sexta-feira, 2 de maio de 2014

SHOW DO HATEFULMURDER/VOIVOD E KATAKLYSM-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

  Outro grande show para os amantes de Heavy Metal no Rio de Janeiro aconteceu nesta quinta-feira. Nada menos que duas grandes bandas internacionais, Voivod e Kataklysm, iriam tocar juntas, ambas pela 1a vez na cidade. A noite ainda teria a grande abertura do Hatefulmurder, um dos destaques da nossa atual cena. Minha ideia inicial era assistir a todos os shows, completos, mas uma surpresa para lá de agradável aconteceu. Pouco antes das 7h, horário marcado para o início da apresentação, eu já estava para sair de um bar ao lado do Odisseia, quando todos os integrantes do Voivod adentraram ao local. Obviamente eu esperei eles se levantarem, e fui pedir um autógrafo no meu cd da banda (War And Pain, para mim o melhor lançamento deles), além de uma foto com toda a banda. Todos foram extremamente educados, e conversamos um pouco sobre o show. Com tudo isso, acabei entrando na casa pouco antes das 8h da noite, praticamente junto da banda. Ainda deu tempo de assistir 2 músicas do show do Hatefulmurder, uma delas a versão ''mais pesada'' para N.I.B do Sabbath. A única música autoral tocada pela banda que eu vi, era uma mistura de Death e Thrash Metal, com um pouco de modernidade. Achei o som legal, mas nada de excepcional. Mesmo assim, eu comprei o cd da banda, que era vendido a sete reais, para formar uma opinião melhor sobre eles.
  Agora era hora do show da noite na minha opinião. Espero há tempos uma apresentação da banda por aqui, já que eles nunca vieram ao Brasil. A espera valeu muito a pena. O Voivod divulga o ótimo Target Earth, lançado ano passado, e veio com a formação mais próxima possível da original. Apenas com Dan Mongrain substituindo o falecido guitarrista Piggy. Alem dele, Dennis Snake, Jean-Yves Blacky e Michel Away continuam arregaçando em seus instrumentos. A casa estava razoavelmente cheia, mas nada comparado com o do Obituary por exemplo. A apresentação começa com Kluskap O'Kom, faixa do último disco da banda. A música foi muito bem recebida, mas a coisa esquentou mesmo foi na 2a, o clássico Tribal Convictions. Todos cantavam e agitavam bastante. Target Earth, faixa-título do novo trabalho, continua agitando. Em The Unknown Knows, outra maravilha escondida no grande disco Nothingface, a coisa esquenta de vez, com todos cantando como se não houvesse amanha. O Thrash Metal Progressivo Experimental, ou seja lá qual o rótulo que você possa imaginar, praticado pela banda não é de fácil digestão. Você tem que está preparado para ouvir algo diferente de tudo, uma mistura de coisas como Pink Floyd e Venom. A música feita pela banda varia muito de andamento, o que agita um enorme mosh pit em certos momentos, e se acalma com todos entrando numa viagem interplanetária em outros. Por tudo isso, sempre achei o trabalho deles fenomenal. E o show estava tecnicamente perfeito. O Odisseia está  com uma acústica impecável, se tornando cada vez mais um templo para o underground carioca, recebendo shows cada vez melhores. Se podemos assistir hoje a shows como esse, a casa que abre as portas para tudo isso é uma das grandes responsáveis. Corps Étranger segue com o espetáculo, mais uma nova a ser lembrada pela banda, e ter uma boa recepção. Seguindo a mesma linha de variar entre clássicos e músicas novas, a próxima é a fantástica Chaosmöngers, seguida pela fantástica Overreaction, do grande disco Killing Tecnology.  Mantendo a sequência de grandes clássicos da banda, chega a hora de ouvir Psychic Vacuum. O show estava fantástico, e agora é a vez do grande disco Rrröööaaarrr ser lembrado, com a magistral Ripping Headaches. Mechanical Mind é mais uma nova a ser lembrada pela banda, sendo seguida pelo verdadeiro hino Voivod, que abriu um enorme mosh pit e foi cantada em uníssono. Para encerrar o show de maneira magnífica, vem o cover de Astronomy Domine, música dos primórdios do Pink Floyd, mostrando a importância da banda na música do Voivod. Ela é dedicada ao falecido Piggy, que teve o nome gritado por todos, e tocada de maneira primorosa. O momento foi realmente emocionante, levando uma mulher ao meu lado as lágrimas. Final de um show relativamente curto, mas mesmo assim fantástico e devastador. O Brasil esperou o Voivod por muito tempo, e de fato a banda compensou o atraso com um show de Rock para ninguém botar defeito.
  Agora era hora da ''atração principal'' da noite, o Kataklysm. Principal a principio, não só para mim, mas para o público que diminuiu consideravelmente em relação ao show do Voivod. Fui lá para ver o show do Voivod, e já estava realizado  pelo grande espetáculo que eu tinha acabado de assistir. O Kataklysm nunca foi uma banda que eu tenha parado realmente para escutar ou dado grande atenção, mas estava curioso para ver o que eles tinham para apresentar. O intervalo entre as duas bandas foi longo, e já era 11 horas quando eles entraram em cena. O que eu, como leigo sobre a banda vi, foi um grande show de Death Metal. O frontman Maurizio Iacono agitava o tempo todo, incendiando um público que amava a banda, alem dos curiosos que estavam assistindo. A técnica de todos era perfeita, mas nem tudo eram flores. O microfone de Maurizio falhava constantemente, e ele ia a loucura com a equipe. Aparentemente houve um problema nos cabos do palco, fato que paralisou por cerca de 15 minutos o show. Já era bem tarde quando a banda voltou, e eu acabei saindo antes do fim do show, já que eu tinha que levantar bem cedo no dia seguinte e a minha alegria da noite já estava garantida. Achei a banda com um potencial enorme, e depois disso pretendo conhecer um pouco mais sobre eles. Já lá fora, vários fãs do Voivod se faziam presentes, tirando fotos com a banda ou mesmo bebendo no bar ao lado da casa. Todos os integrantes eram mais uma vez extremamente simpáticos com todos, eu ainda cumprimentando o guitarrista Dan Mongrain e agradecendo pela grande noite de Rock que ele nos proporcionou. O mesmo foi mais uma vez muito gentil. A noite foi do Voivod, um verdadeiro show de educação e extrema competência musical de todos. Semana que vem o Rio de Janeiro espera uma verdadeira ''maratona rockeira'', com shows de Marky Ramone/Michale  Graves na quarta, Metalmorphose/Grim Reaper/Picture na quinta, Stress/ X-Rated/Metalmorphose na sexta e Eddie Vedder no domingo. Até lá amigos!!!
                                                         Meu encontro com a banda

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