quinta-feira, 1 de junho de 2017

BEATLES - SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND

      Todos sabemos que a boa arte é eterna. Também é de conhecimento público que o tempo é o maior juiz que existe para se fazer justiça a algo. Ainda assim, assusta o fato de um disco que completa em 2017 meio século de lançamento seguir surpreendente em todos os sentidos. Desde a célebre capa - uma das mais reproduzidas da história -  indo até a verdadeira revolução sonora promovida, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band conquista cada dia mais admiradores. A obra magnífica dos Beatles é obrigatória em qualquer coleção de amantes de boa música e tem lugar cativo nos mais célebres postos de qualquer lista de melhores discos da história da música. Motivos para tal existem de sobra. 
        Desde que a banda passou a se concentrar exclusivamente em seus lançamentos, basicamente por ter cansado do caos que era cada show em tempos de produção tão precária em estádios, o que se viu foi uma guinada. Para quem quiser entender melhor como funcionava, o documentário "The Beatles: Eight Days a Week - The Touring Years" é indispensável! Então Rubber Soul e o extraordinário Revolver chegam ao mercado com de uma riqueza sonora absurda, algo muito além do que se via nos primeiros lançamentos. Desde flertes de George Harrison com sonoridades asiáticas até o experimentalismo maravilhoso dos citados trabalhos, o que se veria no próximo passo dos Beatles foi um verdadeiro marco na história da música.
          Em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, a riqueza era simplesmente inacreditável para sua época. O que se via era uma banda no auge criativo, e músicas alucinantes como Being for the Benefit of Mr. Kite!, Within You Without You (da-lhe Harrison!), Good Morning Good Morning, Lucy in the Sky with Diamonds e a faixa título podem ser consideradas como a marca de toda a variedade sonoro produzida aqui. Instrumentos diferentões e barulhos diversos compõe cada trecho delas. É claro que o lado maravilhosamente simples de Paul, Ringo, George e Lennon aparecem em algum momento. When I'm Sixty-Four - que quando pensamos nos shows do letrista Paul McCartney aos 74 anos acaba soando hilária -,  Lovely Rita e Getting Better são bem ao estilo mais direto deles. Agora os dois marcos máximos para mim tem um o toque de Lennon, e outro de McCartney. A Day in the Life - uma das músicas mais maravilhosas escritas pelo homem -, saiu de 1967 para a eternidade numa marca eterna do Sr John Lennon. Já She's Leaving Home não poderia ser mais Paul McCartney. Basicamente sustentada numa daquelas melodias que só ele sabe fazer, chega para mim num top 5 da carreira da banda. 
        Qualquer músico que tente entender o que os Beatles fizeram aqui acaba ficando alucinado. Já são 50 anos que a maior banda da história levou a variedade sonora até um patamar inalcançável mesmo tanto tempo depois. Tudo que foi feito em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band ficou para a eternidade, e o impacto dele é evidente com a comoção criada num aniversário tão importante. Em 2017, Paul e Ringo seguem ativos para manter esse legado. Rezamos toda noite que isso ainda dure por mais e mais tempo. 


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