sábado, 11 de outubro de 2014

SHOW DO TOXIC HOLOCAUST-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

   Os thrashers cariocas mal haviam se recuperado da histórica apresentação do Exodus, e quatro dias depois já estavam prontos para outra apresentação matadora. O Toxic Holocaust é um dos maiores nomes de uma nova safra do estilo, junto de nomes como Violator, Havok e Municipal Waste, fazendo assim a cabeça de fãs de Thrash Metal de todas as gerações. Divulgando o ótimo Chemistry of Consciousness, seu quinto álbum de estúdio, a banda chegou ao Brasil para uma série de apresentações. O Odisseia, já tradicional para os bangers da cidade, recebia um público apenas razoável, bem abaixo do esperado, mas fanático e fiel ao Thrash Metal. Para completar, três grandes nomes do Heavy Metal nacional atual foram responsáveis pela abertura, os grandes Land of Tears, Nervosa e Lacerated And Carbonized.
   Cheguei com o Nervosa já em ação. O grupo formado por três meninas faz um Thrash Metal de raiz, muito influenciado pelo Sodom principalmente. Tinha algumas restrições ao som delas, muito por causa de uma versão para Black Magic do Slayer, mas isso tudo foi por água depois de vê-las ao vivo. O show foi animal, com as garotas mostrando muita competência e ótima presença de palco. Boa impressão deixada, sem sombra de dúvidas. 
   Pouco tempo depois foi a vez do Lacerated And Carbonized entrar em serviço. A banda é o principal nome da cena carioca atualmente, e com apenas dois discos de Death Metal puro e de raiz já rodou o país e o mundo, já criando uma forte base de fãs. Os cariocas puderam ver novamente uma banda furiosa, em grande forma e que estava visivelmente honrada por estar ali e ter tido uma recepção digna da força do seu som. De fato muitos ali trajavam camisas do LAC, e cantavam com força cada verso de suas músicas. O set foi baseado no último disco, o maravilhoso e já clássico The Core Of Disruption. Porradas já muito conhecidas como L.A.C e Third World Slavery colocaram o público nas mãos. O também muito bom Homicidal Rapture foi lembrado. O setlist foi até curto, mas certeiro. A banda saiu com um enorme sorriso no rosto, com o frontman Jhonatan Cruz agradecendo repetidas vezes a força do público, sempre enaltecendo o underground carioca. De fato a noite era underground puro, levando em consideração também a banda principal, que é praticamente uma tradução do termo.
   Já chegava a hora do grande show da noite. Joel Grind se sentia em casa, totalmente confortavel com o ambiente encontrado. O homem que já rodou o mundo tocando com quem aparece pela frente é o underground em pessoa. Sem grades, com stage dives constantes, fãs cantando ao lado do vocalista trechos de músicas e um mosh violento eram praticamente uma definição do que é o Toxic Holocaust. O show começa com a ótima Awaken the Serpent, presente no último disco da banda. O público já estava brutal, e explodiu de vez com In the Name of Science, presente no já clássico An Overdose of Death... . Então foi a vez de Reaper's Grave, que da nome ao ótimo EP lançado em 2006, assim como Death Brings Death. I Am Disease, do também bom  Conjure and Command continuou com a porradaria, que já tomava conta do Odisseia. No clássico War Is Hell a coisa saiu do controle de vez. Endless Armageddon foi mais uma do muito lembrado An Overdose of Death..., praticamente base do setlist. O também clássico 666 foi cantado em uníssono, assim como Agony of the Damned, ambas do espetacular Evil Never Dies. Gravelord volta a atenção para An Overdose of Death... . Acid Fuzz, do último trabalho, já caiu nas graças do público, e foi muito celebrada. Seguindo no mesmo disco, vem então Deny the Truth. O clássico Wild Dogs foi um dos grandes momentos da noite. The Lord of the Wasteland não deixou por menos, e abriu o caminho para o maior clássico da banda, a espetacular Nuke the Cross. Ninguém ficou parado, e as não menos espetaculares Metal Attack e Bitch fecharam uma apresentação grandiosa de Thrash Metal. Apenas lamento a ignorada que a banda deu no ótimo disco Hell on Earth. Mesmo assim, as escolhas foram acertadas, e lavaram a alma do público.
   A noite mostrou a força da nova geração do Thrash/Death metal. Apresentações destruidoras da garotada que será responsável por manter o estilo vivo no futuro mostrou que estamos em ótimas mãos. Quem foi teve mais uma grande noite de Rock N'Roll. 

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