quarta-feira, 24 de junho de 2015

VIÚVAS, DEIXEM O SEPULTURA VIVER!

   Ainda estou impactado com a apresentação memorável do Sepultura na última sexta-feira, dia 19 de junho, na "perna carioca" da tour de 30 anos, e impressionado com a atual forma da banda. Isso dito, acabo de me deparar com mais uma declaração lamentável do grande Iggor Cavalera dizendo que a banda já era, deveria acabar e coisas assim. Amigos, me revolto de tal maneira com esse tipo de ciumeira que preciso escrever um pouco sobre o que penso a respeito. 
   A opinião não é só do baterista da chamada "formação clássica", e se faz presente nos discursos de antigos fãs da banda, atualmente verdadeiras viúvas dos Cavaleras. A verdade é que Andreas e Paulo nunca deixaram a banda morrer, e junto do ótimo vocalista Derrick e agora com o monstro Eloy Casagrande, mantém para lá de vivo o nome da maior e melhor banda do nosso Heavy Metal. 
   Quem viu a banda recentemente, presenciou a apresentação de um grupo na plenitude de sua forma, com 4 gigantes no palco. Fora o "ao vivo", em estúdio eles também respondem, com dois petardos lançados recentemente, o fantástico Kairos e o não menos espetacular The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart. Esses são para mim os melhores da "nova era", e foi justamente quando os irmãos se uniram e Iggor saiu que o Sepultura deu um salto no estúdio, por mais que nenhum dos discos lançados depois de Roots podem ser chamados de fracos. Mesmo com tudo isso, tem gente que prefere ignorar o Sepultura atual, sem a menor explicação lógica para tanto. 
   Falando um pouco do "outro lado", a família Cavalera ainda tem lenha para queimar, continua lançando coisas boas, mas numa comparação inevitável com Eloy e Derrick em 2015, estão perdendo sim. Ambos não estão na mesma forma de seus anos dourados, principalmente Max Cavalera, que não toca e por muitas vezes não canta nos shows do Cavalera Conspiracy e do Soulfly. Vi a banda dos irmão em 2014, num ótimo show, mas o mesmo ao meu ver ficou abaixo do que o Sepultura atual anda apresentando, e o mesmo vale para os discos. 
   A maior prova que a forma fantástica da atual banda incomoda os irmãos, ao menos o baterista, que anda mais "falante", está exatamente no fato de isso ser motivo de comentários. Jean Dolabella era um bom baterista, mas não era capaz de tirar o sono de Iggor. Agora que a banda achou um cara do mesmo nível, e no presente, melhor que ele, veio a deixa para o famoso papo que o "Sepultura morreu", algo que ninguém que ouviu o último disco ou viu a banda em ação tem a loucura de dizer.
  Por tudo isso, eu peço aos que viram as costas para reverem os seus (pré)conceitos, e deem uma chance aos que ainda mantém a banda viva. Eu sou fã dos Cavaleras, e sigo prestigiando as suas bandas ainda relevantes, mas nem por isso sou obrigado a aceitar absurdos desse nível. Quem não quer ouvir, siga a sua vida, mas deixa o Sepultura viver! 

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