domingo, 17 de novembro de 2013

SHOW AEROSMITH/WHITESNAKE

Os anos 90 foram marcantes para o público rockeiro brasileiro. Muitos shows e festivais espetaculares aconteceram por aqui. Dois deles eram destaque absoluto, e estão guardados com carinho na memória de quem esteve presente. O Hollywood Rock e o Monsters Of Rock. Para a alegria de todos, esse ano o Monsters voltava a acontecer por aqui. O 1o dia foi uma enorme decepção para mim. Bandas como Hatebreed e Gojira ainda salvavam, mas os headliners New Metal, principalmente o Limp Bizkit, diminuíram em muito o nível do dia, muito triste para um festival que já contou com Kiss, Ozzy Osbourne, Dream Theater, Slayer, entre muitos outros grandes nomes da história do Rock/Heavy Metal. O segundo dia sim, estava a altura da tradição do festival. Prato cheio para os fãs de Hard Rock, nomes como Dokken,Ratt (que finalmente deu as caras por aqui), Whitesnake e Aerosmith iriam se apresentar. Os dois headliners, Whitesnake e Aerosmith iriam tocar também em outras cidades, para a minha felicidade incluindo o Rio de Janeiro. Fui conferir a apresentação, que aconteceu na Praça Da Apoteose para um público decepcionante de 18 mil pessoas, mais ou menos a metade do que cabe no lugar. Na entrada, o público foi recebido com uma chuva torrencial que durou cerca de 20 minutos. Haja capa de 5 contos!! Felizmente a água parou, e as 21h tinha inicio a apresentação do Whitesnake. A banda começa com Give Me All Your Love, já botando o público para cantar e pular junto, seguida por Ready an' Willing. O maior clássico da banda, Love Ain't No Stranger, daria sequência ao concerto. Canção absolutamente marcante ao vivo, com participação intensa da galera. A maior balada da banda, Is This Love, novamente cativa o público. Um convite para os casais presentes. A maravilhosa Slide It In, uma das melhores da banda segue com esse grande show. Um trecho do Blues Slow an' Easy também dá as caras. Love Will Set You Free, do último disco da banda, Forevermore, é a próxima, seguida por Pistols At Dawn. Steal Your Heart Away, outra ótima nova vem em seguida. Agora, Tommy Aldridge faz um solo absurdo de bateria. Em certo momento, ele larga as baquetas e toca com a mão e até com a cabeça. Um verdadeiro psicopata!!! O clássico Fool for Your Loving, do grande disco Slip of the Tongue, vem em seguida. Esse Hard de primeira vem para lavar a alma de todos. Com a música, veio de volta a chuva, um pouco mais leve dessa vez, mas incomodando. A maravilhosa Here I Go Again, para mim o grande clássico da cobra branca, vem para emocionar a todos os presentes debaixo d'água. Um momento único. Para fechar o show com categoria, apesar da voz de David Coverdale já está muito prejudicada pela chuva, é a vez de Still Of The Night, outro  grande momento do maravilhoso disco 1987, e o clássico Burn, do Deep Purple, banda que Coverdale integrou de 1973 até 1976, muito celebrada pelos presentes. Grande final para um grande show. A água ainda cai forte, durante todo o intervalo entre os shows das duas bandas. Essa era o meu segundo show do Aerosmith, o primeiro foi em 2011, em São Paulo. Sou grande fã de todo o trabalho da banda, principalmente dos  anos 70, de álbuns como Draw The Line, Rocks e Toys In The Attic. Esses discos influenciaram incontáveis bandas, entre elas Guns n' Roses, Metallica, Slayer e Testament. Depois de muito tempo, em 2012 Tyler, Joe Perry, Brad Whitford, Joey Kramer e Tom Hamilton (nessa turnê substituído por David Hull) decidiram lançar um novo trabalho, o razoável para bom Music from Another Dimension!, aquele tipo de trabalho que está ali apenas para constar, mas acaba não sendo muito relevante na vasta discografia da banda. A apresentação começa pela maravilhosa Back in the Saddle, que abre o grande disco Rocks. A chuva ainda se fazia presente, só que agora um pouco mais fraca. Infelizmente, grande parte do público estava calado, já que eles conheciam apenas as músicas da chamada ''fase MTV''. Gosto de ambas as fases, mas os anos 70 são incomparáveis. Com o clássico Love In An Elevator, do grande disco Pump, o público finalmente se agita. A maravilhosa Toys in the Attic vem em seguida. Uma das melhores da banda na minha opinião, que abre o disco de mesmo nome. Momento de grande emoção. Oh Yeah, a única do disco novo seria a próxima. Uma escolha acertada, acho essa canção bem interessante. Janie's Got a Gun, uma muito grata surpresa da sequência a grande apresentação. Essa música não vem sendo tocada com muita frequência, e eu considero ela ao vivo como algo absolutamente grandioso e emocionante. Dude (Looks Like a Lady) agita os fãs da fase MTV, assim como a ótima Rag Doll. A balada clássica Cryin', auge dos anos 90 da banda, com seu clipe exibido a exaustão por aqui, faz todos os 18 mil presentes cantarem junto com Steven Tyler. A espetacular Last Child, do grande disco Rocks infelizmente não teve o mesmo resultado. Espero que os presentes tenham conhecido essa maravilha, e depois procurado escutá-la melhor. Em certo momento eu me via sozinho esgoelando ''Mama, take me home sweet home I was the laaaaast child I'm just a punk in the street''. Jaded, melhor momento do fraco Just Push Play é a próxima, muito celebrada por todos. Stop Messin' Around, ótimo cover do Fleetwood Mac vem em seguida. A maravilhosa What It Takes, de Pump, é muito cantada. Inclusive Tyler incentiva o público a cantá-la antes do seu começo. Livin' on the Edge, outro grande momento da sequência ao show, música que é para mim uma das melhores da fase mais recente. I Don't Want to Miss a Thing é cantada por todos. Mesmo não sendo um grande fã dessa canção, acho que ela cresce bastante quando tocada ao vivo. Toys é novamente lembrado, dessa vez com a pérola No More No More. Foi de arrepiar escutar isso ao vivo, e igualmente lamentável a falta de participação do público. A cover de Come Together, de um certo quarteto de Liverpool, é muito bem aceita e cantada por todos. Outra cover muito bem feita. Walk This Way, que ficou muito conhecida pela parceria com o grupo de rap Run DMC acaba sempre sendo um momento grandioso do show. Hora do bis, com um piano em cima da plataforma na qual os Toxic Twins passaram o show quase todo tocado por Tyler, era hora do hino Dream On, diretamente do 1o trabalho da banda. Impossível descrever tal momento, é realmente emocionante. Sweet Emotion, clássico de Toys In The Attic, deveria encerrar a apresentação. A galera pedia insistentemente o hit Crazy. A banda acatou, e além dela tocou uma maravilha chamada Mama Kin. Train Kept A-Rollin' encerrou uma grande apresentação. O Aerosmith, mesmo depois de tantos anos de sexo,drogas e rock n' roll, continua sabendo fazer um show como poucos!!!

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