sexta-feira, 22 de agosto de 2014

OVERKILL-WHITE DEVIL ARMORY

   O Overkill é uma das bandas mais importantes da história do Thrash Metal, e com 30 anos de serviços prestados ao estilo eles chegam ao seu 17o álbum de estúdio. A história da banda é de total devoção ao Heavy Metal, sem nunca experimentar nada diferente do estilo que consagrou e com incontáveis clássicos no currículo. Com o seu mais novo trabalho, a banda entrega exatamente o que se espera dela, Thrash Metal da melhor qualidade. O Overkill, assim como o Anthrax, é da costa leste americana, do lado oposto da Meca do Thrash Metal Bay Area, ou até mesmo da também frutifera Los Angeles. Seria algo como o Rio Grande do Sul e o Acre no Brasil, mas isso não impediu o crescimento da banda nos anos 80 e sua posição no primeiro escalão do Thrash americando, junto de bandas como Exodus, Testament, Slayer, Metallica, Megadeth e Anthrax.
   A introdução XDM serve para ambientar o ouvinte. Logo em seguida vem a porrada Armorist. Thrash Metal na essência, com velocidade fora de controle, riffs a perder de vista e aquela voz marcante e arrebatadora do grande Bobby "Blitz" dando o tom da carnificina. Abertura digna de Overkill em seus melhores momentos. Down To The Bone tem uma introdução com o baixo marcante de D.D. Verni, e o ritmo segue furioso, e ao mesmo tempo estrategicamente cadenciado. Em PIG as guitarras de Dave Linsk e Derek "The Skull" Taile se destacam logo de cara. A música é um dos grandes momentos, daquelas para bater cabeça até o dia seguinte, tudo num ritmo absurdo. Bitter Pill tem uma introdução um pouco mais lenta, com tom levemente apocalíptico. Ela segue cadenciada, com mais uma aula de baixo. Outra maravilha presente no trabalho, mostrando a força eterna do Overkill. Where There's Smoke chega com uma velocidade absurda, Thrash Metal puro, lembrando os grandes momentos de trabalhos como Feel the Fire e Taking Over. Simplesmente absurda, e para mim o grande momento do disco. Freedom Rings começa com a cozinha em ação, e a entrada sutil das guitarras, dando um clima sensacional. Em seguida a porrada já volta a comer solta, como manda a cartilha do Thrash Metal. A voz do senhor Blitz é o destaque, e entra rasgando como de costume, recitando um refrão com a força dos grandes clássicos. Em Another Day to Die a guitarra retoma o controle do riff. A música pode ser considerada um descanso no meio da tempestade, mas mesmo assim é interessantíssima. Agora a coisa fica seríssima na grande King of the Rat Bastards. Faixa realmente épica, até difícil de descrever. Em certos momentos ela lembra a grande Feel The Fire. Outro momento de cair o queixo. It's All Yours mantem o grande ritmo do álbum e abre os portões para a espetacular In The Name, o encerramento grandioso e digno do grande trabalho que o Overkill entrega aos amantes de Thrash Metal.
   Espetacular é pouco para descrever o disco. A banda segue em frente, depois de 30 anos, fazendo Thrash como poucos. O trabalho não é o Feel The Fire, mas seguramente será lembrado com carinho pelos fãs no futuro. O Over ''thrash'' Kill continua muito vivo, e parece estar pronto para a quarta década da sua história. Que a turnê passe em breve pelo Brasil, merecemos vê-los em ação.

   

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