segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MOTLEY CRUE-DR FEELGOOD

   O Motley Crue chegava ao ano de 1989 depois de quatro clássicos lançados nos anos anteriores, e de tudo o que a vida no universo do Rock N'Roll pode oferecer de bom e de ruim. Os abusos de drogas por parte dos integrantes quase vitimou o baixista Nikki Sixx, que teve a sorte de sobreviver a uma overdose de Heroina depois de uma injeção de adrenalina na veia, uma última esperança de vida que acabou sendo preciosa. A resposta foi dada com a obra-prima da banda, Dr Feelgood. O álbum foi o último da fase de ouro do Motley Crue, já que Vince Neil saiu antes da gravação do fraco álbum Motley Crue de 1994, e a banda não parecia inspirada,com a fase do Grunge no mainstream não conspirando a favor da turma do Hard oitentista.
   A introdução T.N.T abre as portas para o hino Dr Feelgood. Oriff inconfundível começa o que seria um dos maiores clássicos da banda. A letra foi feita para algum traficante conhecido da banda, que era famoso pelo nome Dr Feelgood. Músicas como essa dispensam  maiores apresentações, já que clássico é clássico. Slice of Your Pie começa com uma belíssima introdução feita no violão por Mick Mars, a deixa para a força do instrumental impecável da banda. A música é ótima, e tem um papel importante no meio dos inúmeros clássicos que o trabalho apresenta. Rattlesnake Shake já começa com muito peso num dos riffs mais espetaculares que Mars já apresentou. A faixa tem a cara da banda, e lembra muito algumas coisas apresentadas em Shout At The Devel. Chega então outro hino da banda, a caótica Kickstart My Heart. Qualquer fã da banda já reconhece a música no rugido do motor que vem antes do riff matador. A letra fala sobre a ''ressurreição'' de Nikk Sixx, e só por isso já é muito marcante na história do Motley Crue. O ritmo é muito mais acelerado do que a maioria das músicas, e isso numa apresentação tem um efeito bombástico. Em seguida vem a maravilhosa balada Without You, para mim uma das melhores da banda. Qualquer tipo de comentário sobre ela é complicado, já que a mesma caberia milhares de adjetivos positivos. O Crue nunca foi muito de baladas, ao menos em comparação com outras bandas de Hard Rock da sua época, mas quando as faz acaba acertando em cheio. Em um disco tão espetacular assim, não tem descanso. Same Ol' Situation (S.O.S.), outro clássico, vem para matar os fãs do coração. O riff é uma belíssima apresentação para leigos em Motley Crue. A letra recitada por Venci e as batidas precisas de Tommy Lee também soltam aos olhos. O refrão é cantado por fãs da banda com entusiasmo a cada audição. Sticky Sweet da destaque total ao grande guitarrista Mick Mars, que conduz a música com variações, riffs com forte pegada de Blues e feeling irretocáveis.  She Goes Down é aquela típica ''Girls, Girls, Girls'' que a banda sabe fazer tão bem, fruto dos anos de convivência com incontáveis mulheres. Don't Go Away Mad (Just Go Away) segue a linhade Without You. Outra balada matadora, outra das minhas músicas favoritas. A banda não binca em serviço quando o assunto é balada. Muitos criticam a voz de Vince, mas nenhuma voz do mundo conseguiria cantar essa música de maneira tão marcante como a dele. Time For Change encerra de maneira espetacular o trabalho, com uma mensagem positiva carregada numa bela letra. 
   Dr Feelgood é para mim um dos maiores discos de todos os tempos. Os brasileiros precisam se render a magia da banda, que infelizmente está se despedindo da sua legião de fãs com uma turnê mundial. Os anos 80 fizeram a banda ser o que é, e acabaram de maneira brilhante. Eles nunca mais foram os mesmos, mas o que foi feito aqui está registrado para sempre, e 25 anos depois Dr Feelgood ainda é capaz de impressionar. 

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