sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

RUSH - MOVING PICTURE

    O assunto Moving Picture sempre causou certa polêmica entre os fãs mais ferrenhos do Rush - muitos torcem o nariz para uma certa característica mais comercial dele - mas é inegável que o trabalho que completa 35 anos de lançamento hoje é uma obra magnífica. De longe o maior sucesso comercial alcançado pela banda em todos os tempos, o disco em questão não é para mim o melhor (para muitos é), mas a relevância de hinos eternos como Tom Sawyer, Limelight e da épica instrumental YYZ faz dele imprescindível para qualquer fã de Rock que se preze. 
     Vindo da obra-prima Permanent Waves - trabalho que já adotava formula levemente diferente do Hard Progressivo que imperou nos anos 70 - a ideia era dar a ele sua sequência natural. E podemos sentir isso fazendo uma comparação entre elas. Se Waves tem The Spirit of Radio como clássico máximo e Freewill na sequência para arrematar, Picture tem Tom Sawyer e pouco depois Limelight. Os leves toques de Reggae também são sentidos, uma das novidades do Rush no começo dos anos 80. O disco vai muito além disso, e tem um playlist primoroso, com obras como a ótima Red Barchetta e a impecável The Camera Eye. Vale a audição completa, daquelas que nem sentimos passar. Em Tom Sawyer, a performance é tão complicada que os três mosqueteiros já falaram várias vezes que ela acaba não cansando nunca, já que cada acerto merece uma comemoração. 
     Por mais que não considere esse o melhor disco do Rush, talvez ele seja o mais importante em números e relevância musical. A história da banda viveu em 1981 um dos seus capítulos mais gloriosos sem sombra de dúvidas. 


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