quinta-feira, 24 de novembro de 2016

TESTAMENT - BROTHERHOOD OF THE SNAKE

     Antes de falar algo do novo trabalho do Testament, é bom lembrar um pouco do passado recente da banda. Trazendo o genial Steve DiGiorgio no baixo como novidade na formação, a velha turma da Bay Area vem de dois lançamentos absolutamente clássicos nos últimos anos. Chuck Billy (vocal), Eric Peterson e Alex Skolnick (guitarras) e Gene Hoglan (bateria) completam esse time de lendas do Thrash Metal, que chega em Brotherhood of the Snake com absurdas expectativas. Para quem se credencia com The Formation of Damnation e Dark Roots of Earth nos últimos oito anos, é assim que funciona. Depois de algumas audições, o trabalhoso e cansativo na criação - de acordo com os integrantes -, Brotherhood of the Snake não chega nesse nível de excelência, mas é outro grande disco por cortesia do Testament. 
      No novo trabalho, não vejo uma música com o potencial absurdo de coisas como  More Than Meets the Eye, Native Blood e Rise Up, e sim um apanhado de ótimas músicas absolutamente niveladas. A faixa-título é o grande destaque para mim. Chega com um peso absurdo, flertando com aquele Testament dos tempos de The Gathering. Junta a isso uma melodia fantástica acompanhada pela aula de bateria do Sr Hoglan. Um bate-cabeça dos bons está garantido!  O nível se mantém em The Pale King. O peso é tamanho que em certos momentos flerta com o Death Metal, mas aqui o Thrash clássico é que dita o andamento. Stronghold é um dos momentos de maior flerte com o Hardcore da carreira da banda, chegando num resultado muito agradável. O disco segue com uma divisão de protagonismo entre os verdadeiros gênios do atual line up e algumas canções legais, mas sem potencial para clássicos. A arrastada Seven Seals vai te lembrar um pouco do Testament clássico, fechando a parte mais interessante do trabalho. As que vem em seguida não se destacam tanto, mas ainda assim mantém a audição extremamente agradável. 
      Sendo bem franco, o novo trabalho do Testament não é um clássico do porte dos anteriores, mas continua num nível simplesmente fantástico. Para quem não vive do passado, o que felizmente é o caso deles, a exigência ainda é grande para novos trabahos. O fato de estarmos mal acostumados deixa uma impressão que poderia ser algo ainda melhor, mas o resultado está longe de ser brochante.  Podemos considerar mais um discão daqueles que só bandas do tamanho do Testament podem proporcionar ao fã. Mais uma coleção de grandes músicas dessa verdadeira lenda do Thrash Metal!


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