sexta-feira, 7 de outubro de 2016

SLAYER - REIGN IN BLOOD

     O Slayer não era iniciante em 1986. Kerry King, Dave Lombardo, Jeff Hanneman e Tom Araya já tinham colocado dois clássicos no mercado - o primeiro deles na minha opinião o melhor da banda. Ainda assim, o que aconteceu naquele ano foi algo muito acima do que qualquer um poderia prever. Com Reign in Blood, o Slayer escreveu um dos capítulos mais gloriosos da história do Heavy Metal. Um disco que se transformou num verdadeiro marco na história da banda, e a eternizou nas prateleiras mais intocáveis do Thrash Metal. 
     Reign in Blood é uma avalanche de Thrash Metal. Em 30 minutos, o sentimento de qualquer ouvinte é de devastação auditiva. Aqui a marca da banda muda um pouco do que se viu em Show No Mercy e Hell Awaits. Tudo ficou alucinadamente mais veloz. Das 10 pedradas, apenas três tem duração superior a três minutos. Duas delas são os clássicos absolutos do disco e da banda. Angel Of Death e Raining Blood são hinos supremos do Thrash Metal. Uma começa e outra encerra o massacre sonoro. Riffs memoráveis, melodias incríveis e refrões eternos no coração de qualquer fã minimamente familiarizado com o estilo. Fora essas, o disco oferece um farto cardápio para uma audição insana. Piece by Piece é ao meu ver a síntese da insanidade musical promovida no trabalho. Em dois minutinhos, vimos exatamente do que o Slayer é capaz. E assim seguimos com Necrophobic, Altar of Sacrifice, Jesus Saves, Criminally Insane, Reborn e Epidemic. Postmortem forma com a faixa-título uma dobradinha imbatível - uma prova da genialidade de Hanneman. 
      O disco revolucionou tudo em relação ao Thrash Metal. Ao lado de obras como Bonded By Blood do Exodus e Kill Em All do Metallica, ele é talvez o mais importante para o estilo. Uma audição atenta para cada detalhe mostra o quanto Dave Lombardo é diferenciado em seu instrumento, Jeff Hanneman e Kerry King uma dupla imbatível de guitarristas/letristas e Tom Araya um verdadeiro frontman - aqui adotando seu estilo de cantar falando que o eternizou, se diferenciando um pouco do que fazia nos dois primeiros discos. A tempestade de sangue segue causando estragos 30 anos depois de ser jorrada. 


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