terça-feira, 26 de novembro de 2013

SHOW DO METALLICA NA CIDADE DO MÉXICO-DIA 28/7/12

A experiência que vou contar agora, eu posso considerar como uma das mais espetaculares da minha vida com o Rock N'Roll. Eu só sai do Brasil em 3 oportunidades, 2 para a Argentina e essa ai para o México. Minha tia juntou grana, e levou a minha prima e eu para uma viagem de 15 anos dela(minha prima) para Cancún. Com passagens compradas, fui conferir se alguma banda estaria por lá nessa época. Para a minha grande sorte, o Metallica lá estaria para uma série de 8 shows na Cidade do México, e o primeiro deles aconteceria durante a minha estádia por lá. Como eu falei na resenha que fiz do Rock In Rio, o Metallica é a minha banda do coração, seguida de perto por Iron Maiden, AC/DC, Black Sabbath e Queen. Escuto eles desde que tinha 12 anos de idade, e já tive a oportunidade de ver o show 4 vezes, em 3 cidades diferentes. Fui direto para um site de troca e venda de ingressos, já que os mesmos já estavam esgotados. Por muita sorte, consegui um para a pista. O ingresso na verdade era um papel, como aqueles que trocamos quando a compra é feita pela internet. Achei isso muito estranho, mas tava disposto a correr qualquer risco. Comprei passagens de Cancún para a Cidade do México, ida e volta (a distancia entre elas é equivalente a do Rio a Salvador, 2h de voo) e estava pronto para a aventura! Cheguei na capital mexicana por volta das 11h, e fui para um hotel próximo ao local do show. Algumas horas depois, teve inicio uma das chuvas mais fortes que já tive a oportunidade de presenciar. Caso o meu voo fosse umas 3h mais tarde, eu poderia ter problemas para chegar na cidade. Os deuses do Rock me ajudaram nessa, e também no fato de a apresentação acontecer num lugar fechado. A chuva ainda caia forte, mas o medo de ter problemas com o ingresso me fez sair do hotel bem cedo, logo depois de tomar uma boa gelada, com varias ruas alagadas nos caminho. Cheguei no ginásio Palacio Del Desportes, que fica ao lado do Foro Del Sol, local onde o Metallica gravou o maravilhoso DVD Orgulho, Paixão e Gloria, 3 noites na Cidade do México. Fiquei na água, apenas me protegendo na minha bandeira do Brasil, enquanto esperava por cerca de 20 minutos o portão se abrir. Meu coração saia pela boca, enquanto eu me aproximava da entrada. Peguei o meu ''papel'', quase derretido, e o segurança só fez dar uma pequena rasgada. Estava dentro, absolutamente feliz por ter conseguido chegar até aqui. Infelizmente, na entrada a minha bandeira ficou retida, mas a felicidade era tão grande que eu nem liguei. Depois de receber o Flayer do futuro show do Kiss com o Motley Crue, que me fez ter vontade de ampliar minha estádia em 3 meses, estava dentro do ginásio. O lugar tinha capacidade para 20 mil pessoas, com o palco no centro. Esse fato permite que todos estejam bem próximos da banda. O palco tinha efeitos únicos, e esse show aconteceu apenas lá e no Canada, esse último ficou registrado no filme da banda, Through The Never, exibido recentemente em todo o mundo. Eu aguardava pela apresentação, conversando com um mexicano ao meu lado (quando falei que era brasileiro, o assunto Sepultura veio logo a tona) e bebendo um enorme copo da ótima cerveja mexicana Corona. O show começava, com o ginásio lotado e ao som do hino Creeping Death, presente no clássico Ride The Lightning, tradicional e perfeita abertura para um show do Metallica. A maravilhosa introdução de For Whom The Bell Tolls, outro clássico do ride, dava uma ótima sequencia ao show. Depois era hora da dispensável Fuel, mas que sempre anima de alguma maneira as coisas. Até o momento, aquele era o mesmo show que eu assisti 1 ano antes no Rock In Rio, mas era uma emoção única ver a minha banda tão de perto. Agora chega Ride The Lightning, com a espetacular cadeira elétrica presente na capa do disco levando choque enquanto Kirk Hammet sola como se não houvesse amanha. Grande momento, seguido pelo surpreendente início das bombas, tiros e fogos, que anunciam o hino One, bem antes do momento em que ele costuma ser tocado, e com imagens de soldados andando segurando as suas armas. Essa canção sempre me emociona bastante. Cyanide, do mais recente álbum Death Magnetic, sempre cai bem quando tocada ao vivo. The Memory Remais, que ao vivo é bem melhor que no estúdio, vem em seguida, acompanhada daquele lindo coro no final. Wherever I May Roam, grande momento do clássico Black Album vem para arrancar minhas lágrimas. Por essa eu realmente não esperava. A sempre presente Sad But True, do mesmo Black Album, chega com todo o seu peso característico. A lindissima Welcome Home(Sanitárium), presente na obra-prima Master Of Puppets continua com o show épico, com direito a imagens de pessoas no sanatório. Agora o riff de ...And Justice For All era tocada, quase me matando do coração. A estátua da justiça é erguida no palco, e no final da canção destruída. Poucos momentos da minha vida podem se comparar a esse. Fade To Black, minha música preferida, não só da banda, como de todos os tempos (não digo que seja a melhor, mas é a que me causa maior comoção a cada audição) me emociona, como de costume. O hino máximo Master Of Puppets chega, com o palco repleto de cruzes semelhantes a da capa da obra-prima da banda. Impossível descrever o que foi aquilo. Battery, canção que abre o mesmo álbum, me chama para o mosh que se formou assim que a sua introdução chegou. Thrash Metal como deve ser. A balada de maior sucesso da banda, Nothing Else Matters, coloca o ginásio inteiro para cantar junto. O hit Enter Sandman agita mais ainda, e é encerrada com um sujeito pegando fogo (o jornal que comprei no dia seguinte entendeu que era de verdade!), e um cenário de destruição por todos os lados. Como o show era no centro do ginásio, logo me dirigi para o local aonde a banda deveria sair, uma passarela aberta no meio do público. No escuro, era hora do bis. A ótima cover dos Misfits, Die,Die My Darling, me surpreende, e emociona. James então manda acender as luzes, para o clássico de encerramento, diretamente do Kill Em All, Seeeek And Destroooooy. Nesse momento, as tradicionais bolas pretas foram arremessadas no público, e eu acabei pegando uma. O show acaba, e chega a hora da banda sair. Lars Ulrich passa, vestindo um cômico roupão, Kirk e Tujillo passam rapidamente, e o meu eterno ídolo James Hetfield me atende, chega do meu lado e encosta na minha mão. Esse momento para mim só se compara ao início do recente show do Black Sabbath, com as sirenes de War Pigs ecoando pela Apoteozzy. Fim de uma experiência espetacular, que ficará guardada na minha memória pelo resto da minha vida!!!









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