segunda-feira, 3 de novembro de 2014

EXODUS-BLOOD IN,BLOOD OUT

   Quem, assim como eu, teve a oportunidade de assistir ao show do Exodus na recente turnê brasileira seguramente está hipnotizado até agora. A banda se mostrou no palco claramente na ponta dos cascos, e o mais novo lançamento prova que a volta de Steve Zetro Souza fez muito bem para a lendária banda de Thrash Metal. Tal fato não é novidade nenhuma para quem viu as duas obras-primas recentes lançadas pelo Hatriot. Pulando a estranha e desnecessária introdução de Black 13, o que se vê dali para a frente é um Thrash Metal digno dos melhores momentos do Exodus. Depois de quatro anos do lançamento do ótimo Exhibit B: The Human Condition, o seu sucessor é, no mínimo, do mesmo calibre. 
   Pulando a já citada introdução, Black 13 é uma faixa grandiosa e uma grande abertura de trabalho. Gary Holt saca um riff magnífico, que misturado ao ótimo trabalho de Tom Hunting na bateria já coloca fogo no play. Zetro já entra rasgando com sua voz única. A faixa-título foi também a primeira a ser apresentada aos fãs, semanas antes do lançamento. Logo quando escutei foi um soco direto no estômago. Já tive a certeza que o trabalho prometia, e que a entrada de Zetro na banda tinha sido mais do que acertada. Nela o vocalista já entra de cara, junto com um instrumental violento que remete diretamente ao ultimo disco dele, o ótimo Tempo of the Damned. Em Collateral Damage as guitarras de Altus e  Holt são o grande destaque, sendo seguidas com precisão pelo grande batera Tom Hunting. Outro momento grandioso.  Além de ser outra pedrada daquelas, Salt the Wound conta com a participação para lá de especial de Kirk Hammet, guitarrista do Metallica. Todos sabem que ele fez parte da banda em seus primórdios, e antes mesmo do lançamento do 1o trabalho fez a famosa troca para o Metallica, substituindo o então guitarrista Dave Mustaine e gravando o Kill em All com os novos companheiros. Assim sendo, depois de muitos anos, finalmente Kirk Hammet participou de um disco do Exodus, fazendo o solo nesta música. Body Harvest já entra violentíssima, com um instrumental impecável. Seguindo a mesma linha da anterior, é um dos muitos ótimos momentos do trabalho. BTK vem com outra participação especial, o grande vocalista do Testament Chuck Billy. A longa introdução é bem interessante, trazendo fortes referências a sonoridade da banda do convidado. A participação é discreta, podendo ser melhor explorada, mas extremamente violenta. Wrapped in the Arms of Rage tem como destaque as guitarras inspiradíssimas no decorrer da música, e novamente uma ótima participação de Steve Zetro Souza. Talvez essa seja a melhor música de todo o trabalho, apresentando um estilo único de Thrash Metal by Exodus. My Last Nerve apresenta um riff cadenciado e muito bem trabalhado, no ponto para fazer o fã bater cabeça, e bem típico dos trabalhos com o novo/velho vocalista. Numb já se apresenta como um dos destaques do disco, sendo um Thrash feroz e magnífico. Holt proporciona um grande show, e a intervenção de  Jack Gibson com seu baixo é precisa. Honor Killings já entra com uma velocidade acima do normal, sendo talvez a mais pesada do disco e mais um dos grandes momentos. Pronta para comandar um mosh pit dos mais insanos ao vivo. Prova que o Exodus não está para brincadeira, maravilhosa é pouco. Food For The Worms encerra o trabalho de forma brilhante, na mesma pegada Thrash da anterior.
   Em linhas gerais, Blood in, Blood Out é um grande trabalho de Thrash Metal, digno do Exodus, um dos seus maiores representantes. A banda se encontrou totalmente, e está encaixada com a atual formação. Ouça sem medo, e bata-cabeça como se não houvesse amanha!


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