segunda-feira, 7 de março de 2016

SHOW DO BRUCE KULICK - TEATRO ODISSEIA - RIO DE JANEIRO

     Na noite do dia 6 de março o Teatro Odisseia recebeu uma pequena reunião de fãs do Kiss, sedentos para prestigiar um dos grandes guitarristas de sua história em ação. A casa estava com um público apenas razoável, mas que transpirava amor pelo Kiss. Desde que foi anunciada a tour, ficou claro que o seu objetivo era contemplar apenas a fase do guitarrista na banda, sem nada de seus trabalhos solos, com o Avantasia ou no Grand Funk Railroad - só para citar alguns. Para tal foi chamada uma banda cover do Kiss para acompanha-lo. 
      Tal fato divide opiniões, mas para mim a opção foi um desperdício. Tenho alguns motivos para tal, sendo o primeiro a limitadíssima qualidade da banda - teriam outras muito melhores por ai com proposta semelhante. Prefiro não entrar em mais detalhes quanto a isso, mas o fato é que a configuração do show foi uma apresentação da banda cover com participação especial de Bruce. Kulick não foi aquele tipo de integrante que participou de uma fase fraca, gravou porcarias e circula o mundo com o nome da banda pro resto da vida. O cara ficou mais de 10 anos no Kiss, gravou discos maravilhosos como Crazy Nights, Asylum e Revenge, só para citar 3, e só acabou saindo para a reunião da formação original. Só com o material que ele fez, seria um show para fã da banda nenhum botar defeito. 
      Na pratica a coisa começou só com a famigerada banda cover levando uns Love Gun's, Deunce's e Creatures of the Night's mal tocados. Depois de vários números, Bruce aparece como "convidado especial" - fazendo parecer que o público presente foi ver a banda cover em ação, e não o grande guitarrista. Finalmente era hora de ouvir um mestre das seis cordas tocando alguns de seus hits. As escolhas entre o vasto repertório de seus dias no Kiss foram Domino, Tears Are Falling, Hide Your Heart, Forever, Unholy, Crazy Nights, Turn On The Night e God Gave Rock 'n' Roll to You II. Ainda rolou Heaven's on Fire, Lick It Up, Detroit Rock City e Rock and Roll All Night. Tirando a 1a dessas, que meio que marca o começo de sua era na banda - mesmo sem ter gravado ela - essas poderiam muito bem serem trocadas por My Way, Reason to Live, King Of The Mountain e Who Wants To Be Lonely por exemplo. De qualquer maneira, os tempos de Bruce Kulick no Kiss foram explorados razoavelmente. 
     Ouvir ele tocando em meio a tudo aquilo era uma dádiva - mesmo com o "Ace Frehley" fazendo questão de ficar no palco tumultuando tudo com desnecessárias 3 guitarras. Foi bom ouvir clássicos tocados por quem os fez, mas que seria bem melhor ver Kulick com uma banda própria e redondinha passeando por toda a sua carreira, bem, sem dúvidas que seria. Seja como for, sempre vale a pena ver grandes músicos em ação. 

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