domingo, 28 de junho de 2015

MX - UM NOME OBRIGATÓRIO QUANDO O ASSUNTO É THRASH METAL NO BRASIL

   Prestes a se apresentar no Rio de Janeiro, como parte de uma série de shows do alto escalão do Heavy Metal nacional agendados para a cidade nos próximos meses, num trabalho fantástico da produtora Be Magic, acho válido lembrar a importância da banda no cenário brasileiro e mundial. 
   É simplesmente impossível contar a história do Thrash Metal neste país, ou mesmo ouvir genuinamente o sub-gênero mais fantástico do Heavy Metal, na minha opinião, por aqui sem citar o nome MX na conversa. A banda , que registrou o 2o trabalho do gênero por aqui com o ao vivo "Headthrashers Live", vem do ABC paulista, região que contava com uma cena fortíssima nos espetaculares anos oitenta, com a famosa sigla sempre urrada pelos locais em qualquer evento da época. Junta com a também ABC Attomica, Korzus e Anthares, ajudaram a eternizar o nome do estado que é sinônimo de Heavy Metal, assim escrevendo algumas das páginas mais importantes na história do estilo no Brasil, principalmente quando o assunto é Thrash Metal. 
   Falando especificamente do MX, o grupo estreia em estúdio com o indispensável e magnífico Simoniacal. O registro é até hoje o mais relevante da banda, com hinos do porte de Jason, Fighting For The Bastards e Dirty Bitch, só para citar 3. A capa também chama atenção, e o conjunto da obra fez com que a estreia fosse premiado pela conceituadíssima Rock Brigade como  "melhor banda do ano", "banda revelação" e "melhor capa". A sequência com Mental Slavery no ano seguinte também foi matadora, levando o grupo a abrir para o Testament em plena tour do New Order. 
   Com a saída de Décio jr, a coisa esfriou, mas em 1995 Alexandre Cunha (bateria e vocal), Alexandre “Morto” (baixo e vocal), Alexandre “Dumbo” (guitarra e backing vocals) e C.M. (guitarra – que havia tocado em bandas como Mutilator e Cova) retomam a banda, lançando os ótimos Again e The Last File, mas que não alcançaram a popularidade dos anos de ouro. 
   Em 2012 o MX retomou sua trajetória, marcada pela superação de todos os problemas de se fazer Heavy Metal nesse país, com Decio de volta a guitarra, configurando assim sua formação original. Ano passado veio o ótimo Re-Lapse, com regravações do disco de estreia, com um tratamento digno das músicas, algo muito difícil naquele tempo. As vendas foram boas, e o nome da banda voltou com força total no underground. 
   Agora chegou a hora do público carioca fazer a sua parte, encher o Rio Rock Blues no próximo sábado, e ver um show matador, com direito as ótimas aberturas das bandas Vingador e Absolem. Infelizmente, o grande público não procura se aprofundar no estilo nos dias de hoje, se limitando ao chamado "big four" e na briguinha Metallica x Megadeth, mas agora é a melhor hora para nos curvarmos diante de quem fez e faz história na música extrema de um país afundado em porcarias musicais. MX na veia, e Fighting For The Bastards! 



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