quinta-feira, 29 de setembro de 2016

IRON MAIDEN - SOMEWHERE IN TIME

     Em 1986, o Iron Maiden já era um gigante do Heavy Metal mundial. Vindo de Powerslave e de uma turnê exaustiva que deu origem ao lendário Live After Death para sua promoção, os amantes do estilo esperavam ansiosamente pelo seu próximo passo. Para Somewhere in Time, a banda ousou ao incluir sintetizadores. O que poderia ser um desastre acabou tendo um efeito positivo em forma da única coisa que a banda sabia fazer nos anos 80 - lançar obra-prima. Somewhere In Time é mais um disco com um playlist impecável. 
      O grande clássico do disco é a eternamente magnífica Wasted Years. Sua melodia inspiradíssima e variedade rítmica explodindo num refrão pronto para os estádios faz dela um dos maiores hinos do Iron Maiden. Além dela, a outra com status próximo ao longo dos anos foi Heaven Can Wait. Quem não lembra do seu coro no refrão que quando aparece ao vivo é entoado por toda a equipe em cima do palco? O mesmo foi urrado pelos fãs quando entravam no Hsbc Arena para o mais recente show da banda no Rio. Bem, de resto acontece algo peculiar. Músicas épicas e magníficas como Sea Of Madness, The Loneliness of the Long Distance Runner, Stranger in a Strange Land, Déjà Vu, Alexander the Great  e Caught Somewhere in Time se transformaram em eternos lados b da banda. Nunca foram lembrados em set algum depois da tour de promoção do disco e lamentavelmente não existem para os fãs que se limitam a ouvir Fear of the Dark e The Trooper. Seja como for, todas as citadas são algumas das melhores músicas que o Iron Maiden já fez. Se te passou despercebido, procure ouvir cada uma delas. Não vou entrar em detalhes, mas você vai se surpreender com tamanha perfeição. 
      O disco que completa 30 anos hoje é daqueles simplesmente perfeito em cada detalhe. Não tem uma música que seja menos do que maravilhosa. Preste atenção no desempenho de Bruce Dickinson em músicas como Sea of Medness e Stranger in a Strange Land, que eu diria ser alguns dos mais inspirados da carreira. Olhe também o quanto Dave Murray e Adrian Smith estão entrosados aqui, além das cavalgadas únicas de Steve Harris em parceria com a bateria de Nicko McBrain. Vimos aqui uma das maiores bandas da história no auge. Somewhere in Time merecia reconhecimento ainda maior até da própria banda. 


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