quinta-feira, 3 de setembro de 2015

JUDAS PRIEST - PAINKILLER

   Para muitos, foi nos anos 80 a década mais inspirada do Judas Priest. Para outros tantos os anos 70 são insuperáveis, mas o fato é que naquela década saíram clássicos indiscutíveis. No entanto, muitos torceram o nariz para o caminho trilhado pela banda nos últimos anos, principalmente em Turbo, mas também em  Ram It Down. Os sintetizadores e som um tanto quanto voltado para o chamado Hard Rock foram os principais pontos. Assim sendo, a banda precisaria se reinventar no trabalho seguinte. Essa brincadeira deu origem a sua obra-prima, quando muitos não esperavam mais nada do Judas Priest. Painkiller é o auge da fúria de um dos monstros do Heavy Metal mundial, e o fim da era mais gloriosa da banda numa surpreendente mudança de formação ao final da tour. 
   A partir da faixa-título, um legítimo hino do Heavy Metal, temos o começo na velocidade da luz de uma audição esplêndida de 10 maravilhas em forma de música. Rob Halford chega a notas inimagináveis no dito hino, que começa num dos riffs de bateria mais marcantes da história. Era a apresentação mais do que gloriosa de  Scott Travis. De resto, Rob Halford, Ian Hill e a dupla dinâmica Glenn Tipton/ K. K. Downing desfilam a classe que atravessou junta grande parte dos 40 anos de hitória da banda. Painkiller é daqueles discos que realmente não te da tempo para respirar, é tudo perfeito nos mínimos detalhes. O que falar de maravilhas como Hell Patrol, com um daqueles agudos realmente inesquecíveis do Metal God, do refrão único e inigualável de All Guns Blazing, da épica One Shot at Glory e da arrepiante A Touch of Evil? Isso só para citar algumas. Leather Rebel, a mais que clássica Night Crawler, Between the Hammer & the Anvil, uma das maiores aulas instrumentais que o Metal já viu e Metal Meltdown formam um playlist simplesmente irretocável. Não tem como não ouvir qualquer um desses riffs, refrões e solos sem agradecer aos deuses do Metal por essa dádiva. 
   Inexplicavelmente e infelizmente, esse foi o ponto final do Judas Priest clássico. Depois, viriam as trocas, o retorno de Halford com discos razoáveis, mas que não chegam aos pés de nada lançado entre Rocka Rolla e Painkiller. Seja como for, o que foi feito aqui é para ser lembrado por toda a eternidade, simplesmente um trabalho de uma grande banda no auge de sua criatividade. 



Um comentário:

  1. Minha banda de metal favorita e o melhor álbum do Judas Priest para a maioria dos fãs (não para mim).

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