domingo, 29 de março de 2015

BLIND GUARDIAN-BEYOND THE RED MIRROR

   Poucas bandas dentro do Heavy Metal atual tem a força do Blind Guardian. Eles viveram o seu auge nos anos 90, quando lançaram seus discos mais relevantes, e são um dos poucos que sobreviveram ao desgaste do Power Metal com o passar dos anos, se mantendo muito fortes nos anos 2000 e ainda lançando coisas interessantes, sendo hoje de longe a banda mais importante do estilo. Já virou tradição uma certa demora dos alemães a cada lançamento, e o sucessor de At the Edge of Time chega 5 anos depois, fazendo valer cada minuto de espera. 
   Beyond the Red Mirror é seguramente um dos melhores trabalhos que ouvi recentemente, superando o antecessor, e mo mínimo, se igualando ao ótimo A Twist in the Myth. Ainda é cedo para compara-lo com os clássicos, mas não duvidaria que com o tempo isso aconteça, já que o BG ainda é uma banda nova que tem muito a oferecer. Com a ideia de continuar a história desenvolvida no clássico Imaginations from the Other Side, Beyond the Red Mirror abusa da parte orquestrada, com um coral gigantesco que da uma dinâmica única ao som já complexo da banda de cara na abertura, a ótima The Ninth Wave. Com 9 minutos, ela não é de fácil assimilação, mas com o tempo vai ficando interessantíssima. Depois já vem o que podemos chamar de um clássico imediato. Twilight Of The Gods foge da proposta do álbum, e é Blind Guardian puro, pronta para virar hit. Em certos momentos vemos muito de Mirror,Mirror e Valhalla, em em pouco tempo você já se vê urrando o seu refrão em shows como em todo bom clássico. Quem viver verá. Prophecies é outro momento magnífico. At The Edge Of Time, obviamente feita para o antecessor, mas só aparecendo agora, é outra que abusa dos arranjos orquestrados, que dão um tom épico à música. O resultado, novamente, é ótimo. Ashes Of Eternity começa com um riff fantástico, e performance ainda mais fantástica do batera Frederik Ehmke. Mais uma musica fenomenal do trabalho, que se destaca ainda mais pelo refrão cantado com perfeição pelo grande Hansi Kürsch. The Holy Grail repete a formula da anterior em sua introdução. Menos espetacular que outras presentes por aqui, mas ainda bem interessante. The Throne começa de maneira épica, e assim se mantém. Lá vem mais um baita refrão, belos arranjos, dentro de um trabalho inovador e de qualidade indiscutível. Sacred Mind e Miracle Machine, essa bem mais lenta que as demais, apenas abrem caminho para o encerramento fenomenal com o grande destaque do trabalho, ao lado de Twilight Of The Gods. Grand Parade é seguramente uma das músicas mais espetaculares da carreira da banda. Coma mesma ideia da que abre o trabalho, ela proporciona 9 minutos de uma verdadeira catarse musical. O refrão é uma das coisas mais lindas que existem. Magnífico encerramento para um belo trabalho.
   Agora Beyond the Red Mirror está entregue a nós, e veremos como ele vai passar pelo teste do tempo, mas pelo que entendo por Rock N'Roll, ele será lembrado como um belo momento na trajetória de uma banda que ainda tem muito a nos oferecer. Daqui, podemos tirar pelo menos dois clássicos, Grand Parade e Twilight Of The Gods. Tirem suas próprias conclusões, e vamos esperar ansiosamente outubro chegar. Por enquanto, apenas digo que o novo trabalho do Blind Guardian é o melhor que escuto em tempos! 


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