sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ACCEPT-BLIND RAGE

   O Accept representa tudo que existe de mais tradicional no Heavy Metal mundial. Depois do retorno grandioso com o espetacular Blood of the Nations, em 2010, com o brilhante Mark Tornillo nos vocais, a banda chega ao seu terceiro lançamento provando que está mais viva do que nunca. Blind Rage é mais um trabalho consistente, de indiscutível qualidade, feito por uma banda que parece estar cada dia mais feliz e produtiva. Pelos relatos que ouvi do último show no Brasil e imagens da apresentação no Wacken, isso se reflete também no palco. Resumidamente, o novo disco do Accept apresenta 11 provas do mais puro Heavy Metal prontos para serem apreciadas pelos fãs.
   A abertura vem com a ótima Stampede. Wolf Hoffmann se mostra inpiradíssimo, formando uma dupla ótima com Herman Frank. O refrão é o grande momento, para ser cantado em coro nos shows. Em resumo, Heavy Metal tradicional em sua forma mais pura. Dying Breed vem em seguida, um pouco mais cadenciada e de extremo bom gosto, lembrando o auge da banda em certos momentos. O tom épico da a ela uma grandiosidade própria, mais uma vez com o trabalho grandioso de riffs melódicos fantásticos entregues por Wolf Hoffmann. Falando em riff, a simplicidade e genialidade da abertura de Dark Side of My Heart impressiona. Sem duvidas é um dos momentos mais fantásticos do disco, seguindo na cadencia perfeita de Dying Breed. O trabalho do vocalista  Mark Tornillo também impressiona, mostrando-se um baita substituto para o grande Udo. Fall of the Empire, aberta com outro riff grandioso, mantém o nível elevado. Ainda mais lenta, daquele jeito que o Accept sabe fazer muito bem desde sempre, e mesmo sendo uma semi-balada, continua pesadíssima. O coro no refrão, que se repete em vários momentos, também parece ser um expediente acertado. Trail of Tears chega, bem mais pesada, com uma introdução de tirar o fôlego. Espetacular é pouco, feita para bater a cabeça freneticamente. Depois de uma porrada refinada como essa, Wanna be Free chega para emocionar. Uma balada magnífica, com show de bom gosto. Peter Baltes e Stefan Schwarzmann apresentam uma cozinha acertadíssima, dando base para as atuações grandiosas dos guitarristas e de Mark, cantando com perfeição uma letra belíssima. 200 Years é mais acelerada, mostrando um Accept dos primórdios. A letra é fortíssima e a execução perfeita. Talvez essa seja para mim a melhor do disco. Bloodbath Mastermind começa mais lenta, e logo cai em um Heavy Metal furioso que poucos sabem fazer com a perfeição do Accept. From the Ashes We Rise é outra maravilha. Wolf está inspiradíssimo neste trabalho, e mais uma vez se supera. A força de Mark interpretando de maneira irrepreensível letras grandiosas também merece destaque. O refrão aqui ficará na sua cabeça por dias.  The Curse vem para matar qualquer fãs mais saudosista do coração. Anos 80 puro, Heavy Metal tradicional em doses cavalares. Uma das melhores, sem duvidas. O encerramento vem com outra maravilha, a ótima Final Journey. Riff furioso e toda a força apresentada em Blind Rage para encerrar perfeitamente um trabalho grandioso.
   Amigos, isso aqui é top 5 fácil do ano. O Accept está faminto, prova que não voltou para ganhar dinheiro, e sim para oferecer, disco após disco, Heavy Metal tradicional da melhor qualidade aos fãs. Cada vez mais a banda prova que Udo não faz falta nenhuma, e que a formação atual é eterna e definitiva. Viva o Accept, e que continuem proporcionando trabalhos impecáveis como este.

Um comentário:

  1. Na verdade, Blind Rage possui 12 faixas incluindo a faixa-bônus japonesa "Thrown to the Wolves", que deveria ter entrado no tracklist original para "arredondar" ainda mais esta obra-prima do reinventado grupo alemão, o melhor daquele país pra mim (não os Scorpions).

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