quinta-feira, 18 de junho de 2015

PAUL MCCARTNEY,O GAROTO DE 73 ANOS

   Não é sempre que escrevo em aniversários de músicos, mas o caso do sir é algo que chama atenção, e deveria ser motivo de estudo para cientistas. Discorrer sobre uma carreira na banda que todos sabem qual é, fora a coleção de hits do Wings e de sua banda solo é totalmente desnecessário, mas o que realmente chama atenção é o amor que o cara tem pelo que faz.
   Amigos, só pelo fato de um senhor com 73 anos se apresentar rotineiramente por cerca de 3 horas já é algo notável. Esse tempo, é bom lembrar, de puro som, sem maiores enrolações ou artifícios para driblar a falta de capacidade vocal do mesmo, algo bem comum nos dias atuais. A voz do homem em nada mudou, e o setlist costuma incluir raridades de todas as épocas em doses cavalares. 
   Também não custa lembrar que Paul McCartney é um artista plenamente realizado e com uma conta bancária incalculável, já que fez parte da maior banda da história da música e é dono de uma carreira solo muito bem sucedida. Ao chegar nessa idade, se não fosse o amor, já estaria de pernas para o ar gastando seus milhões de dolares. Não são poucos também que, em situação parecida, até se apresentam de vez ou nunca, mas com sets burocráticos e um tanto quanto curtos, algo por obrigação pura. Mesmo se apresentando ainda, ninguém ousaria reclamar de um show mais curto, de 5 a 20 músicas, mas o homem faz questão de entregar o dobro disso, noite após noite, mesmo tendo que pagar para tocar as músicas que o consagrou nos anos 60, fruto de um negócio até hoje inesplicável envolvendo o saudoso Michael Jackson. 
   Bem, esse é Paul McCartney, um homem de 73 anos, que conquistou o máximo que poderia imaginar, mas se recusa a aceitar a idade, seguindo com shows longos e espetaculares de qualidade indiscutível por todo o mundo, lançando coisas ainda relevantes como o ótimo New, e desafiando o tempo e a ciência. Em breve, já que até os deuses são humanos, ele será forçado a encurtar e diminuir a frequência de seus shows, algo ainda distante pela vitalidade absurda que apresenta. Vamos aproveitar enquanto uma das maiores lendas da música ainda está diante de nós. Viva Paul McCartney! 

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