sábado, 16 de novembro de 2013

SHOW BLACK SABBATH/MEGADETH

No final de 2011, os bangers de todo o planeta receberam uma grande notícia. O Black Sabbath iria reunir a sua formação original para gravar um novo disco e fazer uma turnê mundial. O câncer do mestre Iommi acabou atrasando em 1 ano os planos da banda, mas em 2013 os mestres lançaram o ótimo 13 e botaram o pé na estrada. O Brasil entrou na rota, e a banda desembarcaria por aqui em outubro para 3 shows (no final foram 4), trazendo junto um convidado para lá de especial. O gigante do Thrash Megadeth. A noite tinha tudo para ser inesquecível. Acompanhei a apresentação do Rio de Janeiro, que aconteceu na Praça Da Apoteozzy para um público de 35 mil amantes de boa música. Eu acabei entrando no local exatamente na hora que o Megadeth começava o seu show. Logo de cara, era hora do clássico Hangar 18, porrada thrash presente na obra-prima Rust In Peace. A música é Thrash em cada detalhe, tem solos perfeitos e que fazem o público cantar junto com as guitarras de Dave Mustaine e Chris Broderick. Em seguida, chega a hora de Wake Up Dead, diretamente do magnífico álbum Peace Sells, lançado em 86, o ano mais espetacular da história do Thrash Metal. Para manter o ótimo nível da apresentação, chega In My Darkest Hour, de So Far, So Good... So What!. Essa é sem dúvidas uma das melhores músicas da banda, feita quando Mustaine ficou sabendo da morte do mestre Cliff Burton. Considero essa letra algo espetacular. Agora é a hora de tocar a única do disco novo, o mediano Super Collider. Vez da boa Kingmaker, para mim o melhor momento do disco. De volta aos clássicos, é momento do Countdown To Extinction dar as caras, com Sweating Bullets. Acho a música bem interessante, com todas as suas ''falas'' e seu cativante refrão. De volta ao R.I.P, chega o momento da banda tocar o que é para mim a sua melhor música, a espetacular Tornado Of Souls. Porrada Thrash, instrumental absurdo e letra perfeita. Uma muito grata surpresa, já que tinha tempo que a banda não tocava tal maravilha. She-Wolf, ótimo momento do contestado Cryptic Writings se mostra outra escolha acertada. Symphony of Destruction, o maior clássico da banda, presente em Countdown, bota as 35 mil pessoas para cantar e pular. O show a essa altura mais parecia da atração principal, tamanha a empolgação de todos. O grande riff de baixo tocado por David Ellefson da início ao clássico Peace Sells. Grande música, com direito a aparição de Vic Rattlehead, mascote da banda, durante a parte final da música, enquanto Mustaine falava, PEEEEEEEACE,PEACE SEEEEEEELLS. Musta agradece muito ao publico, e encerra o show de maneira grandiosa com outro Thrash maravilhoso. Holy Wars, mais um clássico digno da grande noite que era aquela. Moshs surgiam por todos os lugares. Show curto, mas com um repertório absolutamente acertado. Só esse show já teria valido a noite, mas não se tratava de uma noite qualquer. Dentro de instantes, os criadores e mestres do Heavy Metal estariam no palco com 3 membros da sua formação original. Só Bill Ward estaria de fora, sendo substituído pelo ótimo Tommy Clufetos. O resto estava lá, Geezer Butler,Ozzy Osbourne e Tony Iommi em carne e osso. A abertura seria com o clássico absoluto War Pigs. Impossível descrever o que aconteceu com cada um dos 35 mil presentes nesse momento. Uma emoção única, verdadeiro teste para cardíaco! Show do Sabbath não te dá descanso, é hino depois de hino. Into The Void, do espetacular Master Of Reality da sequencia ao espetáculo. O meu maior senho estava se tornando realidade, era mestre por todos os lados em cima daquele palco. Under The Sun chega com imagens contra a religião passando no telão. Snowblind, outra do maravilhoso Vol 4 chega em seguida. Música maravilhosa, mais um teste para nossos corações rockeiros. Age Of Reason, para mim a melhor do novo disco segue com o grande espetáculo. O próximo momento me causa arrepios só de lembrar. Vamos para o começo de tudo, a música Black Sabbath. O público entra em transe, lagrimas escorrem dos olhos. O público canta cada verso, pula e participa. Momento fora do comum. Mais duas do 1o disco vem em seguida, Behind The Wall Of Sleep e a maravilhosa N.I.B. Introdução perfeita de Geezer Butler no baixo, outra com participação total do público. Hinos do Heavy Metal faziam daquela noite inesquecível. A nova End Of The Beginning, que remete diretamente ao 1o disco mantem o clima de trovoadas e nuvens. Fairies Wear Boots, grande momento de Paranoid da sequência ao grande espetáculo, seguida pela grande Rat Salad, que é basicamente um solo de bateria. Eu não sou grande fã de solos de bateria em shows, mas esse foi absolutamente perfeito. Tommy Clufetos mostrou que realmente merecia estar cercado dos 3 mestres. Agora chega o hino Iron Man, um dos mais marcantes riffs de todos os tempos. Outro momento de enorme emoção para os presentes. A nova God Is Dead? continua com a apresentação épica, mantendo o nível lá em cima. Dirty Women, clássico do controverso Technical Ecstasy é dedicado aos rapazes e as ''meninas de familia''. Segundo Ozzy, ''eu sei que vocês gostam''. O grande clássico Children Of The Grave, de Master Of Reality, encerra a 1a parte do show. Para o bis, Iommi resolve brincar com o público,tocando só o riff da espetacular Sabbath Bloody Sabbath. Apenas isso já bastou para abrir um enorme mosh. Começava o grande clássico da banda, Paranoid. O público parecia criança. pulava sem parar com um sorriso enorme no rosto. Fim de um show que será lembrado por mim pelos próximos 30, 40, 50 anos de vida. Considero esse foi um dos maiores shows que o Brasil já viu. Uma das maiores bandas da história, em sua formação original, não se vê todo dia. Podemos comparar somente com o Queen no Rock In Rio, AC/DC e Kiss no Maracanã pela turnê do Criatures. Depois dessa noite, eu posso me despedir desse mundo realizado!!!!

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