sábado, 9 de agosto de 2014

SHOW DO BLACK LABEL SOCIETY-CIRCO VOADOR-RIO DE JANEIRO

   Depois do ótimo show que fez por aqui em 2012, e trazendo na bagagem um disco espetacular, o Black Label Society estava de volta ao Rio de Janeiro. Como previsto, o Circo Voador transbordava gente, um público que de fato amava a banda, estampando os famosos coletes (usados inclusive pelos Roadies da banda), camisas e até tatuagens. O ambiente estava pra lá de favorável para uma grande noite de Rock N'Roll, o que seria logo uma realidade. 
   Dario Lorina, John DeServio, Jeff Fabb e logico, Zakk Wylde causaram uma enorme comoção assim que colocaram os pés no palco, com o líder Zakk já se aproximando do público. A abertura foi com a maravilhosa The Beginning… At Last, vinda diretamente do disco de estreia da banda, Sonic Brew. A coisa esquenta de verdade na segunda música, o clássico Funeral Bell, que coloca a lona abaixo. Mesmo com o som distante da perfeição, era possível perceber uma banda em grande forma. Poucas figuras são capazes de causar o impacto que Zakk causa durante uma apresentação. De fato, ele é um dos grandes, conseguindo hipnotizar uma plateia em torno dele. Já tendo largado a cachaça, visivelmente mais magro e com uma barba de respeito, se distancia daquela imagem consagrada na memória dos fãs nos tempos de Ozzy. Tendo visto muita gente boa em cima do palco, posso afirmar que assistir Zakk Wylde em ação é algo realmente fantástico e único. Seguindo com o show, vem mais um clássico, a maravilhosa Bleed for Me, abertura do grande 1919 Eternal. A música domina o público, que canta em uníssono. O repertório era perfeito, e agora é chegado o momento de apresentar para os cariocas as maravilhas de Catacombs of the Black Vatican. Heart of Darkness não teve a recepção das anteriores, mas considero a mesma absolutamente maravilhosa. Já o clássico Suicide Messiah foi muito celebrada, com o último verso cantado exclusivamente pelo público, impressionando Wylde. My Dying Time já virou clássico. Todos vibraram escutando o 1o single do disco mais recente da banda, seguido pela ótima Damn the Flood. Zakk então faz um solo de mais de 10 minutos, com inúmeras variações, captando toda a atenção dos presentes, que pareciam viajar nas notas do guitarrista. Para mim, poderia ter rolado aquele parte épica do solo de No More Tears, mas mesmo assim foi algo irrepreensível. Em sequência vem a ótima Godspeed Hell Bound, do bom Order of the Black. Zakk então agradece ao público, apresenta a banda com um inglês indecifrável, e ainda lembra do ''filhote'' SABBATH PAGE. Zakk lembra também do aniversário do guitarrista Lorina, devidamente celebrado com um parabéns pra você e um bolo. O aniversariante vai para o piano, e a maravilhosa Angel of Mercy é apresentada. Para mim foi o ponto alto do show, a magnífica balada do novo disco sendo tocada com tamanha perfeição. Zakk então vai para o piano, e aponta para o céu, dedicando a obra-prima In This River ao amigo Dimme. A música foi tocada mais lenta do que na versão original, e acabou ficando bem interessante. Mesmo assim, prefiro ouvir a versão original. O público que gritou Zakk por quase toda a apresentação agora grita o nome do guitarrista do Pantera. The Blessed Hellride vem com guitarras duplas nas mãos dos dois guitarristas. A música ganhou peso ao vivo, e foi outro momento memorável. Concret Jungle e a bomba Stillborn encerram o show com o público hipnotizado.
   Mesmo com um set ligeiramente curto, e a ausência sentida do clássico Overload, o show foi simplesmente fantástico. O público foi espetacular em todos os sentidos, o set foi bem interessante, com o novo disco recebendo a atenção que merecia, e a figura de Zakk Wylde é uma das mais marcantes no universo do Rock. Foi um show para lavar a alma dos cariocas, que puderam ver uma banda em grande forma. O futuro do Black Label parece cada vez mais promissor, levando em conta que Zakk ainda tem muito a oferecer ao Rock. Muito obrigado a um dos deuses do Rock que ainda circulam por aqui. 

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