quinta-feira, 19 de junho de 2014

KREATOR-EXTREME AGRESSION

   No ano de 1989, o Kreator se preparava para lançar o seu quarto disco, sendo que os 3 primeiros são verdadeiras obras-primas. A expectativa em cima do quarteto era enorme, já que o nome no cenário do Thrash Metal mundial só fazia crescer, em conjunto com os seus amigos alemães Destruction, Sodom e Tankard. O sodom, por exemplo, tinha acabado de lançar a obra-prima Agent Orange, o que obrigaria o Kreator a dar uma ''resposta'', se não quisesse ficar para trás . Mille Petroza, Jurgen Reil, Rob Fioretti e Jorg Trzebiatowski não falharam, e lançaram mais um clássico do estilo, um trabalho absolutamente fundamental para a coleção de qualquer amante de Thrash Metal do planeta.
   A pancadaria começa com a faixa-título. O instrumental mais típico do estilo logo aparece, com uma velocidade alucinante, que introduz a voz inconfundível de Mille. Um verdadeiro hino, para bater-cabeça até amanha. Sem tempo para respirar, vem No Reason To Exist. Ela não tem toda aquela velocidade da anterior, mas é uma aula instrumental. Love Us or Hate Us tem um riff fantástico, e loco que que Petroza começa a recitar a letra o caminho fica aberto para um instrumental com velocidade fora de controle. A bateria de Jurgen também é espetacular, um dos pontos fortes dessa paulada nos tímpanos.  Stream of Consciousness é um dos Thrashs mais brutais da carreira do Kreator, capaz de assustar quem não está muito acostumado com as características do estilo. Os ''alemão'' não estão para brincadeira. Some Pain Will Last tem uma guitarra até certo ponto melódica, misturada com uma bateria nervosa em seu riff. A música é bem mais cadenciada que as anteriores, mas nem por isso menos pesada. Betrayer é o maior clássico do disco. A fúria da banda nesta canção é difícil de explicar. Quando essa maravilha é tocada ao vivo, a insanidade toma conta do lugar, o que faz dela sempre presente no set da banda. Sem duvidas é o grande destaque do disco. Don't Trust mostra uma banda extremamente correta, ensaiada e entrosada. O destaque fica para a aula de guitarra proporcionada por Petroza e Trzebiatowski. Bringer Of Torture segue com a pancadaria sem limites que o Kreator sabe fazer como poucos. Fatal Energy encerra o disco com perfeição. Mais um riff grandioso, que acaba em violência absoluta e uma certa cadência, comandada pelos grandes versos, as vezes berrados, as vezes recitados por Mille.
   Assim chega ao fim mais uma grande obra produzida pelo Kreator nos anos 80, o período mais glorioso da banda. Mesmo depois de 25 anos, a obra é totalmente atual. Os fãs da banda tem uma enorme adoração por ela, sempre reagindo a cada vez que uma de suas músicas aparecem em apresentações ao vivo. Quem ainda não escutou, procure de imediato, porque é imperdível.

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