quarta-feira, 29 de abril de 2015

MONSTERS OF ROCK- 1o E 2o DIA- ARENA ANHEMBI- SÃO PAULO

   Um festival que fez história nos anos 90 retorna, com um line up infinitamente melhor do que o de 2013. O que se viu em São Paulo nunca será esquecido pela legião de bangers que invadiu todos os caminhos que levavam a Arena Anhembi. Estive presente nos dois dias, e irei contar o que vi por lá a partir de agora.
 
COMEÇO 
   Para mim, o festival começou já no avião, onde encontrei por acaso amigos no mesmo voo, todos com o mesmo objetivo. No hotel que escolhi, ao lado do Anhembi, foi visto algo especialmente assustador. A invasão de bangers de todo o país no lugar, fazendo filas intermináveis no check-in, restaurante, elevadores e tudo mais, foi realmente emocionante. A cada metro, o assunto era único. O bom e velho Heavy Metal, e as atrações do festival. Quem escolheu ficar por lá se deu bem, porque o trânsito na saída era interminável, e quem ia para longe sofreu. Outra coisa peculiar era poder escutar todo tipo de ruído vindo do palco. Nessas, logo cedo no sábado, pude ouvir toda a intro de Orgasmatron na passagem de som. Naquele momento achei emocionante e surpreendente, mas ao final do dia aquilo faria todo sentido. A principio, era apenas um som aleatório para a passagem, ou talvez, um pequeno ensaio para mais tarde. 
   As horas passavam, a emoção aumentava, e lá fui eu para o Anhembi. A 1a impressão do Monsters of Rock foi uma fila interminável. Para ter uma ideia, dois amigos meus que chegaram 2 horas antes estavam ainda próximos à rua do hotel, onde tive que me infiltrar na dita fila junto de mais dois amigos paulistas e o filho de 12 anos de um deles para poder "ver o Motorhead". Muitos perderam todos os shows de mais cedo, e honestamente, eu simplesmente não tenho pernas para shows de meio-dia a meia-noite, então escolhi ir apenas na hora das bandas que queria ver alucinadamente.
   A coisa se arrastava, enquanto o famigerado Black Veil Bridges tocava. Bem, eu honestamente odeio essa banda, e não entendi sua escalação, mas fiquei com uma certa pena da vaia, das garrafas e do discurso dado pelo líder depois do ocorrido. Se lá estivesse, teria tomado a atitude que sempre tomo em festivais quando rola algo que eu não curto. Simplesmente dou uma volta, como, descanso, tomo uma breja e espero as bandas que valem a pena. O mais adequado seria isso, já que querendo ou não, eles tem seus fãs e estavam lá trabalhando. Mesmo assim, entendo a dureza para os que foram ver os headlines ter que aturar os "moderninhos". Que na próxima vez, em dias assim, a organização opte por novidades como Suicidal Angels e Municipal Waste, ou veteranas clássicas como Obituary, Testament, Sodom, entre tantos outros. Quanto ao que rolou antes, não ouvi maiores comentários destacando nenhum dos shows, talvez por causa da dificuldade para entrar.
 
1o DIA
   No intervalo entre os modernos e o Motorhead, entrei na arena, que estava assustadoramente cheia, como o movimento no entorno indicava. Então era hora de tomar lugar para o que era para mim o grande show do festival. Ai o que aconteceu a seguir foi um dos momentos mais tristes da minha vida relacionada ao Rock N'Roll.

MOTORHEAD
   Um sujeito da famigerada 89, trajando uma blusa do Artic Monkeys (acho que ele errou de festival...), veio dar a noticia que ninguém queria ouvir. Lemmy estava mal, e o show não poderia rolar como programado. Bem amigos, foi um soco na cara violento! Todos que acompanham a banda sabem que há tempos o homem não vai bem de saúde, e eu estava pronto para ver uma bela despedida do Motorhead do Brasil. Infelizmente, ele não está em condições, e naquele ambiente até se cogitava que a lenda poderia estar morrendo, já que não tínhamos a menor informação. O que eu sabia é que não era coisa simples. Esses caras são profissionais ao extremo, e não é qualquer febre que cancela show. Lembrei imediatamente de Steve Harris no dvd Flight 666 e de Geezer Butler no show do Sabbath no Rio. Ambos na merda, com febre alta, e fazendo o show normalmente. Ver um dos meus maiores heróis em tal situação me fez chorar copiosamente, a dor era muito mais do que a do simples show cancelado, e sim de sua vida. Bateu uma tristeza que infelizmente, não curou até o fim do 1o dia. Então a tal passagem de som com Orgasmatron, de 9h da manha, fazia total sentido, o que indicava que Lemmy já não estava legal, mas preferiram segurar até a última hora, na tentativa de uma melhora. Mikkey Dee e Phil Campbell se juntaram a Andreas, Paulo e Derrick, do Sepultura, para uma jam arrumada de última hora, um ato de força eterna do Rock N'Roll. Rolou as obrigatórias Overkill e Ace of Spades, hinos máximos do Motorhead, junto de Orgasmatron, a música do Motorhead eternizada pelo Sepultura em Arise, numa bela versão que une duas lendas do Heavy Metal. Bem, se alguém teve coragem de criticar, saibam que um show de Rock não se faz em um dia, e sim em intermináveis ensaios. Sabe-se que a qualidade dos músicos é indiscutível, mas sem as horas de ensaio necessárias, nada acontece. Para todo time de estrelas, é preciso horas de treino.
   Passado isso tudo, e com a emoção que a história viva do Rock N'Roll proporcionava a todos os presentes na 1a noite de festival, era hora de me recuperar. Até agora não tivemos grandes explicações, fora o vídeo comovente de desculpas de Lemmy confirmando os shows seguintes - um erro ao meu ver, mas torço por ele e por seus fãs que estão prontos para o que vier. Seja como for, Lemmy precisa dar um tempo na sua vida de 70 anos de agito.

JUDAS PRIEST
   O Judas Priest faria valer a letra do Queen em Show Must Go On, e com todos visivelmente emocionados e abalados, subiria ao palco para um show grandioso. Foi dito que ele seria "maior", mas apenas foi a apresentação do Rio, que já contei aqui, com a exclusão de duas músicas (Beyond the Realms of Death e March of the Damned), o que indica um tempo reduzido para o 2o headline da noite, um erro ao meu ver. A banda subiu disposta a compensar os fãs com uma apresentação digna da história que tem. A multidão estava lá para ver o trio de headlines, e o clima criado foi único e maravilhoso. O começo foi semelhante ao que ví dois dias antes, com a nova Dragonaut, que cumpre muito bem tal papel, e os hinos Metal Gods, Devil's Child e Victim of Changes, que ao vivo são impagáveis! Todos cantavam forte cada verso. Halls of Valhalla já caiu no gosto, mostrando que o novo trabalho é ótimo. Love Bites arrepia, e Turbo Lover é uma das mais celebradas. Redeemer of Souls se consagra como a nova definitiva, e Jawbreaker faz a velha-guarda ir ao delírio. O hino Breaking the Law é cantado em uníssono, assim como Hell Bent for Leather, que tem a clássica entrada da Harley do metal god. O show se encerra com o desfile de clássicos Electric Eye, You've Got Another Thing Comin', Painkiller e Living After Midnight. Um show épico, com qualidade sonora bem superior a vista numa casa fechada a partir da metade, algo que só se viu ali em todo o festival. Rob ainda se despede com uma comovente lembrança ao grande Lemmy, mostrando que a força do Heavy Metal é maior do que tudo.

OZZY OSBOURNE
    O show espetacular do Judas melhorou o clima de depressão que tomava conta do lugar. Agora era hora de ver mais uma lenda, o senhor Ozzy Osbourne. Quem conhece um pouquinho de Rock N'Roll sabe muito bem que esse não é um show de um ex qualquer coisa, com músicas solos que apenas servem para tentar fazer a coisa ser mais atual. Se formos ignorar o que esse senhor fez com o Black Sabbath, ainda seria o show clássico, com hinos eternos do Heavy Metal a perder de vista presentes em trabalhos obrigatórios como No More Tears, Bark on the Moon, Blizzard of Ozz e The Ultimate Sin, por exemplo. Assim sendo, todo show do Madman apresenta um cardápio farto de clássicos para serem apresentados, sendo uma verdadeira viagem pela história do Heavy Metal. Ozzy esteve reunido com o Sabbath nos últimos anos, e seu ultimo lançamento solo foi apenas em 2010. Depois da tour mundial com a sua banda de origem, fez apenas um show ano passado, fazendo da apresentação no Monsters algo totalmente imprevisível, sendo aguardada pelos fanáticos por Sabbath que lotavam o lugar. 
   O show foi "curto", nenhuma novidade, já que o homem faz isso há anos, até mesmo com o Sabbath. Mesmo assim, é o terceiro que vou, contando com o Sabbath, e todos foram fantásticos. Com a sempre competente banda, onde Gus G, Adam Wakeman, Rob Nicholson e Tommy Clufetos desfilam inspiração, Ozzy está em forma vocal, e mesmo com o peso natural da idade, ainda rende ao vivo. As brincadeiras com o público estão sempre presentes, principalmente nos banhos de espuma que ele tanto gosta. 
    O pontapé inicial foi com Bark At The Moon, mesma da última tour solo, que caiu muitíssimo bem. Em seguida, sem ninguém esperar, Mr. Crowley veio como um furacão, criando um clima fantástico e indescritível no lugar. Foi realmente de arrepiar, e o hino do disco de estreia de sua carreira solo fantástica entrou para a história do festival. I Don't Know foi uma grata surpresa. Outra de Blizzard, outro momento lindo. Ai Ozzy manda a 1a do Sabbath, algo que nem seria preciso, mas sempre cai muito bem. Fairies Wear Boots, assim como todas da banda que Ozzy costuma lembrar, são da obra-prima Paranoid. Nesse show realmente não tinha tempo para respirar, era só clássico.  Suicide Solution dispensa comentários, como tudo que aparece no 1o disco do Madman. Uma sacada genial. Road to Nowhere é para mim a melhor de toda a "carreira solo".  A balada fantástica e inspiradíssima presente no icônico No More Tears, talvez um dos discos que mais ouvi na vida, simplesmente me faz viajar em meio a tanta perfeição. Melhor do Ozzy foi, nada mais justo que de cara, vir a melhor do Sabbath. Não adianta amigos, War Pigs é irresistível, e mesmo ouvindo cada virgula que Iommi fez durante toda a sua vida, para mim nada supera esse hino. Gus fez um belo papel, mas ninguém sabe tocar Sabbath com o timbre fantástico de Iommi. A música emociona até uma pedra ao vivo, principalmente com o famoso ÔÔÔ entoado a plenos pulmões. Shot in the Dark foi outra escolha surpreendente e acertada, assim como Rat Salad, uma velha carta na manga do homem para um breve descanso durante os shows. Nesse momento uma breve chuva se faz presente, mas foi só começar o riff de Iron Man, um dos mais famosos da história, que parou tudo para todos reverenciarem mais um hino. I Don't Want to Change the World, mais um clássico, mostra sua força. Bem,Crazy Train e Paranoid dispensam qualquer tipo de apresentação, e falar que ambas devastaram o Anhembi é desnecessário. 
   Olha, épico é pouco para descrever o show que foi, ao meu ver, o melhor do festival. Com músicas assim, não tem erro, e só não digo que não poderia ser melhor porque inexplicavelmente Mama I'm Coming Home e Fire in the Sky sumiram do set divulgado pela produção. Fora isso, tudo impecável, e quem viu Ozzy Osbourne e sua banda em ação vai levar o show na memória para toda a vida. 

BALANÇO GERAL DO 1o DIA
    A já citada fila na entrada não se resumiu a isso. O grande público que compareceu ao evento enfrentou algo semelhante em banheiros e bares, mas se procurasse um pouco, poderia encontrar banheiros menos movimentados - o que fiz, achando um que estava dando vasão - e ambulantes vendendo batata frita, pipoca, cachorro-quente, cerveja e água, entre outros produtos, sem a necessidade de fichas, algo que facilitava bastante as coisas. O público foi maior neste dia, isso empurrado basicamente pelos 3 headlines gigantes, tendo uma enorme lacuna entre eles e as demais atrações. Isso prova que o Heavy Metal legítimo ainda leva muito público aos shows, e a força dos nomes Motorhead, Judas Priest e Ozzy Osbourne é enorme. O dia foi marcado pela tristeza que a ausência de Lemmy causou, mas também por shows épicos de Ozzy e Judas. A vaia ao Black Veil Bridges também marcou, e por mais que seja maldosa, ilustra como eles estavam sobrando no cast, e um nome nacional de peso cairia bem melhor. Foi assim, em poucas palavras, a abertura de um festival que abalou as estruturas da cidade, e foi um sucesso.



2o DIA

   O clima no hotel mais headbanger da cidade continuava quente. O assunto era o que aconteceu no 1o dia de evento, e as expectativas para quem ficou para o 2o. A maioria ficou, e a chegada de novos bangers diminuiu. O segundo dia apresentava atrações fortes desde cedo, mas novamente optei por chegar um pouco mais tarde. O show do Steel Panther foi muito elogiado por conhecidos, e no dia seguinte na galeria, e foi marcado pelo topless coletivo, marca do Hard oitentista. A banda é ótima, e tem potencial de sobra, mas um show rolando 1h da tarde quebra a firma pro meu lado. O grande Yngwie Malmsteen se apresentou depois, também forçando muitos a chegarem mais cedo, mas não ouvi muito a respeito de sua apresentação. A fila simplesmente sumiu, algo que me assustou, mas o público, mesmo menor que no 1o dia, estava longe de fazer feio. Diria que podemos ter tido algo como 5 mil a menos, mas ainda tinha muita gente. 
   Cheguei no meio do show do Unisonic, liderado pelo grande Kai Hansen. Nunca fui grande fã de Helloween, mas sempre respeitei imensamente o trabalho da banda, e por consequência, nunca acompanhei o projeto, mas o que vi foi um show bem interessante, com participação forte dos fãs. Destaque para o clássico I Want Out. 
   
ACCEPT
   Depois de uma visita pelos estandes da Roadie Crew e da loja Hellion Records, duas das muitas atrações para o bolso do banger que por lá passava, e ainda na luz do dia, era hora de pegar lugar para ver a lenda do mais puro e tradicional Heavy Metal alemão. Depois de um show fantástico abrindo para o Judas no Rio, a banda faria um show ainda mais grandioso no festival. Em grande forma, a banda repetiu quase tudo que foi visto no Rio em termos de setlist, apensa trocando Losers And Winners por London Leatherboys, ambos clássicos do grande registro Balls To the Wall. A participação do público foi o maior destaque, junto com a garra da banda, fazendo da apresentação uma das mais comentadas e celebradas em todo o festival. Hinos como Restless and Wild, Fast as a Shark, Princess of the Dawn, Metal Heart e Balls to the Wall foram os grandes momentos, assim como Teutonic Terror, de Blood of the Nations, que se afirma como um verdadeiro novo clássico do retorno da banda. As novas Final Journey e Stampede mostram seu poder de fogo, assim como Stalingrad e Pandemic, também da "nova fase". O show ao anoitecer foi simplesmente inesquecível, para não dizer fantástico, mostrando a grandeza do Accept.
    O show seguinte seria do Manowar, uma banda que respeito apenas pelo fato de possuir uma legião de fãs, alguns deles profundos conhecedores de Heavy Metal, mas honestamente eu detesto. Simplesmente eu não consigo levar a banda a sério, pela postura, letras, vestimentas e tudo mais que envolve os ditos "reis do Heavy Metal", autointitulados obviamente. Para ilustrar o que eu digo, basta conferir a patética entrevista da banda na Roadie Crew de abril, e o discurso de Joey Demaio, digno de uma criança de 10 anos de idade. Passei longe do palco, e pude ver o volume assustadoramente alto, outra marca registrada da banda. Não tem nada de oficial no que estou falando, mas surpreendentemente, depois do show os PA's nunca mais foram os mesmos, principalmente no show do Kiss. Algo me diz que algumas caixas podem ter estourado em meio a barulheira da banda. Em resumo, um belo momento para ir descansar, beber, comer e tudo mais, enquanto esperava pelos shows do Judas Priest e Kiss. Quem gosta, achou maravilhoso, diferente do que se viu no último show deles por aqui, com vaias e camisas queimadas por causa do fraco setlist apresentado, sem os clássicos. Sendo justo com eles, uma boa quantidade de pessoas estava com a camisa da banda.

JUDAS PRIEST
    Chega então ao fim a minha maratona Judas Priest, com o terceiro show em 4 dias. Um pouco mais curto do que o que vimos no dia anterior, foi mais um show fantástico, reforçando a força da marca. De novo, rolou a troca entre o clássico Love Bites e a nova March of the Damned, e a exclusão de You've Got Another Thing Comin'. De resto, mais um desfile de clássicos apresentados com a precisão de sempre. Painkiller, Electric Eye, Hell Bent for Leather, Breaking the Law, Turbo Lover e Metal Gods foram as mais celebradas, incluindo breves rodas formadas ao longo da pista. O público foi ao delírio com uma das entidades do Heavy Metal, que pelo segundo dia seguido, deu o seu recado no Monsters of Rock. 

KISS
   É chegada a hora do último show do festival, papel para uma das maiores bandas da história do Rock, que levou uma legião de caras-pintadas para o Anhembi. Celebrando os 40 anos de história na atual tour, a banda mostra um pouco da sua coleção de clássicos eternos do Rock N'Roll, junto a tradicional pirotecnia que transforma o show no maior espetáculo musical possível. Kiss ao vivo é sempre algo único, e meu segundo show foi simplesmente memorável. 
   A cortina cai, o tradicional grito introduz, e Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer sobem ao palco do festival ao som do hino Detroit Rock City, que também abre a obra-prima Destroyer. Arrepiante, com um público hipnotizado cantando cada verso. Depois vem a indescritível Creatures of the Night, que me emociona profundamente, já que ela é uma das minhas preferidas. O público responde, mesmo com um Paul mais econômico no agudo do refrão. Psycho Circus, a única marca positiva da tour de reunião com Ace e Peter, já pode ser chamada de clássico, sempre causando um efeito único nos shows. O hino I Love It Loud e a magnífica War Machine mostram mais um pouco de Creature, um disco simplesmente perfeito. Bem, já deu para ver que a coisa tava boa né? Gene cospe fogo ao final, e vem simplesmente Do You Love Me, uma pérola que encerra o Destroyer, momento mais emocionante do show para mim. Com todos os efeitos, a parte fora música que mais emociona para mim em todo o show foi aqui, quando o telão mostrou várias imagens do Kiss em todas as épocas, com a ajuda da letra, uma ode ao Rock N'Roll. Paul apresenta Deuce como ela pede, dizendo ser um clássico do 1o disco. Apensa isso. Já em Hell or Hallelujah, ele arranca alguns risos, falando que a próxima seria clássico no futuro. Monsters é um disco bom ao meu ver, e a música é interessante, merecendo ser lembrada. Calling Dr. Love nos transporta para Rock N'Roll Over, e o hino Lick It Up é cantado em uníssono. Hora de Gene cuspir sangue, e subir até o teto para cantar o clássico God of Thunder, não sem antes falar do "bubum das brasileiras", reforçando o sensacional discurso que Paul deu pouco antes. Parasite surpreende, sendo um momento sensacional. Hora de Paul voar, e chegar bem próximo do lugar que eu estava. Foi arrepiante ficar tão perto de um dos meus maiores ídolos, durante outro hino, Love Gun. Ele ainda introduz Black Diamond, talvez a minha preferida do Kiss, e honestamente quase percebo uma lágrima cair. Para encerrar, os hinos máximos Shout It Out Loud, I Was Made for Lovin' You e Rock and Roll All Nite, com a tradicional chuva de papel picado no final. 

FIM DE FESTA
  Lá se foi o Monsters of Rock, encerrado com um show magnífico do Kiss. God Gave Rock 'n' Roll to You, que rolou depois do show nos PA's, foi o final mais apropriado para essa verdadeira celebração do estilo, com fãs de todo o país, e até de países vizinhos. Mais uma prova que o legítimo Rock N'Roll da retorno sempre, mesmo em tempos de crise econômica, e uma boa organização faz as coisas funcionar. Quem esteve presente viu grandes shows, verdadeiramente inesquecíveis, fazendo mais um capítulo do festival no Brasil ser glorioso. A segunda era dia de cada um voltar a sua rotina, com um enorme sorriso no rosto, mas sempre com a triste lembrança do show cancelado do Motorhead, talvez o fato que mais marcou. 

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