou inúmeras vezes da influencia fortíssima que o Sarcófago tem na sua música, e que ele sempre foi um grande fã da banda. Não tem como isso não emocionar os amantes de Heavy Metal brasileiro, já que o Sarcófago é um dos maiores representantes dele em todo mundo. Furor Divinus já começa com essa bateria ''made in Brazil'', e isso misturado com a voz demoníaca de Nergal da a faixa um peso descomunal. Um Death Metal daqueles, pra ninguém botar defeito. Messe Noire já apresenta o estilo mais Black Metal da banda, muito presente nos seus últimos trabalhos. Ora Por Nobis Lucifer é para mim a melhor música do trabalho. Fica até dificil fazer uma descrição precisa da mesma, tamanha a genialidade dela. Apenas escute, você vai acabar se viciando. Amen já é mais voltada para o Death Metal. Outra faixa com claríssima influência do Sarcófago, brutal como poucas. A faixa-título é outra maravilha escondida no trabalho. Instrumental impecável, em um ritmo um pouco arrastado, mas não menos espetacular. Peso e uma certa melodia na medida certa fazem de The Satanist um clássico instantâneo. Ben Sahar começa com um certo clima ''pesado'' feita pela introdução, seguindo um ritmo parecido com o da anterior, com a mesma qualidade. In The Abstence Ov Light mostra o lado mais brutal do Behemoth. Outra canção fantástica, com um ritmo de tirar o fôlego de qualquer um. Uma espécie de oração aparece no meio da música, só para dar um clima ainda mais pesado, que logo retorna ao metal da morte.  O Father O Satan O Sun! encerra o trabalho de maneira espetacular. Na introdução tem tudo junto e ao mesmo tempo nada, mas o suficiente para dar muito peso ao que vem seguida. O vocal é o destaque desta faixa, outra de qualidade indiscutível.
   The Satanist já nasce clássico, com grandes músicas a perder de vista, dando uma ótima sequência aos recentes lançamentos da banda. Na minha opinião, Evangelion é ainda melhor, mas nem por isso The Satanist deixa de ter um lugar muito especial na história do Behemoth. Mais uma vez, Orion, Nergal e Inferno se superaram. Mias uma lançamento para ser comprado de imediato, lembrando que a banda vai passar pelo Brasil no final do ano, com shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Manaus, esses tres últimos ainda dependentes de maiores detalhes, mas já aparecendo no site oficial da banda.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

RATOS DE PORÃO-SECULO SINISTRO

  Depois de 8 anos sem lançar nada novo, eis que um dos gigantes da nossa música ''pesada'' (Punk, Thrash, Crossover, dependendo do seu ponto de vista) ressurge com um tapa na cara da nossa sociedade. Depois do ótimo Homem Inimigo do Homem, de 2006, a nossa cena estava precisando ouvir coisas novas do Ratos, e de fato eles não falharam. Com tanta coisa acontecendo no país, a banda não poderia deixar de usar as suas letras sempre marcantes para apresentar as suas opiniões. Se prepare para 12 bombas em forma de música, como só o Ratos de Porão sabe fazer.
  A carnificina começa com Conflito Violento, uma das melhores do disco, com tudo para se tornar um clássico. A letra é bem forte, criticando claramente a ação policial nas manifestações. João Gordo já declarou apoio aos Black Blocs, citando que a origem dos confrontos é a ação policial que demonstra total despreparo. Vai de cada um a opinião. A música em sí é uma porradaria daquelas já tradicionais da banda, que não te permite respirar. Quem conhece minimamente a banda sabe que esse é o ritmo até o fim do cd. No máximo 4 minutos de música, porrada depois de porrada, e quando percebe já foi. Neocanibalismo segue essa mesma toada, com uma letra que critica inúmeras desgraças da nossa sociedade nos dias de hoje. Grande Bosta para mim é um dos destaques do disco. Tem uma cadência um pouco diferente, com uma letra genial que critica de certa forma o fato de sermos campeões em varias merdas por ai, alem do futebol. Sangue e Bunda tem um inicio um pouco mais lento do que o habitual, mas logo a porradaria típica dos Ratos aparece. Ela critica quem tenta fazer uma justiça as vezes até equivocada com as próprias mãos, com aparentemente um grito de um animal sendo torturado ao fundo. A faixa título vem em sequência com as críticas sociais sobre a realidade nacional atual e a pancadaria descomunal. Jornada Para o Inferno tem um riff espetacular, mostrando que Jão, Juninho e Boka estão pra lá de entrosados. O ritmo é também muito legal, e a letra continua mantendo a temática de todo o disco. Prenúncio de Treta é outra maravilha, mostrando toda a habilidade que a banda tem também em fazer um bom Thrash Metal, do jeito que o estilo exige. Stress Pós-Traumático é outra que critica os excessos policiais, uma realidade que precisa mudar. Viciado Digital critica claramente as pessoas que tem uma vida digital, que precisa postar tudo que faz na sua pagina particular, e coisas assim. A clara realidade da nossa atual juventude. Boiada Para o Bandido é uma das musicas mais espetaculares do disco. Mostra a claríssima ''desigualdade legal'' brasileira, onde alguns desgraçados parecem ser simplesmente imunes a lei, e que a concepção de bandido precisa ser ampliada.  Puta, Viagra e Corrupção segue a mesma linha critica para as nossas autoridades da anterior. Outro clássico do trabalho. Pra Fazer Pobre Chorar encerra de o atropelamento sonoro de pouco mais de meia hora.  Outra que critica alguma realidade nacional, como o sofrimento já programado de quem nasce sem nada por aqui, tendo que enfrentar um mundo hostil lá fora.
   Lançado praticamente junto com o inicio da tão polêmica Copa do Mundo de Futebol, o sensação é de que o país precisava ouvir o que a banda fala neste trabalho. É um disco que já nasce clássico, em algum lugar muito especial da discografia impecável dos Ratos de Porão, um verdadeiro orgulho nacional com 30 anos de uma história singular.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

RATOS DE PORÃO RETORNA AO RIO DE JANEIRO COM SHOW NO CIRCO VOADOR

  Depois de um show matador, com a formação original, no último mês de Março, o Ratos de Porão está de volta ao Circo Voador. A banda se apresenta com o Dead Fish na festa A Grande Roubada, que recentemente trouxe o Marky Ramone +  Michale Graves para o Teatro Odisseia. O show acontece no dia 2 de Agosto, sábado. Os ingressos custam 40 reais (1 lote) para estudantes e quem levar um flayer do evento, 1 kg de alimento ou for cliente do  Clube Sou + Rio. Você pode comprar no site Ingresso.com, na bilheteria do Circo Voador (Rua dos Arcos, s/n, Lapa), Posto BR Mirili-Barra da Tijuca (av das Américas, 3757) e Posto BR Piraquê-Lagoa (em frente ao Parque dos Patins). A bilheteria do Circo fica aberta de terça à quinta, de 12h às 19h, sexta de 12h às 24h, e sabado a partir das 14h. A classificação é 18 anos, de 12 à 17 anos podendo entrar com o responsável legal.
  Você não pode perder o lançamento do espetacular Seculo Sinistro no Rio de Janeiro, primeiro disco de inéditas desde 2006 e um clássico imediato da banda. Em breve farei a resenha do disco, fique ligado e escute!

domingo, 8 de junho de 2014

STEVE ZETRO SOUZA VOLTA AO EXODUS

 Logo depois de anunciar a ainda misteriosa saída de Rob Dukes, o Exodus já anuncia a surpreendente volta de Steve Zetro Souza ao cargo de vocalista, através do proprio Gary Holt. Sabemos de sua longa história com a banda, substituindo Paul Baloff logo depois do espetacular Bonded By Blood, e também depois da sua morte em 2002. Não resta duvidas que não poderia existir um nome melhor para o cargo, já que ele tem no seu currículo clássicos como Pleasures of the Flesh e Fabulous Disaster e anos a frente da banda. Mesmo assim, o momento surpreende bastante, já que Zetro passa um ótimo momento com o Hatriot, tendo acabado de lançar um dos discos mais marcantes do ano. Como será o futuro do projeto, não sabemos, mas parece ser algo bem viável, já que Gary Holt também é o atual guitarrista do Slayer. Podemos ter certeza que o futuro do Exodus é promissor, e que esta história ainda vai render muito.

ROB DUKES DEIXA O EXODUS

  Segundo o site Blabbermouth, Rob Dukes vai deixar o ''cargo'' de vocalista do Exodus. A noticia surpreende a todos, já que o Exodus estava se preparando para lançar o sucessor do ótimo Exhibit B: The Human Condition. A fase da banda era extremamente produtiva, tudo parecia estar mais firme, tendo em vista os últimos bons lançamentos. Trocas de formação, em especial de vocalistas, são uma espécie de tradição do Exodus, e esperamos que o mesmo se encontre com um novo vocalista e lance mais um clássico do Thrash Metal, estilo que se confunde com a história do Exodus. Rob escreveu seu nome na história da banda, independentemente dos motivos de sua saída (ainda um mistério), com 3 ótimos discos inéditos e a boa regravação do clássico Bonded By Blood. Nos resta esperar e torcer para que o Exodus continue, porque eles ainda tem muita lenha para queimar.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

SHOW DO ANGRA-CIRCO VOADOR-RIO DE JANEIRO

  Esse dia 1 de Junho sempre terá um lugar muito especial na minha memória. Todos sabem da minha enorme admiração pelo Angra, banda que é para mim uma verdadeira entidade do nosso Heavy Metal. A banda passou por mais uma mudança significativa de integrantes, com o italiano Fabio Lione (Rhapsody) sendo a sua nova voz. Um disco com a nova formação deve sair em breve, e para ir aquecendo e se entrosando, a banda está em turnê há quase um ano. Como parte dela, depois de uma apresentação espetacular em Julho do ano passado, o Angra retorna ao Circo Voador, divulgando também o seu mais recente dvd.
  Antes do show, eu tive a gratificante oportunidade de conhecer a banda no Backstage do Circo Voador. Às 5h da tarde, hora marcada para o encontro dos participantes, não tinha ninguém da produção organizando nada, e só por volta das 5.40 os participantes formaram uma enorme fila. Até tudo ser organizado, já eram quase 7 da noite, 1h depois do marcado para o inicio do Meet And Greet. Com tudo já certo, pude tirar fotos com todos os integrantes da banda, sendo eles extremamente gentis, além de ter meus Angels Cry, Holy Land, Fireworks, Rebirth, Aurora Consurgens e o novo dvd autografados.
  Depois do sonho de conhecer todos da banda, em especial Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro, era hora do show. Com o atraso no Meet And Greet, o show também atrasou em cerca de 40 minutos, mas nada que comprometesse o espetáculo. O inicio foi com o clássico Angels Cry. Fabio Lione simplesmente ''apareceu'' no segundo andar do Circo Voador, e cantou de lá mesmo. Na sequência, temos Nothing To Say, clássico do magnifico Holy Land, outra cantada por todos, com Lione de volta ao palco. Indo agora diretamente para a ''fase Edu'', temos outra pérola, Waiting Silence, do Tample Of Shadows. Time, uma das melhores músicas da banda na minha opinião, emociona o público que lota o Circo Voador. A sequencia com o clássico Lisbon é para matar qualquer fã da banda do coração, mesmo com um som embolado e exageradamente alto que aos poucos vai se ajustando. Rafael Bittencourt e principalmente Kiko Loureiro dão uma verdadeira aula em um duelo do guitarras de arrepiar. Então Kiko assume o teclado e toca o Inicio da maravilhosa Milenium Sun, um dos destaques do grande disco Rebirth. Depois ele volta para a guitarra e a banda toca a música de maneira primorosa, mostrando estar em plena forma. Então é a vez de Fabio mostrar toda a sua genialidade, atacando com a ópera Nessun Dorma. Alem de cantar muito bem, ele é também um grande frontman, sempre interagindo com a plateia. Escolha melhor para a banda impossível. Winds Of Deatination, outra do Tample Of Shadows, é mais uma escolha acertada. Gentle Change, escondida em algum lugar do Fireworks, continua surpreendendo, mesmo tendo sido incorporada ao set da banda desde que Lione assumiu como o novo vocalista. Make Belive, que deveria ser acústica, aparece com Rafael cantando e tocando guitarra. Ela é espetacular, como todas as músicas da obra-prima Holy Land.  Rafael continua cantando, dessa vez com a dispensável The Voice Commanding You, do fraquíssimo Aurora Consurgens, o início da segunda grande crise da banda que culminou na saída de Edu Falaschi. Ricardo Confessori faz então um irrepreensível solo de bateria. Ele está em suas últimas apresentações na banda, e mostrou muito serviço. Falando nele, eu achei-o extremamente deslocado na realização do Meet And Greet, fazendo o mesmo por pura obrigação, fora de sintonia com o resto da banda e um pouco frio, mas ainda assim respeitoso, com os fãs. Isso pode ser algum tipo de sinal de uma relação desgastada com o resto da banda. No palco, ele parecia bem mais feliz e solto, incrivelmente. Mesmo com tudo isso, foi comovente a sua postura no último show com o Angra no Brasil, de gratidão aos fãs que o acompanham desde o início da banda. De volta ao show, vem o surpreendente cover do clássico Still Of The Night, do Whitesnake. A versão foi espetacular, fiel à original, mas pouco conhecida do público em geral (!). Isso deve se explicar pela enorme diferença musical existente entre as bandas. Vem então o hino Carry On, que dispensa apresentações e é cantada em uníssono pelos presentes. Essa sequência foi exaltada por Lione algumas vezes. Vem então a também espetacular Acid Rain, clássico do Rebirth e também muito cantada por todos. No Pain For The Death é uma das minhas músicas favoritas do Angra, sendo assim um dos grandes momentos do show ao meu ver. Spread Your Fire é outra maravilha do Tample que foi lembrada, algo digno de elogios. Vem então um grande circo, com incontáveis clássicos riffs lembrados, presença de todos os fãs que compraram o ''pacote vip'' do Meet And Great no palco, agradecimentos à toda equipe, e até explicações de Kiko sobre o seu violão retido em algum de nossos aeroportos ''padrão fifa''. Os sempre muito organizados aeroportos sacrificaram por exemplo a música Late Redemption, que vem aparecendo em todos os shows da banda recentemente. Será que algo parecido vai acontecer com o material de trabalho de alguma das seleções durante a copa? Uma pena, mas nada que comprometa o grande show. A banda ainda tocou Back In Black com o microfone passando de mão em mão, algo realmente pitoresco e desnecessário. A brincadeira durou mais de 20 minutos, e tirando o ótimo discurso de Kiko exaltando a equipe do Angra, foi pura perda de tempo. O encerramento vem com os clássicos Rebirth e Nova Era, ambos cantados por todos, fechando de maneira brilhante a apresentação.
   O show não foi muito diferente do ano passado, com poucas novidades no set, mas foi tão espetacular quanto. A banda está totalmente entrosada, pronta para lançar um grande disco e ter outro renascimento daqueles. O público carioca mais uma vez lotou o Circo Voador, e ganhou de presente mais um show para guardar na memória. Vida longa ao Angra, e no final com um sentimento especial por ter conhecido Fabio,Rafael, Kiko, Felipe e Ricardo.
                                                       Tudo devidamente autografado
                                                                     Kiko Loureiro

                                                                     Rafael Bitencourt

                                                                        Fabio Lione

domingo, 1 de junho de 2014

SODOM-AGENT ORANGE

  Hoje um dos melhores discos da história do Thrash Metal completa 25 anos de ''vida''. O Sodom tem uma serie de clássicos indispensáveis do estilo, sendo uma das bandas mais representativas da história, mas para mim nada se iguala ao que eles fizeram em Agent Orange. O Sodom tinha acabado de lançar o espetacular Percusion Mania, e partia para o que seria o seu 3o registro ainda mais inspirado. O momento era extremamente favorável para o mundialmente amado Thrash Metal alemão, com o Kreator e o Destruction passando por momentos únicos de lançamentos espetaculares. O Destruction lançou no ano anterior o clássico Release From Agony, e naquele mesmo ano o Kreator soltou o petardo Extreme Agression. Sendo assim, era a vez de Tom Angelripper, Chris Witchhunter e Frank Blackfire mostrarem serviço.
  A abertura fica por conta da faixa-título, possivelmente o maior clássico da carreira da banda. O riff é clássico, daqueles que você reconhece com poucos segundos de audição, sendo seguido por uma parte um pouco mais cadenciada, mais do que apropriada para o bate-cabeça. Do nada, uma velocidade insana toma conta, junto com a voz feroz de Tom Angelripper. Essa música é uma verdadeira definição de Thrash Metal. Como em todo bom clássico, não temos tempo de respirar. Tired and Red é outra pedrada nos tímpanos. Velocidade descontrolada assim que começa a música até que ela chegue no seu fim, sem que você perceba. Incest segue a mesma toada, mostrando como o Sodom não estava para brincadeiras. Remember the Fallen se transformou em outro verdadeiro clássico da banda, obrigatório em todos os shows. Ela é um pouco mais ''devagar'', se é que podemos dizer assim. O peso continua lá, com a base de tudo sendo a sua ótima letra recitada por Angelripper. Seguramente essa é uma das músicas mais representativas da carreira do Sodom. Magic Dragon começa com aviões de guerra disparando sua maldita munição. O riff dá um tom mais dramático para a música, que segue arrastada no inicio, mas ganha muita velocidade em pouco tempo. Outro clássico que podemos extrair deste trabalho fantástico. Em Exhibiton Bout temos uma aula de bateria com Chris Witchhunter, e outro Thrash Metal memorável. Ausgebombt é cantada em alemão, e também se tornou um grande clássico da banda. A linha de baixo da música é o destaque. O encerramento vem com Baptism of Fire, outro grande destaque do trabalho. O instrumental todo é fantástico, fechando o disco com classe.
  Agent Orange é um clássico com tudo que um bom disco de Thrash Metal tem direito. São 8 faixas que não te deixam respirar, e quando tudo acaba você nem percebe. Audição obrigatória para qualquer fã de Heavy Metal neste planeta. O que seria do Heavy Metal sem essa turminha da Alemanha?