segunda-feira, 18 de maio de 2015

NAPALM DEATH-APEX PREDATOR – EASY MEAT

   Quem conhece bem o Napalm Death sabe exatamente o que esperar da banda a cada lançamento, e é exatamente o que encontramos por aqui. Um delicioso caos sonoro que só a banda sabe fazer, e com maestria. A banda que é sinônimo de Grindcore, sendo o maior expoente do estilo, se mantém desde 1987 em atividade, lançando coisas ótimas constantemente, e depois de 3 anos do ótimo Utilitarian, da de presente para os fãs Apex Predator – Easy Meat.
  A banda sempre foi muito politizada, com uma visão das coisas bem semelhante as minhas inclusive, e isso é sempre posto em prova a cada entrevista, como também nas letras. As do novo play são inspiradas em num triste acontecimento em Bangladesh, que de acordo com o vocalista Barney foi logo esquecido pelos olhos do mundo, já que não era de grande interesse das grandes mídias. Um prédio em ruínas funcionava como local de trabalho escravo, e mesmo com estrutura condenada, veio a desabar matando mais de mil pessoas. O tema é realmente palpitante, e deu origem a ótimas letras. O titulo significa algo como "aquele que está no topo da cadeia alimentar de forma efetiva em qualquer ambiente", O termo Darwiniano se encontra com o tema do trabalho, já que para Barney, este topo seriam os chefes de grandes corporações, que permitem que seus empregados trabalhem em péssimas condições. 
   Musicalmente, vemos uma desgraceira sonora que é puro Napalm Death, com um som deliciosamente sujo, proporcionando aquele caos que marcou os primeiros trabalhos da banda. Depois da faixa-título, uma introdução experimental, o ouvinte se prepara para o que está por vir, em forma da bomba Smash a Single Digit. É só o começo, é dali para o pior. Shane Embury e Danny Herrera formam uma cozinha sempre matadora e competente, e o guitarrista Mitch Harris forma com Barney uma verdadeira dupla de ataque. Podemos destacar How the Years Condemn, para mim o clássico absoluto do trabalho, assim como Metaphorically Screw You e Timeless Flogging, mas o ouvinte não tem descanso, e do começo ao fim pode conferir um massacre sonoro típico de bandas como o Napalm. 
   Quem ouviu trabalhos recentes, e viu a banda em ação nos shows matadores do ano passado, sabia que vinha coisa boa. O trabalho não é o que podemos chamar de clássico, mas tem muita qualidade. Ele é o que o Napalm Death sabe fazer em seus melhores momentos, e seguramente será lembrado no futuro. Desde o final do "show de abertura" para o Hatebreed aqui no Rio, a banda promete um pronto "retorno exclusivo". É só esperar para ver as ótimas novidades em ação, ao lado dos velhos clássicos de uma das mais relevantes bandas da história do Metal Extremo. 


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