sexta-feira, 7 de julho de 2017

DREAM THEATER - IMAGES AND WORDS

    Um novo Dream Theater se reuniu em 1992 para lançar seu 2o disco. When Dream and Day Unite tem sua importância histórica, mas nunca o impacto ao menos parecido com o que a banda esperava. Assim sendo, James LaBrie é anunciado como a nova voz da banda que melhor fundiu Heavy Metal e Progressivo em todos os tempos. Junto de Mike Portnoy (bateria), Kevin Moore (teclado), John Myung (baixo) e John Petrucci (guitarra), o que seria a formação clássica da banda estava pronta para lançar o que esses 25 anos fariam ser sua obra-prima. O motivo dessa afirmação é muito simples. Images And Words tem tudo de melhor do cardápio do Dream Theater em 8 músicas magníficas. Um disco que é na verdade definição em dicionário do que a banda representa.  
     A abertura vem logo com o maior hit da carreira. Pull Me Under é completamente radiofônica para os complexos padrões do Dream Theater, tendo um refrão sensacional, riffs precisos e inesquecíveis, além de uma melodia simples e única. Uma aula de bom gosto nos mínimos detalhes. Já de cara, uma balada capaz de fazer qualquer brutamonte ficar manso segue a brincadeira. Ela se chama Another Day, e seu clipe fez história no auge da MTV. Pronto, a satisfação do ouvinte já estava garantida. Nessa mesma linha, Surrounded consegue ser ainda mais devastadora emocionalmente. Nela LaBrie manda seu "muito prazer" entregando a alma com a voz. Para entender o que é a banda, precisamos de algo longo e complexo nos mínimos detalhes instrumentais. Então toma Metropolis Pt. 1: The Miracle and the Sleeper, a melhor música que Portnoy, Petrucci e sua turma já nos ofereceram. O efeito catastrófico que ela causou no show inesquecível da banda em 2012 no Brasil prova do que esse som é capaz. Aula de genialidade que mereceu inclusive uma sequência no não menos relevante Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory, um dos grandes trabalhos dos caras. A saga de Portnoy contra o alcoolismo em forma de letra teve inicio com a espetacular Under a Glass Moon. O riff de Petrucci nessa aqui é de dilacerar corações dos que gostam de ouvir uma boa guitarra. Take the Time também tem grande destaque com a aula de baixo de Myung. Para fechar a conta, temos Wait for Sleep abrindo caminho para o encerramento magnífico com a épica Learning to Live. 
     Enfim, estamos diante de um playlist impecável em um dos melhores discos da história do Heavy Metal. A relevância dessa obra para quem curte um som mais trabalhado é enorme. Sem exageros e firulas, tudo aqui passa como um rolo compressor para os padrões do estilo. Awake é espetacular, mas ao meu ver essa obra é inigualável!


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