quarta-feira, 3 de setembro de 2014

IRON MAIDEN-POWERSLAVE

   O Iron Maiden já era uma das maiores bandas do mundo em 1984. Bruce Dickinson já estava para lá de firmado no posto de vocalista da banda, tendo lançado dois discos espetaculares. A formação mais clássica (Steve Harris, Bruce Dickinson, Adrian Smith, Dave Murray e Nicko McBrain) já partia para o seu segundo disco, ganhando cada vez mais corpo. Era a deixa para o Iron Maiden lançar o que para mim é o seu melhor trabalho, figurando facilmente no meu top 5 de todos os tempos, ao menos por ordem de preferencia pessoal. 
   O hino Aces High abre o trabalho. A introdução, seguida por um ritmo veloz de toda a música, se mostra perfeita para abrir o cd, como também as apresentações ao vivo. Quem viu a banda na recente Somewhere Back in Time Tour pode sentir como a música é perfeita para tal. 2 Minutes to Midnight dispensa apresentações. Um dos maiores clássicos da história da banda não sai do set por nada desde que o disco foi lançado, porque ela ainda é capaz de matar muita gente do coração a cada audição. O riff é reconhecido por qualquer fã da donzela já no primeiro acorde, sendo o refrão quase uma oração para quem ama a banda. Depois a banda tira da cartola a espetacular instrumental Losfer Words (Big' Orra), para mim a melhor no estilo que a banda já fez. A letra se faz absolutamente desnecessária, e cada audição é uma viagem emocionante. Flash of the Blade era merecedora de um reconhecimento ainda maior do que já tem. Outra aula do perfeito instrumental da banda, vocal grandioso de Bruce e uma letra magnifica. The Duellists começa com Steve Harris cavalgando bem ao seu estilo, e junto com a voz de Bruce levam a canção. Mais uma com muita força no refrão. Back in the Village se destaca pelos grandes duelos da dupla Murray/Smith. A música tem um peso descomunal, bem típico da NWOBHM. Vem então uma maravilha chamada Powerslave. Como descrever isso aqui, pura perfeição a cada detalhe. Impossível não se emocionar com a letra. Para mim esse é o maior clássico da história da banda, um baita resumo de tudo de melhor que eles tem a oferecer. Para encerrar vem a épica Rime of the Ancient Mariner, que também é impossível de traduzir. Ao longo de 13 minutos temos uma verdadeira epopeia narrada aos mínimos detalhes. Aquele momento no meio da canção onde se escuta apenas o baixo lento de Harris dando um tom de suspense, ao ápice comandado pelo mesmo líder da banda e a perfeita entrada de Bruce recitando versos precisos são o encerramento mais perfeito possível para uma obra-prima.
   Isso é em poucas palavras um pouco do que eu sinto por esse trabalho grandioso, novamente digo, um dos mais importantes da história do Rock. A turnê de divulgação, maior da história da banda, passou pelo Brasil com uma apresentação matadora no 1o Rock in Rio. Imagino que muitos fãs do Iron Maiden conheçam o álbum de trás para frente, mas nunca é demais recomendar essa audição obrigatória da pérola lançada no auge da espetacular década de oitenta, responsável por sete clássicos absolutos da discografia desses mestres.

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