quinta-feira, 12 de novembro de 2015

R.I.P PHIL "ANIMAL" TAYLOR

   A tarde deste dia 12 de novembro começou triste para quem ama Motorhead. Chegou a noticia da morte do grande Phil "Animal" Taylor, uma porrada direta no coração semelhante a cada ataque no bumbo que o consagrou nos anos dourados de uma das bandas mais importantes da história do Rock N'Roll. Contar um pouco da história desse legítimo animal é fazer um passeio pela biografia do Motorhead, sendo esse texto uma breve homenagem para um dos meus maiores ídolos. 
   Sua trajetória começou junto com a banda. Phil era amigo de longa data do  líder Lemmy, sendo chamado para entrar na banda antes do trabalho de estreia, ainda em 1975, substituindo Lucas Fox. No segundo trabalho - o mais que clássico Overkill - a coisa ficou realmente séria para Lemmy, Phil e Eddie. O trio mortal que formam a chamada formação clássica do Motorhead ficou junto até 1984, quando Phil saiu pela 1a vez da banda. 
   Lemmy e Phil eram os clássicos tipos de casca grossa que permeiam a nossa imaginação, não dispensando diversas substâncias alucinógenas, mulheres e brigas quando necessário. É de se imaginar que duas figuras com esse perfil não consigam manter uma convivência exatamente pacífica 100% do tempo, e relatos dão conta de tretas homéricas entre a dupla. Mesmo num período onde o Motorhead conquistou seu status de gigante da música pesada em lançamentos como Bomber, Overkill, Ace of Spades e Iron Fist, a saída de Taylor era inevitável naquele momento. 
   Não muito tempo depois, o animal era chamado de volta ao posto. O grande Peter Gil - que sempre foi muito mais reconhecido pelos feitos no Saxon - não combinava exatamente com o Motorhead, e Lemmy se viu forçado a chamar o velho amigo para comandar as baquetas da banda novamente. Nessa nova fase, Eddie Clark já não estava mais lá, e o trio se tornou um quarteto com a dupla Phil Campbell e o saudoso Würzel nas guitarras. Com essa turma, o Motorhead registrou  Rock 'n' Roll e o espetacular 1916, mas no seu sucessor os antigos problemas voltaram. 
  Nas gravações de March ör Die, o desempenho fraco de Taylor no registro de "I Ain’t No Nice Guy" motivou uma nova saída, mas mesmo assim ela foi gravada no trabalho. As relações internas conturbadas seguramente motivaram outra mudança, mas não cabe a nós julgar fofocas, e sim fatos. 
   Desde então, Phil "Animal" Taylor não é mais noticia musicalmente por novos trabalhos, mas o que foi feito até então é mais do que suficiente para eterniza-lo entre as grandes lendas do Rock N'Roll ou Heavy Metal, dependendo da definição para a destruição sonora que o Motorhead sempre proporcionou. Na primeira passagem de Taylor na banda, foram registrados discos fenomenais que formam a base musical mais sólida da gloriosa carreira do Motorhead. Seguramente suas pancadas no kit estão eternizadas nos nossos corações, e daqui para frente, nos restam apenas boas memórias de mais um monstro que não está mais entre nós. 


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