sábado, 10 de maio de 2014

SHOW DO METALMORPHOSE/PICTURE/GRIM REAPER-TEATRO ODISSEIA-RIO DE JANEIRO

  Depois de uma grande noite de Punk Rock na quarta, a quinta era dia de voltar ao Odisseia para curtir o melhor do Heavy Metal tradicional. Metalmorphose, Picture e Grim Reaper são especialistas no assunto e iriam se apresentar por lá na noite de um dia no qual os cariocas penaram para se locomover durante a greve dos rodoviários. O público chegava muito timidamente as 7h, hora marcada para o show do Metalmorphose. Ainda na porta, fiquei conversando informalmente com o grande baixista da banda, o senhor André Bighinzoli, sobre o que esperar do show com o Stress no dia seguinte, novo disco da banda, e coisas do gênero. O show do Metalmorphose começou por volta de 8h, com um público bem reduzido, talvez efeito da greve. Durante o show o público melhorou bastante. Mesmo assim, estava longe do ideal. Mesmo na hora das ''bandas principais'', o comparecimento foi apenas razoável, longe da audiência do Obituary e Marky Ramone na mesma casa recentemente.
  O Metalmorphose é de uma época de ouro no nosso metal, os anos 80, e fez história ao lado de nomes como Centúrias, Taurus, Azul Limão, Dorsal Atlântica e Stress. A banda toca um metal tradicional, que se encaixa perfeitamente no estilo do som de Picture e Grim Reaper. Depois de um longo tempo parado, eles retornaram com o petardo Maquina Dos Sentidos em 2012. Esse disco foi a base do repertório do Metalmorphose naquela noite, enquanto eles se preparam para mais um lançamento ainda esse ano. Rolaram as ótimas Jamais Desista, Máscara, Maquina Dos Sentidos, Passados Incompletos, Pelas Sombras e Livres para sonhar, elem do grande clássico Cavaleiro Negro, diretamente do histórico Split Ultimatum, que tem 5 músicas do Dorsal Atlântica e 5 do Metalmorphose. A banda conta atualmente com o ''Azul Limão'' Marcos Dantas na guitarra, Andre Bighinzoli no baixo, Tavinho Godoy nos vocais e André Delacroix na bateria, e especialmente para esse show também com PP Cavalcante. Foi um belo show, muito apreciado por todos os presentes.
  Depois de um longo intervalo, e de uma pequena inversão na ordem original das apresentações, o Picture estaria no palco agora. O público estava incrédulo, cantando junto cada verso da banda com muita paixão. A espera era longa, e parecia incrível a possibilidade de vê-los ao vivo depois de tantos anos. Foi um desfile de clássicos, para ninguém botar defeito. Griffons Guard the Gold abriu os trabalhos de maneira espetacular, e deu inicio a um grande espetáculo de Heavy Metal. E tome petardo, como Eternal Dark, Heavy Metal Ears, Batle of the Universe e o encerramento magnífico com Bombers. A banda ainda está em grande forma, fazendo um show impecável musicalmente falando, em conjunto com um publico igualmente impecável. O show do Picture acabou, e com um intervalo mínimo era hora do grande show da noite ao meu ver, o do Grim Reaper.
  A banda faz parte de uma geração de ouro do Heavy Metal inglês, lançando nos anos oitenta verdadeiras pérolas do estilo, como Fear No Evil, See You In Hell e  Rock You To Hell.  O setlist foi um pouco mais longo do que o do Picture, com 16 músicas contra 13 dos holandeses. O inicio com Rock You To Hell foi absolutamente apoteótico, sendo seguido por clássicos como Night Of The Vampire e Lust For Freedom. O show ainda teria outros grandes momentos, como Liar , Now Or Never, From Hell e Matter of Time. O encerramento foi espetacular, com a magnifica versão para o hino Don't Talk To Strangers de Dio, o grande momento da noite, e os clássicos Waysted Love, Final Scream e o hino See You In Hell, com o vocalista Steve Grimmett falando que se vamos para o mesmo lugar que ele, agente se vê no inferno. Foi um grande final, para uma bela noite.
  O público estava longe do ideal, mas não chegava a ser pequeno, e a forte participação em todos os 3 shows tornou a noite muito especial, alem das bandas ainda estarem em grande forma. A nossa cena metálica se mostrou novamente muito forte, e vivendo um momento incrível atualmente. Que essas grandes bandas continuem vindo, cada vez mais.

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