segunda-feira, 7 de abril de 2014

SEPULTURA-BENEATH THE REMAINS

  Meus amigos, há exatos 25 anos, o Sepultura dava o seu passo definitivo para a conquista do mundo. Morbid Visions e  Schizophrenia são trabalhos do mais alto nível de relevância, mas foi no disco seguinte a banda começou a fazer um som mais próximo do que marcou a sua história. Foi nele que a banda começou a receber o reconhecimento internacional, com turnês  junto de grandes nomes da música pesada, sendo a mais marcante e ''comentada'' delas ao lado do Sodom. As letras eram mais desenvolvidas, assim como as músicas. Esse foi o grande salto de qualidade do Sepultura, que já podia desfrutar de um prestigio internacional inimaginável. No nosso país também poderíamos sentir o poder de fogo da banda, que teve sua participação no 2o Rock In Rio imposta pela sua legião de fãs, o que forçou a banda a antecipar o lançamento de Arise. Foi aqui que começou a chamada era dourada da banda, coroando isso com os clássicos Arise, Chaos A.D e Roots que viriam em seguida, fazendo com que os brasileiros tivessem números e reconhecimentos semelhantes ao de bandas como Slayer e Megadeth (muitos dizem que o Sepultura tinha tudo para se tornar um Metallica, mas a saída de Max Cavalera no auge não permitiu que isso se tornasse realidade). Por tudo isso, esse disco é um marco, item obrigatório na coleção de qualquer fã de Heavy Metal no Brasil e no mundo.
  Um dedilhado no violão de Andreas antecipa que a porradaria da faixa-título estava para começar. Um dos riffs mais marcantes da carreira da banda da a entrada para um Thrash daqueles para ninguém botar defeito, bem na escola do Slayer em faixas como Angel Of Death.  Sem tempo para descanso, vem ai o clássico do disco, e uma das mais importantes músicas lançadas pelo Sepultura até hoje. Um ritmo marcante e misturando cadência com o mais puro Thrash Metal são acompanhados por toda a música. O marcante verso ''Non-conformity in my innner self. Only i guide my inner self'' está na ponta da língua de qualquer pessoa desse planeta que se considere um Headbanger. A extrema precisão de todos os instrumentos também merecem destaque. Depois desse grande momento, a pancadaria volta na velocidade insana de Stronger Them Hate. Essa é uma das minhas músicas preferidas da banda. Cheia de variações rítmicas no maravilhoso riff, que se encaixa perfeitamente com a voz de Max. Em Mass Hypnosis temos mais um grande clássico do Sepultura. Mais um riff matador, e ainda mais velocidade durante toda a música. Uma verdadeira aula de Thrash Metal, mais do que apropriada para um mosh brutal. Sacarstic Existence começa com Igor arrepiando na bateria, com a banda o acompanhando em seguida. Em pouco tempo, ela se transforma num Thrash violento, marca do trabalho. Slaves Of Pain mantém o alto nível do trabalho, com mais Thrash e mostras da forte sintonia musical que a banda tinha na época. Lobotomy tem outra aula de bateria com Igor no seu começo, com mais um riff sensacional  e um dos vocais de maior destaque de Max. Hungry é mais uma música que segue a linha de todo o trabalho, sem grandes variações mais mesmo assim maravilhosa. Os integrantes mostram mais uma vez estarem em grande forma, com cada um deles se destacando em certo momento da música. Primitive Future encerra o trabalho de maneira fenomenal. Velocidade brutal, voz perfeita e grande instrumental. Essa é talvez a música mais veloz do disco.
  Assim acaba uma obra prima. O trabalho segue uma linha Thrash bem marcante, fazendo com que o amante do gênero nem sinta o tempo passar durante os nove petardos que compõe Beneath The Remains. Tudo o que aconteceu com o Sepultura dai para frente não seria possível se não fosse essa bomba atômica em forma de cd.

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