domingo, 15 de fevereiro de 2015

RUSH-FLY BY NIGHT

   Fly By Night é o segundo registro do Rush, mas podemos considera-lo uma estreia da banda que nos acostumamos a ver nos 40 anos seguintes. O fato mais importante, seguramente, é a entrada do gênio Neil Peart na bateria, considerado por muitos o maior da história. Isso já basta, mas com ele veio todo um novo direcionamento musical para o som único do Rush. O Progressivo era agora o que predominava, algo que chegaria no ápice um ano depois, no mais do que marcante 2112. A partir daqui, Alex, Geddy e Neil começavam uma das formações mais sólidas, espetaculares e talentosas da história do Rock N'Roll, num disco que não é o seu auge, mas seguramente é um dos mais interessantes. 
    O principal clássico extraído dele é a faixa título, um verdadeiro hino. Seu riff é reconhecido em segundos, assim como o ótimo refrão. Curiosamente, o Rush por vezes evita músicas dos anos 70 no seu setlist, e raramente ouvimos alguma coisa deste trabalho ao vivo, mas Fly By Night deveria ser obrigatória nos shows. Destaco ainda a ótima abertura Anthem, e principalmente o encerramento, com as fantásticas Rivendell e In The End. Na primeira vez que escutei Rivendell, uma incrível paz de espírito tomou conta de mim, e desde então escuto ela em momentos adequados para lavar a alma com a força verdadeira de uma música simples e fantástica. By-Tor and the Snowdog é tão espetacular quanto, e já apresenta o Rush mais progressivo do que nunca, com 8 minutos (uma eternidade para a época) de puro som, dividido em 4 partes. Um ano depois, isso seria levado ainda mais a sério. Best I Can, Beneath, Between and Behind e Making Memories também são audições interessantíssimas. 
   Na década de 70, o Rush atingiu ao meu ver o seu auge. A partir de Fly By Night, vimos obras do porte de 2112 e A Farewell to Kings tomarem forma, mostrando a força dos canadenses. Por vezes, este registro passa batido, mas considero ele de uma genialidade única e de audição indispensável, mesmo com uma banda ainda ensaiando o seu auge, que viria nos anos seguintes. 

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