domingo, 4 de janeiro de 2015

MELHORES DISCOS NACIONAIS DE 2014

   Já estamos em 2015, mas ainda é tempo de lembrar do ano que passou. Lançamentos grandiosos e importantes aconteceram no nosso país, e os 10 mais relevantes ao meu ver são estes aqui:

10- Jackdevil - Unholy Sacrifice

   O Jackdevil é uma das maiores revelações do Thrash Metal brasileiro, e rapidamente ganhou muita força. Vindo do Maranhão, a banda foi assunto em diversas rodas de conversa dos fãs do estilo, e seu primeiro disco é um baita registro. Este seguramente é apenas um primeiro passo na carreira da banda, que em pouco tepo alcançou um reconhecimento invejável. Que venha o futuro.  

9- Nervochaos - The Art Of Vengeance

   O Brasil tem grandes representantes na cena Death Metal atual, e talvez o Nervochaos seja o mais, ou um dos mais, fortes. A banda já tem uma carreira sólida e nome consolidado no Heavy Metal nacional, e prova com The Art Of Vengeance que não está para brincadeira. O disco é muito bom, e a banda continua com muita fome de metal da morte. 

8- MX - Re-Lapse

   Muitos lançamentos dos anos 80 foram feitos na raça, em estúdios limitados com profissionais pouco gabaritados para o trabalho com Heavy Metal. Assim sendo, vários clássicos do período poderiam soar ainda melhor com uma melhor produção, e pensando nisso o MX, uma das mais importantes bandas da nossa história, lançou Re-Lapse, com hinos dos clássicos Simoniacal e  Mental Slavery bem mais "limpos", digamos assim. As músicas dispensam apresentações, e conseguiram ficar ainda melhores no "novo" trabalho. É Thrash Metal na mais pura e perfeita forma. 

7- Rexor - Powered Heart

   O Rexor tem uma boa rodagem na cena, e finalmente chega ao seu 1o disco. Amigos, e que começo fenomenal! A banda me surpreendeu desde a 1a audição, e vale muito a pena ser apreciada pelos que ainda não conhecem. Trata-se de um Heavy Metal tradicional, com influência de Hard Rock de primeira. Powered Heart tem nove petardos, que tem tudo para cair nas graças dos fãs de bandas como Judas Priest e Accept, por exemplo. Em meio a tantos grandes lançamentos de bandas consagradas, essa estreia primorosa se destaca. Grande começo para uma banda com futuro grandioso pela frente.  

6- Vodoopriset - Mandu

   Depois de deixar o Torture Squad, o grande Vitor Rodrigues montou o Vodoopriest, e no último ano lançou seu 1o disco. Mandu é o nome do herói indígena que da tema ao trabalho, conceitual, curiosamente da mesma forma que o lançamento mais recente do Torture. O trabalho em questão é uma verdadeira obra-prima, como o melhor do Death/Thrash Metal que Vitor sempre fez com maestria. Trabalho fenomenal, que não deixa o ouvinte descansar durante um minuto sequer. Seguramente um dos mais impactantes lançamentos do ano, que indica um tremendo futuro para a banda. 

5- Raimundos - Cantigas de Roda

   Desde que Rodolfo aceitou jesus e largou a banda no início do século, o Raimundos teve que deixar o sucesso estrondoso dos tempos de Só no Forévis de lado e ralar no underground para voltar ao ponto que estava. Nos últimos anos, a banda recuperou o tempo perdido, e para coroar o bom momento faltava um disco de inéditas. Digão e Canisso, ao lado dos novatos Caio e Marquim estavam dispostos a reviver os velhos tempos, e Cantigas de Roda para exatamente aonde a banda recomeçou. O trabalho tem um poco de tudo que a banda sabe fazer, desde músicas de fácil aceitação popular como Baculejo, letras maliciosamente deliciosas como Cera Quente e Gato da Rosinha, até pedradas como Cachorrinha, BOP e Nó Suíno. O Raimundos provou que está ativo, não vive do passado e tem bons anos pela frente, mesmo sem o antigo frontman. 

4- Titãs - Nheengatu

   O Titãs vinha de uma fraca sequência de lançamentos desde o multi-platinado Acústico MTV, deixando de lado o Rock N'Roll que o consagrou em trabalhos como Cabeça Dinossauro, Titanomania e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas em troca de trilhas sonoras de novelas desagradáveis aos ouvidos dos velhos fãs. Felizmente, este período parece ter chegado ao fim com o magnífico Nheengatu, seguramente um dos melhores da vasta discografia. A banda voltou a ter letras fortes, pegada crua e criatividade sem igual. Mensageiro da Desgraça, Fardado, Cadáver Sobre Cadáver Baião de Dois são Rocks nacionais em puro estado, para ninguém botar defeito. Esperamos que ele continuem nessa linha nos anos de Rock N'Roll que ainda vem pela frente. 

3- Cavalera Conspiracy - Pandemonium

   Mesmo vivendo lá fora há tempos e tendo um tratamento de banda gringa que não é de hoje, tudo que Max e Iggor Cavalera fizerem será sempre tratado como Heavy metal nacional por mim. Assim sendo, o que era um projeto paralelo ao Soulfly e ferramenta de união musical "informal" dos irmãos virou cada vez mais uma verdadeira banda. O terceiro trabalho do Cavalera Conspircy é ainda melhor que os dois primeiros. A banda está com fogo nos olhos e uma fúria descomunal. Pandemonium trás momentos de Death Metal e Thrash Metal no seu mais puro estado. Max e Iggor estão tão produtivos e marcantes na cena mundial como sempre estiveram, e seguem querendo provar sua eterna relevância. 

2- Korzus - Legion

   Depois do espetacular Dicipline of Hate, a expectativa pelo novo trabalho do Korzus era enorme, e a banda não deixou por menos. Com uma história grandiosa e figurando no 1o escalão do Heavy Metal brasileiro, temos em Legion mais uma obra-prima do Thrash Metal nacional. São 13 músicas que não vão deixar seu pescoço parado. Marcello Pompeu, Dick Siebert, Antônio Araújo, Heros Trench e Rodrigo Oliveira se superaram novamente, e realmente não estão satisfeitos apenas com os feitos do passado. O Korzus sempre será uma banda atual, e a devoção a cena é de emocionar os mais céticos! 

1- Ratos de Porão - Século Sinistro

   O momento politico brasileiro pedia uma porrada dessas, vinda da banda que sempre soube ter a acidez necessária para tratar do tema. O Ratos de Porão estava desde 2006 sem lançar um disco novo, e tirou o "atraso" com uma verdadeira obra-prima, que figura com segurança no hall dos grandes clássicos da banda. Com a formação mais acertada desde que Jabá deixou a banda e com a rodagem necessária para o entrosamento ideal, o resultado não poderia ser diferente. Músicas como Conflito Violento, Grande Bosta e Para Fazer Pobre Chorar já podem ser consideradas novos clássicos de uma banda com 30 anos de história. Do jeito que está, ainda teremos muitos anos de Ratos de Porão, e assim a nossa cena agradece.



   Em breve, os gringos...
   

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