segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SHOW DO KREATOR-CARIOCA CLUB-SÃO PAULO

Na noite de ontem, cheguei no Rio depois de uma grande viagem em São Paulo. O show do Kreator pode ser considerado um dos mais espetaculares que eu já tive a oportunidade de assistir. Depois de comprar algo em torno de 16 cds, 2 dvds e 4 camisas na Galeria Do Rock mais cedo, e de encontrar os meus amigos paulistas no almoço, era hora de partir para o Carioca Club. Em São Paulo, diferentemente do Rio, o metrô cobre grande parte da cidade, um grande avanço. Tinha estação próxima ao meu hotel no centro e ao Carioca, e o caminho durou cerca de 20 minutos. Depois do esquenta no bar ao lado, era hora de entrar na ótima casa de shows. Acontecia a abertura, que ficou por conta do Ex-Judas Tim Ripper Owens. Ele estava tocando o clássico Metal Gods, um verdadeiro hino. Ainda deu tempo de escutar Stand Up and Shout do mestre Dio, One On One e Eletric Eye do Judas e o hino Heaven and Hell, que dispensa apresentações. A casa é relativamente pequena, capacidade para 1500 pessoas, mas extremamente confortável. Nela é possível assistir muito bem ao show de qualquer lugar, e o som é excelente. A pontualidade é britânica, já que tudo tem que acabar até as 9h, porque depois tem o pagodão. portanto, 7.30 em ponto, o Kreator subia no palco. A turnê divulga o maravilhoso Phanton Antichrist, que teve várias músicas lembradas. O repertório contou com muitas canções dos ''anos 2000'', o que contrariou alguns dos fãs mais ''old school''. Eu acho que poucas bandas podem fazer um grande show tocando músicas mais recentes, e o Kreator é uma delas. Os trabalhos da última década são fantásticos, assim como os dos anos 80. O novo álbum é ótimo, e eu acho absolutamente justo que na sua turnê, ele seja de fato lembrado. A divisão foi justa, para mim o único grande pecado foi o ótimo Terrible Certainty não ser lembrado. O show começou com a Faixa-Título do último trabalho Phanton Antichrist. A impressão que eu tive em Creeping Death  no show do Metallica em 2010 no Morumbi, e em Hangar 18 no show do Megadeth em 2012 no Via Funchal foi a mesma dessa vez. O público paulista é único, fantástico, espetacular, entre outros 50 adjetivos. Eles cantam tudo e participam ativamente do espetáculo, principalmente na abertura do show. From Flood into Fire, outra nova, segue com o verdadeiro show. Warcurse, do ótimo Hordes of Chaos continua agitando. Era hora da dobradinha clássica Coma of Souls / Endless Pain. A alegria era geral. Mille ordenou, e um enorme mosh foi aberto nesse momento. Aproveitei para ganhar terreno, e chegar bem próximo a grade, frente a frente com Petrozza, e permaneci lá até o final do show. A dupla Mille Petrozza/Sami Yli-Sirniö funciona perfeitamente, Christian Giesler agita muito e toca com precisão o seu baixo, e Jürgen Reil, ou simplesmente Ventor, é preciso na sua bateria. Mille comanda uma apresentação como poucos, muito poucos. Pleasure To Kill, talvez o maior clássico da banda, segue com a destruição. Hordes of Chaos (A Necrologue for the Elite) é bem recebida, assim como a nova Death to the World. Riot of Violence, do maravilhoso Pleasure To Kill é cantada por Ventor e mais 1500 pessoas. Mille fala de como a música serve para unir as pessoas, e aquela noite era um exemplo disso, e como a politica e a religião servem para separar as mesmas pessoas. O título da próxima música casa perfeitamente com o discurso. Era hora de Enemy Of God. Phobia, de Outcast, fica ótima ao vivo, sendo para mim um dos grandes momentos do show. Uma pequena pausa, e a banda volta para o bis. Violent Revolution apresenta o álbum de 2001, sendo muito bem recebida, seguida por United in Hate, mais uma do novo disco. O clássico People of the Lie bota a casa abaixo, e leva os ''old school'' ao delírio. Civilization Collapse, o grande momento de Phanton Antichrist, e muito celebrada. Betrayer faz o maravilhoso Extreme Aggression ser lembrado, e moshs surgirem por toda a casa. Mille pega a ''bandeira do ódio'' e apresenta para a platéia a dobradinha final. Do álbum de estréia Endless Pain, Flag of Hate / Tormentor, que fecham a apresentação em grande estilo. Foi realmente um dia espetacular, uma reunião de amigos, antes, durante e depois do show (nele foram 3 cariocas e um paulista) e uma grande celebração do Heavy Metal.
 Reunião pós show, minha namorada, eu, Aline, Renato, Matheus,Priscila e Anderson

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