terça-feira, 29 de dezembro de 2015

R.I.P LEMMY

     É pessoal, assunto para falar desse cara não falta, mas em momentos assim é complicado escrever qualquer coisa. Falar na representatividade de Lemmy - a personificação de uma das maiores e mais importantes bandas de Rock N'Roll da história - nada mais é do que repetir o que todos nós sabemos. Seu tamanho está representado na comoção gerada com sua morte nessa triste noite do dia 28 de dezembro, no apagar das luzes de 2015. Imaginar um mundo sem ele é pensar em mudanças radicais em tudo que vimos depois. O certo que que a sua legião de discípulos ainda está incrédula pela perda de seu Deus.
    Difícil também é traduzir o que o Motorhead representa na minha vida. Banda que amo desde meus primeiros passos neste maravilhoso universo, que fez de discos como Bastards, 1916, Overkill, Bomber, Ace of Spades, Iron First e tantos outros uma trilha sonora da minha vida. Olhar e ver que essa banda daqui para frente encerrou suas atividades eternamente é de partir o coração. 
    Lemmy é a ersonificação do Rock N'Roll, do que o estilo de música e vida representa. Sua vida girava em torno dele. Era gravar um clássico disco, sair em turnê e na folga ficar tomando umas no mais que clássico Rainbow Bar, na cidade de Los Angeles. Ele simplesmente não conhecia o sentido da vida diferente desse dia-dia, tanto que até o último dia não aceitou a aposentadoria. Vem enfrentando problemas de saúde há tempos, mas insistiu em tocar com a sua banda e gravar discos. Aftershock de 2013 já saiu no sacrifício, e o recente Bad Magic é simplesmente um fenômeno só pelo fato de existir. Nele, a maravilhosa Till The End representa exatamente o seu momento, e fica com uma última mensagem de uma lenda aos seus fãs.
    Em todos esses anos, talvez minha experiência mais forte com a banda tenha acontecido no Monsters of Rock deste ano. Desde o anúncio, a apresentação da banda já era uma dádiva, um milagre, e todos encararam ela como a despedida de uma grande banda. Infelizmente, Lemmy não conseguiu tocar, e o clima criado no lugar é de difícil explicação. Não contive a emoção, já que para mim ele poderia até mesmo estar morrendo nos bastidores. Infelizmente, não tivemos chance de ver esse milagre em forma de show, diferente dos nossos amigos que moram em Curitiba e Porto Alegre. Ainda assim, os deuses do Rock me permitiram ver o Motorhead em ação no Rock in Rio de 2011, oportunidade pela qual sou eternamente grato.
    O certo é que um dos capítulos mais gloriosos da história do Rock chegou ao fim. Com a morte de Lemmy, vimos uma grande banda viver a partir de hoje somente na nossa memória, e isso não tem tamanho. Aos poucos, nosso estilo querido vai envelhecendo, e as bandas vão dando adeus ao mundo. Lemmy nos ensinou a classificar o Rock como uma coisa só, o que é o certo. Existe muita diferença, mas o espírito Rock N'Roll une todas as bandas que honestamente se dedicam a ele. Prova é que sua banda preferida atende pelo nome de Beatles. Essa mesma banda aparece ao lado do Belphegor na minha discografia. Isso é tudo que eu tenho para falar sobre essa lenda que é imortal em nossos corações!

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